Este capítulo tem spoilers de "Raven", a história dos marotos que a autora oficial (Ateneaok) escreveu, não é preciso lê-la antes de ler esta história, mas quem quiser, encontra-a no perfil dela, em espanhol obviamente.APESAR DOS RISOS EM VOLTA DA MESA, HERMIONE SENTIA-SE FORA DO LUGAR, estava metida tanto nos seus próprios pensamentos que já se encontrava a remexer a comida no prato há minutos, o qual, levou Molly Weasley a cravar a sua atenção nela.
— Hermione... — A voz maternal da mulher soou pelo lugar, a atenção da mesa dirigiu-se a ela e longe de se sentir cómoda como de costume sentiu-se coibida, o qual, foi-lhe estranho. Todos os presentes eram como família para ela. — Não gostas da comida? Queres outra coisa? — Perguntou a mulher, a morena fez uma careta e negou rapidamente. A comida da senhora Weasley era sempre uma maravilha.
— Não, Molly, claro que não. — Respondeu a jovem, deixou os talheres na mesa sabendo que não comeria. — Só vou dormir, estou muito cansada... — Informou levantando-se da mesa antes do tempo. — Saibam desculpar-me e muito obrigada pela comida. — Murmurou, os demais assentiram deixando-a saber que estava tudo bem, o Harry trocou olhares preocupados com o padrinho.
A morena suspirou quando apoiou as costas contra a porta do quarto frio que lhe tinham cedido para descansar, ao que parecia, o seu antigo dono Regulus (ou assim o apresentava o papel na porta negra) não tinha percebido o sentido da decoração para fazer parecer o quarto mais luminoso, ou talvez só não gostava.
Hermione separou-se da porta quando notou o vapor que saía de entre os seus lábios anunciando a drástica diferença de temperaturas entre o seu corpo e o lugar, então aproximou-se da cama e pegou na manta negra para envolver-se com ela, agradeceu quando o calor começou a voltar ao seu corpo.
Maldisse ao ar quando a sua mão deixou cair o pesado livro que acabava de tirar da mesinha de cabeceira por inércia e agachou-se para apanha-lo, o seu olhar deteve-se numa caixa que sobressaía minimamente debaixo da cama.
Levantou uma sobrancelha com intriga e arrastou-a até deixa-la ao seu lado, sentou-se cruzando as pernas e meditou antes de abrir a caixa, sentia-se uma intrusa por ver as coisas que não lhe correspondiam, mas à vez precisava de saber o que é que tinha ali depois da faísca de curiosidade que se tinha acendido.
Olhou para trás como se alguém estivesse ali com ela antes de abrir a caixa.
O conteúdo eram cartas, ou notas, segundo parecia, e Hermione, sentiu-se muito mais uma intrusa, mas ainda assim esticou a mão e pegou numa, só lhe bastava isso para saber se eram de relevância ou não:
"Encontrei a informação que me pediste, a resposta é não. O Harry é o que ele não planeou, cuida dele. Por favor Regulus."
R.J.
As sobrancelhas de Hermione franziram-se ao ver o nome do seu amigo ali, não entendia do que falavam e muito menos sabia quem era "R.J.", ou porque é que o Regulus falava com essa pessoa.
Pegou noutra carta:"Sabes que não posso. Não tens ideia das consequências se o fizer.
Vejo-te na próxima semana. Sabes alguma coisa do Sirius?"
R.J.
Hermione percebeu de que se tratava de alguém que conhecia o Regulus e também o Sirius, e como se fosse um sinal, bateram à porta.
— Hermione, posso entrar? — A voz do Sirius soou do outro lado da porta, a morena murmurou "um segundo" para tapar a caixa, deixa-la sobre a cama e sentar-se ao lado dela.
Quando o Sirius entrou, um olhar de nostalgia cruzou o rostro dele e Hermione soube que este lugar trazia-lhe lembranças, a morena não sabia dizer se boas ou más.
— A Molly fez-te chocolate quente, disse que não devias dormir sem nada no estômago. — Murmurou dando-lhe a taça fumegante, a morena sorriu lembrando-se da mãe, o seu chocolate...e do Tom, a primeira vez que bebeu chocolate quente.
Sirius sentou-se ao lado da Hermione olhando para a jovem com uma preocupação genuína, o seu afilhado mantinha-o "atualizado" do que estava a passar a mulher e era muito para qualquer um.
— Estás bem? — Perguntou, a Hermione assentiu levemente antes de arranhar a garganta.
— Este quarto era do teu irmão? — Perguntou com cautela, não sabia muito da família do Black mas sabia que não se davam bem, bom, ao menos o Sirius não se dava bem com eles, não sabia se o aparente desprezo era mútuo.
Sirius assentiu.
— Sim, o meu irmão mais novo, o Regulus. — Disse. — Está igualzinha a antes e inclusive continua igualmente silenciosa. Era tão calado quando estava aqui dentro que não sabia se ele continuava vivo ou se a sua tarântula o tinha comido. — Disse.
Hermione assentiu.
— Tinha muitos amigos? — Tentou saber, talvez assim pudesse descobrir de quem eram as cartas.
Sirius remexeu-se na cama e estalou a língua.
— Realmente acho que não, não éramos muito próximos, só tínhamos uma amiga em comum, a minha namorada... — Corrigiu-se com rapidez. — A minha ex namorada, ela também era amiga dele, então... — Disse, mas notou a curiosidade da jovem então que franziu o cenho. — Porquê tanta curiosidade? — Perguntou.
Hermione notou como as suas bochechas se acendiam e deu-lhe medo confessar que tinha sido "cusca" mas tinha uma duvida enorme, e se a ex namorada do Sirius...
— Digamos que fiz algo que não devia... — Disse levemente enquanto deixava a taça na mesinha de cabeira, o Sirius riu-se levemente, ele tinha feito muitíssimas coisas más que não devia à sua idade. — E por curiosidade li duas destas cartas... — Estendeu-lhe a caixa, Sirius franziu o cenho, nunca a tinha visto — Uma delas, fala do Harry e a outra nomeava-te, não sei o que dizem as outras mas intrigou-me que essa pessoa estivesse a falar sobre vocês. — Disse, o Sirius tinha aberto a caixa e quando pegou numa das cartas pareceu entrar em estado de choque.
Hermione chamou-o umas três vezes mas o olhar do homem continuava cravado na carta na sua mão.
— Raven... — Murmurou despois de um bocado. Hermione levantou uma sobrancelha.
— Raven? — Perguntou, era um nome particular.
— Raven Jones, a minha ex namorada. — Declarou o homem, os olhos de Sirius encontravam-se chorosos como se a só menção do nome da mulher lhe causasse uma profunda dor. Hermione assentiu levemente unindo a coerência das letras "R.J", com o nome da desconhecida. — Supunha-se que estava morta, mas estas cartas têm datas de depois da morte do James. — A voz do Sirius saiu num sussurro mas foi o suficiente para que a morena o ouvisse.
Sirius sentiu que a comida que tinha comido à pouco tempo a revolver-se no seu estômago e o seu peito batia com força.
Ele tinha dado a Raven como morta porque foi o que todos lhe disseram e o fizeram acreditar, ele resignou-se a chorar a morte da sua amada naquela cela estúpida de Azkaban, mas aquelas cartas deixaram-no ver que não era assim, porquê?
Foi a única pergunta que cruzou pela sua mente no momento.
O que tinha a ver a Raven com este assunto?
E porque é que se tinha contactado com o Regulus?
Hermione, pela sua parte só queria saber o que tinha a ver o seu amigo com todo o assunto, e porque é que o Regulus se tinha interessado nisto muito antes que ela.
Oii, alguém gosta do Draco por aí? É que eu tou a traduzir uma saga entre o Draco e uma Weasley, chama-se "A irmã de Ron Weasley" e está disponível no meu perfil.
Não aconselho a ler quem nunca leu os livros de Harry Potter, pois a saga segue à risca os livros, ou seja é baseada neles, não nos filmes.
Se alguém quiser ler, fique à vontade, obrigada.
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Girls like you (Tomione fanfiction)TRADUÇÃO
Hayran Kurgu"Nunca me devia ter metido com gajas como tu" Tom Riddle reprimiu o seu plano de dominar o mundo por alguns anos, trabalhando no Borgin & Burkes e fortalecendo os seus conhecimentos no lado negro da magia, é por isso que quando sente que é a hora de...