Festa do pijama

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Ilíria nunca tinha dormido na casa de outra pessoa, mas eram duas horas da manhã e ela estava deitada na cama de Oliver, indo para sua sexta partida de snap explosivo.

—Deveríamos dormir? —ele perguntou, sabendo que acordariam cedo para voltar a Hogwarts.

—Cansado de perder? —ela devolveu, uma sobrancelha arqueada e um sorriso arrogante, Oliver revirou os olhos.

—Eu venci as duas últimas. —apontou, o que só fez ela rir.

—O que basicamente significa que perdeu as três primeiras, Wood. —era verdade, e seus dedos ainda estavam levemente doloridos das explosões que não pode escapar.

—Então comece, Saint-Sallow. —ordenou competitivo, entrando em mais uma partida.

Ilíria havia sido convidada a ir para a Plataforma 9¾ com a família do menino, a princípio ela pensou que isso queria dizer que deveria encontrá-los pela manhã, isso até Oliver aparecer em sua casa para saber se estava pronta. Olhou para ele sem entender, e só então o Wood explicou a ela que sua mãe a convidara para dormir lá, e não se encontrar depois.

Bem, seu malão estava pronto, então só precisou trocar suas roupas casuais e colocar em uma bolsa a roupa que usaria no trem, trancou toda a casa, confirmou se suas coisas estavam arrumadas, e usou a linha de flú para ir mais uma vez até a casa de Oliver. Foi tão divertido quanto a última vez, conversou com o casal, tiveram um ótimo jantar e poderia ter jurado que vira Oliver encarar suas pernas quando vestiu um short esportivo para voarem.

E, no final da noite, foram até o quarto dele para uma partida de xadrez de bruxo, mas a partida se tornou em outras três, e então mudou para um bom e destruidor jogo de cartas, e agora Ilíria estava deitada em sua cama, sete cartas entre seus dedos e o início do quadril descoberto pela blusa.

—Está olhando o quê? —não saiu rude, era uma dúvida verdadeira, contudo, Oliver não tinha uma boa resposta para isso.

Quer dizer, as coxas dela estavam apertadas uma contra a outra, e o short escuro não fazia muito esforço para esconder que suas pernas eram firmes e bem delineadas, uma pequena parte de sua barriga estava exposta, assim como seu quadril. E havia o maldito cobertor passando por entre suas coxas, e Oliver não veria nenhum problema nisso se ele não preferisse que fosse sua mão ali. Ou sua cabeça. Se ela quisesse, não seria ele a dizer não. De toda forma, ele não tinha uma resposta não obscena para aquela dúvida.

—Nada. —não era um bom momento para a sinceridade, então apenas jogou uma carta por cima da que ela usara.

—Quase achei que eram minhas pernas. —falou com humor, escolhendo mais uma carta e a soltando antes da explosão, bufou levemente.

—São bonitas. —falou querendo desconcertá-la, mas Ilíria sorriu como se soubesse o que ele estava fazendo.

—Realmente. —concordou, fazendo um aceno para ele continuar o jogo. —Eu malho.

Oliver riu do comentário, porque ela estava mostrando como era óbvio que tinha pernas definidas, ela treinava tanto quanto ele. Nunca tinha parado para pensar sobre as mudanças que o treino causava que não fossem aumento de força ou resistência, não saia por aí reparando nos braços ou pernas das pessoas.

—Deve ser isso então. —respondeu risonho, mas perdendo o sorriso no instante em que ela atirou sua última carta, o vencendo de novo. —Você está roubando.

—E você é um péssimo perdedor. —devolveu satisfeita, rolando na cama para deitar de costas.

O silêncio durou um pouco mais do que o normal, e Ilíria deveria ter percebido que isso era um sinal, mas quando tentou olhar para o lado era tarde demais, Oliver estava acima de si, suas mãos ao lado de sua cabeça e as pernas nas laterais do quadril dela.

Todos os Erros - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora