Chapter Fifteen: Fall

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Ir ao cinema com Harry foi divertido. Eles assistiram a um filme de romance que estava em cartaz. Se sentaram na última fileira, e passaram a maior parte do tempo se beijando, ignorando o filme que passava, e aproveitando aquele momento entre eles. Depois do filme, eles foram de carro até uma lanchonete, e comeram um lanche, rindo das piadas que Harry inventava, que de tão sem sentido, acabavam sendo engraçadas. No final do dia, quando Harry levou Louis para casa, eles se beijaram no carro por quase meia hora, sussurrando palavras cheias de amor nos lábios um do outro e enrolando, para ficarem juntos o quanto pudessem. Harry estava se esforçando para fazer Louis se sentir melhor, sem saber que apenas o fato de ele se importar, já era o suficiente. Na semana que se seguiu, os dois estiveram mais próximos, e a cada novo contato, Louis sentia seu coração acelerar, começando a sentir coisas que nunca havia sentido antes.

Decidido a descobrir mais sobre seus próprios sentimentos, Louis tirou um tempo apenas para ele. Mesmo com Harry querendo passar a tarde de sexta-feira com ele na cafeteria, o cacheado acabou respeitando o espaço de Louis e disse que se o menor precisasse de alguma coisa — qualquer coisa — bastava ligar. É claro que, para se despedirem, eles trocaram muitos beijos, até Liam e Zayn se cansarem de esperar e Liam ter que literalmente puxar Harry para o carro. Depois disso, Louis caminhou sozinho até a cafeteria, sorridente, porque tudo em sua vida estava voltando aos eixos, e ele estava feliz.

A felicidade em sua vida sempre foi algo estranho. Ele era feliz quando ele e seu pai iam juntos jogar futebol e o mais velho sempre o deixava ganhar; quando sua mãe fazia doces e ele assistia filmes da Disney na sala de estar; quando ele e suas irmãs brincavam no quintal ou quando todos se reuniam para comerem juntos. Mas era uma felicidade que ele não via há algum tempo. Desde a morte de seu pai, e a partida de sua mãe e suas irmãs, tudo o que sobrou para ele foi uma casa vazia, cheia de lembranças, uma solidão deprimente e sonhos que o deixavam ainda mais vazio. A felicidade sempre foi algo relativo para ele.

No entanto, agora, ele simplesmente é feliz. Ele tem amigos e está feliz. Ele está com alguém incrível e está feliz. Ele está terminando a faculdade e está feliz. Mesmo com os sonhos e pesadelos, quando ele acorda, ele não sente mais vontade de viver com os personagens de seus sonhos — que agora ele sabe que são pessoas de suas vidas passadas —, porque todos os dias, quando ele abre os olhos de manhã, ele sente vontade de viver sua própria vida. Ele tem vontade de ir estudar, sair com Harry e Liam, e passar o dia todo aos beijos e carinhos com o cacheado.

Ele não tem mais uma felicidade passageira ou relativa. Ele tem uma felicidade enorme e que o aquece.

Então, é sorrindo que ele chega na cafeteria e se apronta para trabalhar. E é sorrindo que ele atende todos os clientes que entram, inclusive um garoto de cabelos castanhos bagunçados e um sorriso animado no rosto, que está há alguns minutos tentando escolher o que deseja comer, usando seu forte sotaque irlandês para se comunicar com ele.

— Sabe, eu ultimamente estou assim, meio perdido — o cliente em sua frente se lamenta, bufando irritado por não conseguir se decidir. Louis tem sido muito paciente, mas como não tem ninguém mais para ser atendido, ele está simplesmente sendo um bom ouvinte. — Eu acho que a culpa é do meu vizinho. Eu culpo ele!

— O que o seu vizinho te fez? — Louis questionou, um pouco preocupado.

— Ele nasceu — o possível irlandês revira os olhos, sorrindo por fim. — Nasceu lindo e tão gostoso... Acho que estou apaixonado.

— Apaixonado?

— É... — o cliente tem seus olhos azuis meio brilhantes. — Quando nosso coração acelera e a gente fica meio idiota. Ou quando a gente só quer pular na pessoa e beijar ela. E fazer umas outras coisas também...

it's just a dream || l.s. mpreg!louisOnde histórias criam vida. Descubra agora