Capítulo 29

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"Se vocês são maus, eu posso ser o Lucifer"

— Não o vou poder fazer. — Murmurou a jovem, o seu sussurro foi ouvido por Dumbledore, o qual, comeu outro caramelo de limão para depois observa-la atrás dos seus óculos de meia-lua e levantar a comissura dos lábios.

— Sim, poderás.— Assegurou.— És uma das bruxas mais capazes que conheci ma minha vida, Hermione

Hermione fez uma careta.

— Posso ser capaz de fazer feitiços ou poções, não de matar. — Engoliu em seco. —... muito menos o senhor. — Reconheceu, Albus negou suavemente.

— É a nossa única opção, terás que o fazer para que ele confie plenamente em ti. — Disse. — Despois da minha morte terás que interpretar à perfeição o teu papel, o jovem Malfoy ajudar-te-á— Informou.

— O Draco?— As sobrancelhas da Hermione levantaram-se em confusão.

— Digamos que aceitou a minha ajuda. — Murmurou o maior notando os sentimentos de tristeza da jovem. — O Harry vai-te compreender com o tempo, vou-me assegurar disso. Se fores rápida e seguires o plano poderás recuperar a tua família e salvar os teus amigos. — As suas mãos sustiveram as da jovem, sabia o peso que lhe punha nos ombros mas era necessário. — Nem todos temos a oportunidade de escolher em que mãos vamos morrer, alegra-me que seja nas suas, senhorita Granger — Sorriu levemente, depois de tudo não lhe restava muito e mesmo que não fosse intencionado, ia morrer de uma forma ou outra.

Hermione deixou cair a sua cabeça sobre as mãos entrelaçadas enquanto as lágrimas derramavam-se pelas suas bochechas. Dumbledore sentiu-se em paz; a jovenzinha não cairia no lado negro por amor, e se o fizesse, tampouco podia culpa-la, ele esteve quase a fazê-lo no seu momento.

A mão da Hermione queria tremer mas ela não o permitiu, Tom abriu muito os olhos quando pisou a torre e presenciou a cena, girou a cabeça levemente tentando encontrar uma resposta nos lábios da Lestrange mas a de cabelo ondulado parecia mais desconcertada que ele. Draco moveu-se para trás fazendo uma vénia à frente do seu mestre, e Hermione fixou a sua vista só em Dumbledore, evitou olhar para o moreno que caminhava lentamente para o seu lado.

— Hermione, o que estás a fazer?— Perguntou confundido enquanto tirava a sua própria varinha. O silêncio foi a resposta que obteve.

Os olhos escuros da morena enfrentaram os de um cansado Dumbledore, o qual, sorriu-lhe de forma diminuta advertindo estar preparado para o final que se avizinhava, Hermione suspirou antes de ter a varinha em punho e preparar-se para interpretar o seu papel.

Avada Kedavra!— Rugiu, a luz verde saiu para impactar o peito do homem, o qual, caiu ao vazio. Tudo parecia em câmara lenta, os olhos de Dumbledore abertos enquanto caía, o seu cabelo branco ondulava pelo vento e os seus braços pela frente do seu corpo foi o último que a morena viu dele. Malfoy tremeu atrás de Hermione e esta manteve-se com a varinha para cima. Tom intercambiou o olhar entre o final da torre e Hermione, sem entender absolutamente nada.

Bellatrix, que se encontrava impressionada ajoelhou-se da emoção enquanto Severus Snape aparecia no lugar vendo o que se tinha acabado de passar. Tom tinha duas emoções encontradas: felicidade pela morte do velho que tantas dores de cabeça lhe tinha dado, mas confusão pela morena. Estendeu a sua mão fazendo que Hermione baixasse a varinha, para despois falar.

— Bellatrix, encarga-te de tira-los daqui. — Disse referindo-se aos outros comensais da morte. — Severus, é hora que tomes o controlo. — Ordenou, Snape e Malfoy intercambiaram um olhar antes de que todos desaparecesse pelas escadas.

O silêncio inundou o espaço entre Tom e Hermione, a qual, sentia que o contacto do homem com o seu pulso queimava, ainda com a sweater. O moreno girou-se lentamente para deter-se à frente do campo visual da jovem, levou as mãos ao seus ombros e observou-a com o cenho franzido.

— Podes me dizer o que se está a passar?— Perguntou, Hermione maldisse-se a si mesma, não era tempo para pensar nela: devia interpretar o seu papel, se não, a morte de Dumbledore tinha sido em vão.

A morena cravou os olhos no homem antes de sorrir levemente.

— Lamento ter discutido no outro dia. — Mentiu. — Na realidade não estou zangada, sabia de tudo há já um tempo, mas não podia deixar que o velho suspeitasse. — Disse, um brilho cruzou os olhos do Tom rapidamente. Hermione estava do seu lado?

O moreno sacudiu a cabeça.

— Não entendo, não estás zangada? — Perguntou, Hermione negou rapidamente e levou as mãos até aos cotovelos do Tom num gesto de aproximação, tinha lido que a linguagem corporal também era importante no momento de tentar comunicar, ou ocultar uma mentira. Se se mantivesse quieta e parada, Tom notaria que não era verídico o que dizia.

— Não, apoio a causa. — Assegurou. — Espero que isto tenha sido uma prova contundente, e se não foi, posso continuar a demostra-lo. — Informou, Tom sorriu antes de abraça-la. Ninguém o tinha apoiado dessa forma com a sua meta.

Hermione engoliu em seco enquanto correspondia ao abraço, jamais se tinha sentido tão lixo como nesse momento.

Harry tentou não cair ao chão quando chegou a Hogsmade, odiava a sensação de viajar dessa forma, em especial quando não queria fazê-lo. Os seus olhos centraram-se no conhecido rosto de Ron, o qual, estava acompanhado de Fred, George e Arthur Weasley. O maior aproximou-se com rapidez ao jovem da cicatriz.

— Harry, filho, temos que ir.— Despachou-o o homem tomando-o pelo cotovelo. Harry seguiu os seus passos mas continuava duvidoso em ir embora.

— Senhor Weasley, o que se passa? Porque é que a Hermione continua ali se eu tenho que ir embora? O que aconteceu a Dumbledore?— Perguntou, Fred tentou aligeirar o ambiente passando um braço pelos ombros do menor antes de fazer uma careta.

— Vamos-te explicar quando bazar-mos daqui, vamos, não faças que o pai se ponha nervoso, não tem tido bons dias ultimamente...— Pediu num sussurro. Harry assentiu antes de dar um último olhar para trás.

Não entendia o que se passava.

Porque é que a sua amiga lhe tinha pedido perdão?

Ateneaok

Girls like you (Tomione fanfiction)TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora