suddenly, him.

conquista

- [...] Pelo presente Instrumento Público, abre mão, da parte que lhes cobra como herança de Sr. Kim , em renuncia aos direitos hereditários, conferindo aos demais herdeiros amplos, poderes da disposição da herança [...]. Esta declaração foi feita por vontade própria em sã consciência do meliante e transferida para o herdeiro Kim Mingyu que se responsabiliza aos termos da lei. - ouvi do outro lado da porta do escritório da empresa que agora fora transferida para o nome de Mingyu.

Me afastei da porta quando ouvi passos na minha direção e quando ela se abre, revelando o advogado de Sr. Kim e Mingyu atrás, fico aflito e mais preocupado que antes. Gyu o guiou até a porta e se despediu, logo, voltando para mim no corredor, que esperava estático.

- E aí?! - perguntei e ele me encarava sem reação.

- Agora a empresa é minha. - disse por fim retirando a gravata que ele lutou muito para colocar antes do advogado chegar. - Tudo isso é meu. TUDO! - ele grita e joga ela no chão e puxa seus próprios cabelos sentando na cadeira que ficava em frente ao vidro esverdeado. - POR QUE ELE TEVE QUE IR AGORA?! JUSTO AGORA?! - começou a chorar.

- Gyu, se acalma! - corri para abraça-lo - Não surta agora. Olha aqui. Ele deixou isso tudo, por que confiava em você, ele te amava, ta me ouvindo? Seu pai te amava. - segurei seu rosto já molhado pelas lágrimas. - Você é forte Mingyu, eu sei disso. Não fica abalado, por mais triste que seja, veja como um jeito de crescer na vida. Eu estou ao seu lado e vou te apoiar, tudo bem?! Confia em mim?!

Ele concorda com os olhos e nariz avermelhados e me abraça. Vê-lo machucado assim após a perda do pai me doía de tal maneira.

Cremamos seu corpo no dia seguinte após seus três ataques cardíacos que resultou no falecimento dele. E, com isso, deixou a empresa e poucas lembranças de amor que tinha com o filho, que agora, estava em desespero.

Gyu ficou pelo menos umas duas semanas dentro daquele escritório pra resolver toda papelada e transferência de nome da empresa.

Só consegui falar com ele no dia em que disse que voltaria para o trabalho, depois que ele tinha saído de uma reunião.

- Amanhã é o lançamento do jogo do meu pai, S.coups não consegue adiar mais um dia ? Preciso de você ao meu lado. - ele diz segurando a minha mão antes de entrarmos na cozinha .

- Posso tentar falar com ele .. - digo abrindo o armário e retirando um pacote de macarrão - Nós nunca cozinhamos juntos, que tal fazermos nossa janta hoje? - sorri ao vê-lo concordando - Ótimo, coloque água para esquentar.

Mingyu pegou uma panela mediana,  encheu com água e colocou no fogão, ligando em seguida. Saiu para tirar o terno que usava e vestir algo mais confortável como uma camiseta de manga longa preta e uma calça de moletom cinza escura. Nisso, eu já tinha preparado o molho e colocado a massa na água fervente.

Ele chegou por trás de mim, abraçou-me e segurou minhas mãos continuando a mistura de molho, em seguida pegou uma colher para experimentar e cerrou os olhos sentindo sabor. Perguntei se estava bom e ele confirmou dizendo que eu era ótimo cozinhando.

- Você se sujou! - estico meu braço para limpar o canto de sua boca e o mesmo segura rapidamente e me puxa até que nossos corpos se colem.

- Fiquei com tanta saudade, estraguei suas férias, eu te devo uma. - diz passando uma mão atrás de minha orelha.

- Gyu, entendo tudo que aconteceu, sério, não me deve nada. - digo encarando seu peitoral exuberante à minha frente.

Me virei colocando o macarrão e o mexia, Gyu continuava me abraçando por trás.