Chapter Five: Matter of Love

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...

Louis teve outro sonho.

Dessa vez, um pouco mais rápido e simples. Apenas o suficiente para que ele se sentisse tremendamente mal. Apenas Ben estava no sonho, e eles estavam juntos num parque com outras crianças ao redor, brincando. Ben ainda era pequeno, mas um pouco maior que da última vez, talvez entre os três e quatro anos, e ficava correndo até Louis, esperando ser pego no colo e rodado no ar, o que Louis fazia com gosto e habilidade, sorrindo feliz com cada grande sorriso que Ben mostrava para ele, aparentemente encantado com a brincadeira, como se fosse a melhor coisa do mundo para se fazer.

Acordar chorando não estava nos planos para sua terça-feira, mas o que ele podia fazer, afinal? Era algo que ele não conseguia evitar. Ele gostaria de esquecer dos detalhes, mas era difícil. Ben parecia tão feliz em sua fantasia, e por alguns minutos após abrir os olhos, Louis acreditou que ainda fosse tudo real. Mas não era. Era apenas mais um sonho, que o consumiria novamente enquanto ele não conseguisse entender tudo.

Suas pesquisas estavam o levando por um caminho, certo ou errado — ele ainda não sabia —, mas era uma iniciativa. Tinha que começar por algum lugar.

Primeiro, podiam ser visões, como premonições de algo que está destinado a acontecer, como se já fosse totalmente planejado que a vida de Louis fosse daquele jeito, com uma família formada e felicidade sempre. Se os sonhos fossem mesmo previsões de um futuro, aquilo poderia um dia ser real, ele podia um dia ter uma família como aquela — se não aquela — e um dia, quando as coisas estivessem em seus devidos lugares, ele pararia de ter aqueles sonhos, e não sofreria mais com as consequências.

Segundo, podiam ser imagens de vidas passadas. Ele podia estar tendo lembranças de ocasiões passadas, coisas que já havia vivido com aquelas pessoas, mas não nessa vida. Podia ter alguma relação com seu futuro, mas até que ele descobrisse se era mesmo uma lembrança de uma vida passada, ele não deveria procurar saber sobre, pois podia ser ruim para ele saber de coisas que, talvez, ele não devesse saber.

Terceiro, Louis podia estar sonhando com sua alma gêmea, o que significava que em breve, ele teria novidades em sua vida. Se fosse essa a hipótese correta, em alguns dias, algo deveria lhe fazer lembrar de um de seus sonhos, como um Déjà vu, e então aquela pessoa que o fez lembrar, seria a resposta para tudo.

E quarto, poderia ser tudo em apenas um só. Talvez, em outra vida, Louis tenha formado uma família com Ed e Ben, mas as coisas não tenham acabado bem, então eles ganharam uma nova chance, e as coisas estavam acontecendo de outra forma agora, como um aviso para que dessa vez ele fizesse as escolhas certas. Os sonhos eram visões de um futuro possível ou de um passado feliz, e talvez, existisse um novo Ed para ele, sua alma gêmea, que o destino deu um jeito de unir a ele.

Honestamente, Louis não sabe em que acreditar, então prefere continuar como está, mesmo que doa. Por enquanto, até que ele entenda tudo isso direito, ele vai manter as coisas do jeito que estão.

E, se isso significasse acordar chorando sem ter muita noção do que é falso e o que é real, por ora, ele o faria.

-

Harry viu Louis sentado sozinho numa mesa do refeitório. Teve medo de se aproximar, mas algo dizia para ele ir, pois talvez Louis precisasse de alguém. Ele havia dito para Harry, no dia anterior, enquanto trocavam mensagens, que estava resolvendo algumas coisas, então talvez essas coisas pudessem ter ligação com o motivo de Louis estar tão cabisbaixo enquanto digita em seu computador, com fones de ouvido e um semblante triste. Para ser sincero, Harry sabe que a sensação que o preencheu quando viu Louis tão abatido, não era apenas empatia e compaixão, mas como todos os outros sentimentos confusos e estranhos, Harry deixou esse de lado enquanto se encaminhava até Louis.

it's just a dream || l.s. mpreg!louisOnde histórias criam vida. Descubra agora