"E agora prometes-me que podes fazer que as estrelas dancem se eu te desejo também"AS MÃOS DA MORENA TREMIAM QUANDO SAIU DA OFICINA DE DUMBLEDORE, e não era para menos, tinha ido atrás de respostas mas a forma que ia terminar a historia não lhe agradava nada. Tinha recolhido todas as peças de um quebra-cabeças enorme e agora, tinha a resposta final.
A fascinação de Riddle pela magia negra e o seu desprezo pelos muggles.
O selvagem ataque que proporcionou ao Malfoy.
A lista de nomes e direções muggles no seu quarto.
As saídas a altas horas da madrugada.
A submissão que Severus Snape o tratava.
E... a desaparição dos seus pais.
A morena parou brutamente no meio do corredor enquanto se dava conta de que tinha começado a chorar à um tempo.
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Tom entrou na sua oficina enquanto tirava o pesado sobretudo do terno negro. Revolveu o cabelo e surpreendeu-se ao ver uma figura parada no meio da sala.
—Herms, o que fazes... — Calou-se ao notar as folhas nas mãos da moça. Um feedback recente dos comensais da morte, o qual, tinha que o ter destruído e não o fez. Ambos observavam-se olhos nos olhos e os da Hermione estavam tão cristalizados que o moreno não entendia como ela não tinha derramado nenhuma lágrima ainda.
— Como pudeste? — A voz da mulher saiu entrecortada pelo soluço que sustinha.
Tom engoliu em seco.
— Herms... — A morena atirou com força as folhas contra o escritório, as quais, derramaram-se por todos os lados, o seu olhar tinha mudado a um de ira, jamais tinha-o olhado dessa forma e doía-lhe.
— Perguntei-te, como pudeste? — Perguntou de novo enquanto o seu cenho se franzia.
Tom deixou cair os suas mãos sobre as costas de uma das cadeiras enquanto olhava para ela exasperado, sentia-se abrumado e pela primeira vez não tinha uma resposta na ponta da língua.
— Estava à procura de um bom momento para te dizer. — Respondeu, Hermione deixou sair o ar do seu corpo como se lhe tivessem dito uma piada.
— Não pensavas dizer-me nunca, entendo que achasses que sou uma estúpida mas subestimaste-me de uma maneira! — Escupiu a mulher, Tom negou com a cabeça.
A tensão tinha-se incrementado no lugar.
— Isto é muito maior que nós os dois. — Murmurou enquanto se aproximava dela. — Podemos trazer uma nova ordem ao mundo. Não temos porque viver mais tempo como ratos, nós somos os especiais, os que possuem o verdadeiro poder, não uns estúpidos muggles! — Bramou, Hermione torceu o nariz.
— Os meus pais também são muggles! — Discutiu a mulher, Tom suspirou tentando controlar-se.
— Eu sei, e o facto de estarem desaparecidos é um dano colateral...— Disse.
— "Dano colateral"? — Repetiu as palavras como se não acreditasse nelas. E na realidade tinha vontade de vomitar, a este passo não podia levar a cabo o que Dumbledore lhe tinha pedido porque não suportava a situação, não suportava estar próxima do Riddle, aquele que lhe mentiu durante tanto tempo.
Tom quis-se desculpar mas as palavras não lhe saíram.
— Juro-te que vou encontra-los de novo para que possam estar juntos. — Disse suavemente. — Hermione, tenta entender-me, tenho lutado pelos meus objetivos toda a minha maldita vida, não posso deter-me estando a dois passos de consegui-los.
Hermione mordeu o interior da sua boca com tanta força que sentiu o sabor metálico do seu sangue misturando-se com todas as palavras venenosas que estava ao ponto de soltar.
— Que te entenda? — Perguntou com gozo. — Claro, deveria entender o meu namorado assassino, aquele que acredita só na pureza de sangue, aquele que atacou selvagenmente o Draco Malfoy, que mata pessoas e destrói famílias...— O rostro de Tom descompôs-se, estava tão pálido que parecia que em qualquer momento ia desmaiar. — O que quer submeter o mundo mágico a um reinado de terror, o que me tirou a virgindade e no meio da noite foi arranjar os seus assuntos junto aos comensais da morte enquanto me via a cara de estúpida. Que magnífico que é o meu namorado, aquele que me via chorar pelos meus pais quando, ELE OS TINHA FEITO DESAPARECER! — Gritou tão forte que lhe doeram as cordas vocais, Tom manteve-se em silêncio aceitando a sua sentença. — Mataste os pais do Harry também, não? — Fê-la parecer uma pergunta mas ambos sabiam que ela tinha a resposta já, mesmo que isso lhe custasse a acreditar.
— Tudo o que fiz foi para assegurar-me uma ascensão cheia de êxitos.— Tentou-se justificar. — E faria tudo de novo se precisasse. — Disse.
— Mentir-me também era parte disso? — Perguntou a morena deixando sair todas as lágrimas que continha, as suas bochechas ficaram empapadas destas em alguns segundos.
O Tom ficou com um nó na garganta, sabia que tinha fodido tudo, sabia que estaba fodido mas não podia perde-la. Era a única coisa boa que teve na vida.
— Não me deixes, Hermione, por favor! — Hermione surpreendeu-se ao ver como uma lágrima solitária caía pela pele pálida do homem à frente dela, o qual, segundos depois ajoelhou-se para envolver os seus braços ao redor da cintura dela, a cara do Riddle apoiou-se no seu abdómen. — Por favor! — Rogou.
Hermione chorou com força e lutou para tirar as mãos dele de cima dela, quando o conseguiu ambos olharam um para o outro e Hermione lembrou-se da primeira vez que se tinham visto; tinha ficado tão encantada com ele ao princípio mas logo ele tinha sido un total imbecil, agora confirmava isso.
Tom Riddle era um total imbecil.
— Preciso de tempo para pensar... — Informou-lhe, o qual, assentiu enquanto ficava ajoelhado. Quando a porta soou anunciando a saída da morena por ela, Tom sentiu que o mundo lhe caía encima, estava conseguindo o que queria mas a um preço muito alto, não deveria perder a Hermione ou terminaria perdendo-se a ele mesmo. Um soluço escapou-se dos seus lábios e Tom converteu-se por uns segundos no que na realidade era; o rapazinho do orfanato com mil inseguranças e demónios internos que não o deixavam em paz, exceto quando estava com a Hermione.
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Girls like you (Tomione fanfiction)TRADUÇÃO
Fanfiction"Nunca me devia ter metido com gajas como tu" Tom Riddle reprimiu o seu plano de dominar o mundo por alguns anos, trabalhando no Borgin & Burkes e fortalecendo os seus conhecimentos no lado negro da magia, é por isso que quando sente que é a hora de...