Capítulo 22

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- Ok galera, a festa acabou! Vamos saindo de fininho. Vai, vai... - disse Flynn enquanto Carrie esperava por ela em um canto. - Reggie e Nick, vão se divertir em outro lugar, ok? - dessa vez ela foi mais rígida. 

- Mas Flynn... 

- Reggie, sai logo, você e ele, vamos! O Ray já chegou. 

- Ah, ele chegou? Vou lá dar um "oi" pra ele. - disse o garoto se levantando em um pulo. 

- Como for... Mas todos vocês vão junto! - Flynn apontou para Nick e as garotas que os acompanhava. 

Quando finalmente Flynn conseguiu tirar todos do galpão, ela e Carrie seguiram o caminho de suas casas. As duas não moravam tão longe uma da outra então dividir uma carona até em casa não seria um problema. Passaram a maior parte do trajeto quietas dentro do carro. Mas quando começaram a se aproximar da casa de Flynn, Carrie quebrou o gelo.

- Ei... Muito obrigada por hoje. 

- Ah, não precisa agradecer. Eu só não entendo... Quer saber? Deixa pra lá...

- Não... Fala. - disse Carrie de uma forma tão tranquila que até fez Flynn estranhar.

- Não é nada. É aqui...

- Aqui o quê? 

- Minha casa, é aqui. - disse Flynn rindo. - Bom, a gente se vê na escola, né? 

- Ok, a gente se vê lá. 

Flynn saiu, mas parou um momento do lado de fora, se abaixou para ver Carrie melhor pela janela do carro.

- Eu não entendo como você pode gostar do babaca do Nick. É isso, boa noite, Wilson!

Carrie não teve tempo de dizer mais nada, ficou olhando para a janela como se Flynn ainda tivesse parada ali esperando uma resposta, mesmo que o carro já tivesse partido. Seu coração apertou com as palavras, pois realmente não sabia o que via de tão especial em Nick. Um garoto que até aquele ponto, só fizera ela sofrer.

Carrie chegou em casa e ainda assim as palavras e a expressão de dúvida de Flynn não saía de sua cabeça. A garota estava certa, como ela poderia gostar de Nick? Ainda sem resposta para a pergunta, Carrie decidiu: nunca mais vou chorar por esse idiota. 

[...] 

- Luke... Coloca a blusa. - Luke respirou aliviado com o tom de voz de Ray, pois por incrível que pareça ele parecia calmo. - E sai. - talvez não tão calmo. Luke olhou para Julie, a garota estava sem expressão, pálida. Com o máximo de esforço ela assentiu, como se permitisse que ele fosse embora. 

O garoto não disse nada, apenas saiu da casa e foi quando encontrou Reggie com o mesmo grupo de pessoas que estava no início da festa. O guitarrista estava tão pálido que nem conseguiu dar um sorriso quando viu o amigo. Reggie notou a cara de enterro de Luke e sabia que alguma coisa tinha acontecido. Estava se dirigindo a porta dos Molina, quando Luke puxou seu braço. 

- O que foi, cara? Eu quero falar com o Ray, fiquei sabendo que ele chegou...

- Melhor não, Reg. - disse Luke engolindo seco, foi as únicas palavras que conseguiu dizer. 

- Mas eu... - Luke puxou mais uma vez o braço do amigo, dessa vez mais forte e assim ele entendeu que não era um bom momento. - O que foi que vocês aprontaram lá dentro? 

- Bom... - Luke começou a falar, mas percebeu que o grupo que acompanhava seu amigo estava prestando atenção na conversa, isso incluía Nick. - E-eu te falo depois. Vamos? 

- Tá bom né. 

Reggie queria muito curtir a garota loira que tinha encontrado na festa, mas sua curiosidade e a necessidade de Luke de conversar com alguém fez o amigo optar por deixar as garotas em casa e pedir para Nick seguir para a dele também. Quando os dois estavam sozinhos, caminhando até suas casas Luke finalmente se desarmou. 

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