O RON ACORDOU A HERMIONE DE UMA FORMA TÃO BRUSCA QUE A JOVEM APONTOU-LHE COM A VARINHA mas ao notar que era o ruivo só suspirou com força para depois passar a mão pela cara a tentar fazer com que os seus olhos se abrissem para ver com claridade.— O que é tu tens?! — Perguntou de forma brusca, odiava que a acordassem assim, Ronald fez uma careta e puxou-a pelo braço.
— Tens que ouvir isto. — Disse, a Hermione seguiu o seu amigo que estava com pressa até que chegaram ao corrimão das escadas, quando viu os gémeos com orelhas extensíveis, soube que estavam a ouvir algo que não deviam mas ao ver o Harry tão interessado naquilo tentou estar um pouco mais apresentável e aproximar-se deles.
Agradeceu quando a "varanda" não fez um rangido quando se apoiou e a voz do Sirius Black ressoou nos seus ouvidos.
— COMO PODIA NÃO ESTAR ZANGADO? DESAPARECESTE QUASE UMA VIDA INTEIRA, TODA A VIDA DO HARRY PRÁTICAMENTE! — Os gritos do Sirius escutavam-se tão alto na casa que não precisavam de orelhas extensíveis para os ouvir. — Não pensaste em algum momento enviar, sei lá, uma estúpida carta ou alguma coisa do género?— Perguntou irónico.
Ouviu-se alguém a bufar.
— Não podia, Sirius, com um demónio! — Explicou uma voz feminina, Hermione franziu o cenho e olhou para um dos gémeos, o qual, encolheu os ombros.
— É uma loira que chegou à bocado. — Explicou o pouco que sabia. A informação que tinham da mulher era quase nula, para não dizer, totalmente nula.
— Mas pudeste enviar notas ao meu irmão!— Explodiu o Black contra ela, estava mais que alterado, o Harry estava preocupado porque jamais tinha ouvido o seu padrinho assim no tempo que o conhecia. Sentia as gotas da angústia na sua voz.
Hermione levantou as sobrancelhas quando a voz do Remus se fez presente, tinha estado tão calado que pensou que estavam só eles os dois na sala.
— Não serve de nada agora isto...— O homem respirou muito fundo. — Temos que pensar no que é melhor para o Harry e além do mais tens que explicar porque é que voltaste agora. — Parecia estar a falar em direção à mulher, a qual, assentiu com um barulho feito pela garganta.
— Não é óbvio? — Perguntou zangado o moreno. — E eu aqui a pensar que o Peter era o único rato. — Soltou com desdém.
A mulher lançou um grito de fúria.
— MANTER ESSE FILHO DA PUTA VIVO TODA A MINHA VIDA NÃO FOI ALGO QUE DESEJASSE, SIRIUS, FOI ALGO QUE TINHA QUE FAZER PARA MANTER O MEU AFILHADO SEGURO!— O grito ressoou. Os olhares de toda a gente dirigiram-se ao Harry, o qual, estava intrigado, não sabia a quem se referia exatamente. A mulher parecia estar a tentar acalmar-se pelo fundo que respirava. — Era a única forma de manter o Harry seguro...— Murmurou, os olhos do Harry abriram-se e não esperou nem mais um minuto, correu pelas escadas abaixo com um nó na garganta, a morena quis detê-lo mas a sua força não foi suficiente e em menos do que canta um galo encontravam-se à frente dos três incandescidos adultos.
O Sirius tinha os olhos chorosos e o nariz vermelho, anunciando a fúria contida, o Remus encontrava-se a dar voltas pela sala como um lobo enjaulado e quando a mulher loira virou-se, ficou pálida, como se tivesse visto um fantasma.
Os seus olhos ficaram cheios de água tão rápido, duma forma que a Hermione não acreditou ser possível e aproximou-se levemente do Harry, o qual, ficou estático.
— Alguém me pode explicar o que é que se está a passar? — Perguntou o seu amigo, igualmente ou inclusivamente mais perdido que ela.
A impressão era óbvia no rosto da mulher, os seus olhos azuis céu estavam mais que renunciados por lágrimas que deixou cair com rapidez, uma seguida da outra.
Harry não se afastou quando a mulher pousou as mãos sobre o seu rosto, o tato era-lhe conhecido mesmo que ela fosse uma completa desconhecida para ele.
A loira apalpou-o como se ele não fosse real, como se ele não estivesse ali e chorou com força.
— Harry!— Exclamou num grito afogado antes de envolver os braços ao redor do seu afilhado com força, ao notar o tenso que o rapaz se encontrava separou-se e secou as suas lágrimas como pode para passar as mãos pelas calças pretas que tinha.
— Desculpe, você é...? — Animou-se a preguntar a Hermione, os olhos da mulher separaram-se com esforço do moreno e pousaram-se sobre ela, desenhou uma careta que pretendia ser um sorriso.
— Chamo-me Raven Jones...— Apresentou-se para voltar a colocar o seu olhar no Harry. — Temos muito que falar.— Declarou.
•
Depois de uma hora e meia em que a Raven não tinha parado de falar, chorar e abraçar o Harry a tentar ter a certeza de que ele não se ia embora, Hermione não podia processar a informação que tinham recebido de uma forma tão rápida do que ela gostaria.
Sempre foi de adquirir os conhecimentos rapidamente, mas isto tudo... era demais.
Resumindo, a Raven era madrinha do Harry, ex-namorada do Sirius Black e melhor amiga do Remus Lupin, uma Ravenclaw por excelência, órfã e com um grande conhecimento herdado da mãe, aquela que a havia condenado.
Após a morte dos pais do Harry, a mulher declarou que foi forçada a ser a "serva" que manteve o Lord Voldemort vivo (uma declaração que irritou toda a gente e que trouxe algumas lágrimas à loira). Aparentemente, ela possuía o dom de transferir almas para novos corpos, é por isso que Voldemort a forçou a usar os seus poderes nele.
— Porque simplesmente não te negaste? — Perguntou o Harry com uma voz zangada, se o tivesse deixado morrer ele não teria que estar a passar por esta situação.
A Raven fungou.
— Na noite que assassinou os teus pais...— A mulher respirou fundo. — Eu fui a primeira que chegou, e...— Chorou. — Tu estavas sozinho, tão pequeninho no berço, eu peguei em ti, quando percebi que não estávamos sozinhos, deixei-te por inércia ali de novo e enfrentei-o. — Declarou. — Achei que seria fácil porque ele estava a morrer, mas logo entendi e só tive que ficar ali. — Disse.
Todos olharam expectantes para ela, a que se referia?
— Nessa noite, quando Voldemort te lançou o feitiço e a tua mãe se pôs no meio, a parte que ficava da alma de Voldemort aderiu-se ao único ser vivo com vida ali... tu. — A sala ficou em silêncio e a Hermione engoliu em seco.
Isso explicava muitas coisas.
Como o porquê do Harry ser um ofidioglota, mas só abria incógnitas a outras.
Podem surtar, eu sei que querem AHAHAHA.
Oii, alguém gosta do Draco por aí? É que eu tou a traduzir uma saga entre o Draco e uma Weasley, chama-se "A irmã de Ron Weasley" e está disponível no meu perfil.
Não aconselho a ler quem nunca leu os livros de Harry Potter, pois a saga segue à risca os livros, ou seja é baseada neles, não nos filmes.
Se alguém quiser ler, fique à vontade, obrigada.
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Girls like you (Tomione fanfiction)TRADUÇÃO
Fanfic"Nunca me devia ter metido com gajas como tu" Tom Riddle reprimiu o seu plano de dominar o mundo por alguns anos, trabalhando no Borgin & Burkes e fortalecendo os seus conhecimentos no lado negro da magia, é por isso que quando sente que é a hora de...