Só um detalhe

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- Okay, agora vá pra perto de Diarra. - Cisco diz para Nour, que estava vendada.

Precisavam testar algumas habilidades que alguém com cada poder precisa ter: Nour precisava de um senso de direção bem refinado para se teletransportar, Noah precisava saber apurar quais sentimentos são seus e quais ele está sentido da outra pessoa, Bailey precisava de um incrível senso de seus limites, e assim acontecia com cada um de uma forma singular.

Nour esbarra em Diarra, se teleportando quase certeiramente, ela só necessitava ser melhor "refinada". Ela fez uma cara feliz, como se dissesse: "Você viu? Eu consegui!". Caitlin sorriu para ela enquanto Cisco continuava as anotações e tudo mais no tablet em suas mãos.

Os testes se seguiram por dias, múltiplos testes para cada um, pensados para eles de forma específica. Nos primeiros níveis de dificuldade eles sempre acabavam fazendo certo o que os dava esperança, ou, dependendo do temperamento de cada, uma falsa sensação de que não necessitava de treinamento algum. Mas os níveis mais difíceis quebravam os pensamentos deles, independente de qual fossem, pois eles erravam. Viam que não estavam perfeitos.

E era nesses detalhes, e no trabalho em equipe, que a equipe Flash estava determinada em ajudá-los. Sem isso eles poderiam causar problemas maiores do que inundar uma rua vazia. Poderiam causar reais problemas.

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Já haviam até se acostumado com sua nova rotina. Muito do tempo que costumavam passar fazendo coisas nada úteis, como qualquer jovem, agora passavam nos Laboratórios Star. Estavam cada vez mais próximos de serem precisos em seus poderes, mas o trabalho em equipe era algo que ainda precisava de muito acompanhamento.

17 é um número grande. 17, para um grupo de jovens com poderes, maior ainda. Era muito complicado fazer qualquer tipo de simulação não virar uma algazarra. Piadinhas bobas e coisas do tipo eram frequentes. Mas não agora.

Não poderiam ser.

Essa era a primeira vez que iam "em campo" desde o dia da tempestade. Alguém estava invadindo o Banco de Central City e a Equipe Flash tinha dado um voto de confiança para sua "equipe mentoriada". Para essa missão relativamente simples, afinal estávamos falando de um roubo, escalaram Sabina, Sina, Lamar, Bailey e Nour.

Chegaram ao local enquanto o Meta ainda não conhecido derretia a porta do cofre.

- Ótimo, meu poder vai ser inútil. Calor contra calor. - Reclamou Bailey.

- Péssima hora pra reclamar. - disse Sabina, virou-se para Nour, já dizendo - Me leva até ele.

Nour segurou no pulso dela e a teletransportou até centímetros do homem. Sabina pôs as duas mãos na cabeça dele e, antes que ele pudesse revidar, vibrou a cabeça do ladrão numa frequência que poderia ser ensurdecedora para ele. O homem caiu de joelhos.

Enquanto isso Lamar percorria o banco em busca dos comparsas. Achou-os dentro do cofre que tinha sido metade aberto pelo meta-humano. Sina, que observava tudo atentamente, viu-os lá dentro e foi até lá.

Enquanto isso os civis estavam desesperados tentado fugir do local. Visto que tudo foi muito rápido nem todos haviam saído ainda.

- Bye, baby! - Disse Sina, usando sua força para dar um soco no homem a sua frente. Ele foi lançado metros, até a recepção onde civis ainda fugiam.

Ouviu-se um grito de dor, que com certeza não era do ladrão. Era uma voz meiga e infantil. Lamar correu na direção do grito. O corpo inconsciente do homem havia caído sobre a perna de uma garotinha. "Pra que trazer uma criança para o banco?" Pensou ele enquanto, correndo, levava ela e sua mãe, ou pelo menos a mulher que parecia acompanhá-la, ao hospital mais próximo.

Bailey finalmente entrou em ação, atingindo os outros comparsas sem poderes com seus raios de calor. Com isso neutralizaram todos.

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De volta ao laboratório, relataram todo o acontecido ao time Flash. Eles o parabenizaram pelo feito, que, apesar de tudo, tinha sido realizado com sucesso, nada havia sido roubado, mas começaram a falar sobre o incidente com a menininha.

- Vocês precisam tirar os civis de lá antes de tudo! - Disse Joe. - não precisa ser super herói pra saber disso.

- Minha culpa. - Disse Sina - Eu não precisava acertá-lo tão forte. Só precisava deixá-lo incapaz de se mover.

A pequena discussão se seguiu, até Any se levantar dizendo.

- Olha, conseguimos neutralizar três assaltantes em 3 minutos, sem deixá-los roubar um dollar sequer, todo mundo ficou a salvo e uma garotinha só quebrou a perna. Só isso. Vão nos martirizar agora? Cara, daqui a pouco ele sara, é só colocar um gesso.

Todos olharam para ela estranhando sua atitude. Nunca pesaram ouvir isso dela.

- É claro que o nosso dever é manter o máximo de pessoas possíveis a salvo, e as vezes não significa todo mundo, porque não somos perfeitos... - Começou Flash com um rosto um pouco atordoado - Mas você não ter nem o mínimo de empatia por uma criança é algo que me preocupa.... E muito!

Any perdeu a compostura por um momento:
- Ah... Não, quer dizer.... Foi isso aí que eu quis dizer... Eu me expressei mal, gente.

Central City - Now UnitedOnde histórias criam vida. Descubra agora