13. JUNTOS DE NOVO

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REGINA JÁ estava debaixo da água havia vinte minutos quando fechou o chuveiro.

Tinha de admitir que, em pouco tempo, se não estava se sentindo, assim, revigorada, ao menos se sentia bem mais desperta e atenta graças a alimentação e o banho. As palavras de Zacarias Darwich repercutiram em sua cabeça. "Negociar. Comida por seu corpo".

Ela pegou a toalha e enrolou-se nela. Estava com um pé fora do banheiro quando sentiu a presença de mais alguém. Quando levantou os olhos deu de cara com um rapaz loiro com jaleco deitado na cama e recostado na cabeceira.

Regina não se mexeu e o olhou com os olhos verdes mais frios. O rapaz ergueu-se, tirou o jaleco e andou até ficar diante dela com as mãos indo para a barra da camiseta.

— Vamos, garota. — ele disse, tirando a camisa. — Não temos o dia inteiro.

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— ...Então estamos acertados.

Com as ultimas palavras de Zacarias, os presentes ficaram de pé e se dirigiram para a porta, saindo em fila, excerto Daniel e o avô.

Mal os homens saíram da sala, Daniel viu Zacarias fazer um gesto e a porta fechou-se. Um momento depois, o rosto do avô se transformou numa impenetrável máscara.

— Agora me diga, Daniel... Como encontrou esta sede do Imp?

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Regina abriu um sorriso sensual e estendeu os braços enquanto o rapaz se aproximava mais dela. Ela sentiu o hálito dele próximo ao seu rosto e foi nesse momento que ela aproveitou e aplicou uma violenta joelhada no meio das pernas dele.

O rapaz soltou um grunhido caindo de joelho no chão vendo-a olha-lo friamente e depois passar por ele para apanhar as roupas em cima da cama.

Ela vestiu um top preto e um short jeans o mais rápido vendo o jovem, agora, caído no chão com os olhos fechados. Agora que estava com os pensamentos mais claros, pensou no que poderia fazer a seguir e fugir dali.

— Você está parecendo um pouco brava, gata.

Regina virou a cabeça para o ponto de onde partira a voz. Daniel estava em um canto do quarto de camiseta da Harley Davidson e com correntes penduradas no cinto e ao redor dos pulsos. A tatuagem e o piercing na sobrancelha direita só melhoravam sua imagem.

Ela o olhava sem qualquer emoção ou sombra de medo nos olhos. Ele avançou alguns passos e tentou beija-la, mas a mão dela subiu e estalou uma bofetada ruidosa no rosto dele.

— Demorou, droga.

Em seguida se jogou nos braços de Daniel entrelaçando suas pernas na cintura dele e suas bocas se encontraram. Sem parar de se beijarem, ele a carregou pelo quarto até a cama e a deitou, pressionando as costas dela no colchão quando baixou o corpo sobre o de Regina. Os dois atacavam a boca um do outro duramente, agressivamente, assim como suas mãos trabalhando por todo corpo um do outro.

Então ela sentiu o peso de Daniel desaparecer quando ele foi arrancado de cima dela. Regina ficou de pé depressa e viu o rapaz loiro erguer a mão para lançar um feitiço no namorado.

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Uma expressão mistificada passou pelo rosto do neto, antes da mão direita do rapaz voar rapidamente para o bolso da calça e tirar uma moeda exibindo símbolos incompreensíveis e com um furo no meio.

— Com isso. — respondeu Daniel sem vacilar, ao colocar a moeda na mão do avô.

Zacarias examinou o objeto atentamente, antes de aproxima-lo dos olhos. Pelo orifício da moeda, ele viu o mapeamento de um percurso ser formado.

As Crônicas Darwich - Sombra de Loki (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora