Capítulo 39

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"Deixa-os temer"

QUANDO OS PASSOS DOS COMENSAIS DA MORTE RESSOARAM COMO UMA BANDEIRA DE BATALHA, Hermione lançou um suspiro agudo ao ar

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QUANDO OS PASSOS DOS COMENSAIS DA MORTE RESSOARAM COMO UMA BANDEIRA DE BATALHA, Hermione lançou um suspiro agudo ao ar.

Estava na primeira linha dos combatentes de Hogwarts, com a varinha na mão mas com a esperança no chão, Draco ao seu lado, parecia não querer cravar os olhos claros na multidão de cor negra que se aproximava e Raven à frente dela, não fazia mais que mexer-se nervosa enquanto o Sirius estava em completo alerta.

Tivemos que perder.

— O Hagrid traz quem no braços?— A voz de Ginny Weasley ouviu-se no silêncio.

Os olhos da Hermione cruzaram-se com os do Tom e por um momento viu incerteza, mas quando se extinguiu, a alma caiu-lhe ao chão, junto com a esperança e sentiu um sabor amargo na boca.

Mas tudo se incrementou quando viu o corpo do seu amigo moreno nos braços do semi-gigante.

— Pai, o Hagrid traz quem nos braços?! — Repetiu a voz de Ginny, esta vez mais desesperada.

— Harry Potter está morto! — A voz de Tom Riddle ressoou no lugar e, enquanto a Ginny se dedicava a gritar, Hermione só fez uma coisa: vomitar.

Apesar de não ter comida no estômago, sentia-se tão mal que a pouca água que tinha bebido tinha escalado pela sua garganta para terminar sobre a lama do chão, Draco ajudou-a a recompor-se e a morena passou uma mão pela boca para levantar o olhar e crava-lo no Riddle, o qual, tinha-se detido no meio do lugar no centro do grupo.

Sentia-se semimorta, o Harry tinha sido o seu primeiro amigo, aquele que a salvou do troll, aquele que lhe ofereceu o ombro para chorar incontáveis vezes, aquele com qual compartilhou risos, comidas e brincadeiras.

Ron chorava ao seu lado e todas as emoções misturaram-se.

Lágrimas encheram o magoado rosto da Gryffindor e o homem sentiu que o estômago lhe remexia.

Ele também queria vomitar, mas não podia parar.

Não sabia como.

Raven sustinha a mão do Sirius com força, o qual, tinha o rosto vermelho da fúria e das lágrimas que não lhe paravam de cair pelos olhos; o pequeno Harry. Seria sempre o pequeno Harry e não era suposto ser assim, era ele quem o devia enterrar, não ao contrário.

— Paciência...— Sussurrou.

— Suponho que serão o suficientemente inteligentes para se unirem a mim...— Sorriu carismático o moreno, Bellatrix mexeu-se emocionada no seu lugar. — Há lugares nas minhas filas... Quem vai ser o primeiro? — Os olhos dele procuraram Hermione, a qual, engoliu em seco e levantou o queixo enquanto ficava no lugar.

A mandíbula de Riddle marcou-se devido à força dos seus dentes.

— Draco...— A voz de Lucius Malfoy soou indecisa, temorosa e levantou levemente a mão em direção do seu filho, o loiro engoliu em seco e compartilhou olhares com a morena para ficar no seu lugar.

— Filho...— A voz de Narcissa chamou-o outra vez e depois de dez segundos entendeu: o seu filho não se ia mexer daquele lugar.

Tom sorriu.

— Ao que parece temos o primeiro rato. — Gozou, a sua atenção dirigiu-se a um Neville Longbottom que caminhava coxeando até ao centro. Os lábios do moreno desprenderam-se num sorriso sarcástico e foi acompanhado pelas piadas dos seus comensais ao rapaz. — Não vou negar que estava à espera de alguma coisa melhor... Qual é o teu nome rapaz? — Perguntou mas foi interrompido pelo Gryffindor.

— Tenho uma coisa para dizer. — Murmurou o homem. Tom arregaçou as mangas da sua camisa negra e meteu as mãos nos bolsos.

— Força, acredito que vamos ficar impressionados com o que vais dizer. — Soltou com ironia, o menor virou-se em direção aos seus companheiros.

— Importa alguma coisa que o Harry esteja morto?— Perguntou, Seamus lançou-lhe exclamação. — As pessoas morrem o tempo todo! Pais, irmãos, amigos...— Disse olhando para a maioria dos presentes. — Devemos lutar pelos que já cá não estão e... O coração do Harry bate em todos nós! — Aconteceu tão rápido que a Hermione tropeçou com os seus próprios pés quando se lançou para trás.

Neville tinha tirado a espada de Godric Gryffindor, Harry tinha saltado dos braços do Hagrid, e a Raven tinha corrido até ao Tom para começar um duelo que uniu ambas as varinhas, verde contra azul, e rapidamente contra vermelho também, já que o Harry tinha notado as intenções da sua madrinha.

— Voltem cobardes! — O grito de Bellatrix soava por todo o lugar enquanto muitos comensais da morte desapareciam em redemoinhos de pó negro porque o menino que viveu tinha sobrevivido pela segunda vez.

A morena virou-se para o Draco e sacudiu-o, tirando-o do transe em que o loiro se encontrava, o lugar estava-se a esvaziar.

— Vai com os teus pais!— Gritou-lhe, o loiro franziu o cenho sem entender.

— O quê? — Perguntou. — Não. — Respondeu, Hermione sacudiu-o de novo.

— Vai para casa. — Exclamou de novo. — Vou ficar bem.— Disse, Draco assentiu despois de uns segundos e os dois separaram-se para tomar caminhos diferentes.

Só estavam no pátio o Sirius e ela além dos outros três que estavam a bater um duelo mortal.

— Não podemos fazer nada? — Perguntou num grito ao Sirius, o qual, negou andando pelo lugar.

— As varinhas deles estão conectadas, se lançar algum feitiço posso magoar a Raven ou o Harry, eles devem ganhar! — Respondeu o mais velho.

A tensão cortava-se facilmente e Hermione podia ver o desgaste físico e mental que estavam a ter os três.

— Tom! — Gritou, ao não receber atenção aproximou-se levemente. — TOM!— Alargou o grito a tentar torná-lo profundo, os olhos do homem conectaram-se com os dela e a morena chorou. — Para, para...— Repetiu, sabendo perfeitamente que ele a podia entender. — Por favor! — O grito canalha que lhe saiu da garganta deu-se no mesmo momento em que a conexão entre as três varinhas se rompeu e Raven conduziu todo o poder contido para ela mesma.

Hermione correu até Tom quando este caiu de joelhos ao chão e lançou-se a ele tomando-o pelo rosto, o suor colava os cabelos negros do homem à sua frente e a respiração agitada dele chocava-lhe contra a cara com brutalidade.

Um trovão ressoou no céu, encima deles, o nublado do clima e a tormenta que se avizinhava reflexava a situação na terra e em cada coração do mundo mágico.

A morena olhou fixamente para o Tom enquanto as lágrimas lhe tapavam a visão, Riddle soltou a sua varinha para deixar que os seus dedos tocassem os cotovelos da morena e continuassem a subir até acariciar os seus pulsos.

— Lamento...— Soltou de repente, acompanhado de um soluço que partiu coração à Gryffindor, a qual, acariciou o seu rosto para deixar as mãos nos lados da cabeça do moreno antes de o abraçar com força. — Já não o sinto, a voz dele já não está mais na minha cabeça.— Sussurrou o Tom contra o seu pescoço, ouvia-se débil, frágil e ele era.

Era só um homem que tinha sido manipulado toda a sua vida por uma voz na sua cabeça que o torturava até ao ponto de o fazer acreditar em cada coisa que dizia, mas esses pensamentos não eram seus, nunca foram.

A morena separou-se dele e olhou para ele confundida para virar a cabeça e ver o cenário eu estava atrás dela.

Raven Jones era a última horrocrux de Lord Voldemort.

Ateneaok

Girls like you (Tomione fanfiction)TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora