obstáculos

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Bati na porta após a limousine ter ido embora, esperei pelo menos uns cinco minutos até ele sumir da rua. Gyu me perguntou se estava tudo bem e confirmei com a cabeça.

Minha mãe abriu a porta e esboçou um sorriso enorme e me abraçou dizendo que estava morrendo de saudades. Em seguida, meu pai chega e me cumprimenta com um abraço forte.

- E quem é seu amigo bonitão? - ele perguntou ao ver Gyu ao meu lado.

- Esta é a pessoa de quem falei que queria apresentar, mãe. Mingyu, meu namorado!

Ela abraçou ele e instantaneamente puxou-o pra dentro de casa. Dizia sobre como estava feliz de eu ter encontrado alguém tão bonito quanto ele. Começou a falar de quando eu era menor, que eu me magoava bastante correndo atrás de gente que não estava nem aí pra mim.

Ignorei cada palavra assim que ela pegou um álbum de fotos minha de quando era criança, meu pai estava fazendo churrasco então, o almoço seria bem cheio.

Sentei num puff debaixo da árvore do quintal e comecei a mexer no celular, os assuntos do momento na internet envolvia o jogo do Sr. Kim e o Gyu, mais especificamente seu novo relacionamento.

Li os comentários e tinha um pior que o outro, eram coisas do tipo de que nós não combinávamos, que ele não merecia alguém como eu, que eu estava com ele pelo dinheiro e fama. Respirei fundo e bloqueei a tela do celular e vi Gyu vindo em minha direção sorrindo.

Ele se sentou ao meu lado e me abraçou dizendo que sabia da minha vida inteira agora. Deitei em seu ombro, desanimado e brinquei falando que se as pessoas soubessem da nossa vida desse jeito, do jeito que nossa mãe conta, tudo seria diferente. A visão dos outros seriam diferentes.

- Hã?! Como assim? - ele puxa meu rosto para si - Do que você está falando?

- Nada - digo e me levanto indo em direção à cozinha de casa.

Minha mãe me pediu para ajudar à levar a salada pra fora e ajudei, calado e incomodado ainda com as coisas que li. Ela obviamente notou que eu estava estranho e me puxou de volta pra cozinha.

- O que está acontecido, meu filho?- ela cruza os braços se apoiando no balcão - você chegou e simplesmente fechou a cara, eu fiz ou falei algo que não gostou?

- Não, mãe. A senhora não fez nada. - digo sentando em uma das cadeiras.

- O que foi então?

- A senhora acha que estou com Mingyu por visibilidade e dinheiro? - olhei nos olhos dela.

- Eu jamais te criei assim, _____. Além de ser uma pouca vergonha, isso só maioria os dois. Olhe pra ele - ela aponta pra Gyu, que ajudava meu pai na churrasqueira. Os dois se divertiam e meu pai não parava de tagarelar - Ele não parece do tipo de pessoa que liga pra riqueza e sim, sabe apreciar as coisas simples que a vida tem a oferecer. Seja lá quem te disse isso, espero que saia pelo outro ouvido que você tem, garoto! - ele puxa minha orelha.

-Ai! - murmuro.

- Agora, melhora essa cara e volta pro quintal! Tem um homem lindo lá fora e daqui a pouco eu perco seu pai e você seu namorado! - ela sai da cozinha- ei, vocês dois, o que estão fazendo?

Respirei fundo, me levantei e fui encher um copo d'água. Senti um par de braços envolvendo minha cintura e alguém deitando a cabeça em meu ombro.

- _____, o que está te incomodando?- ele apoia sua boca em minhas costas.

- Nada, é besteira da minha parte, foi minha mãe que falou para você vir? - me viro para ele.

- Não, fiquei com sede ! -ele pega o copo da minha mão e bebe - Ah, eu precisava disso - ele devolve o copo - sabe do que mais eu precisava ? Que você fosse sincero comigo!

suddenly, him.Onde histórias criam vida. Descubra agora