7. Câmara Secreta - Pt 1

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S/N Gray

Minhas roupas estavam levemente amassadas e meus cabelos desgrenhados do que acabara de acontecer. Agora, eu estava sentada na sala comunal, tentando me ajeitar.

Eu não estava arrependida de ter beijado Lucius. Senti vontade, ele também e acabou aí. Não é como se fossemos nos apaixonar um pelo outro depois disso, longe de mim!

Talvez o meu tesão tenha falado mais alto que meu cérebro hoje, mas não foi nada tão grave, certo? Nunca mais se repetirá.

Além de que, ficar com ele faz parte de um bem maior: Eu precisava saber mais sobre Tom Riddle. E fazer isso era a única forma de conseguir mais informações.

Então não, eu definitivamente não estava arrependida.

Sobre Narcissa? Eu esperava não ver a cara dela tão cedo. Não sei se iria conseguir me controlar em uma segunda discussão. Eu realmente quero resolver as coisas com ela, mas nesse momento eu sei que iria dar merda.

Eu estava com muita raiva. E pensando com mais clareza, talvez 80% da vontade de beijar Lucius tenha aparecido pelo desejo de me vingar dela, e a magoar assim como ela tinha feito comigo.

E me conhecendo... sou muito impulsiva, ainda mais com raiva. Mas que se foda, ela merecia! E eu tinha conseguido as respostas que precisava, então, qual era o mal nisso?

Sobre as informações que eu tinha conseguido: ok, não eram muitas! Mas foi o suficiente para clarear minhas ideias. Eu tinha um palpite do que Tom estava procurando, mas não podia ser isso que eu estava pensando. Até porque ele é um mestiço, e de qualquer forma, tudo não passava de uma lenda.

Eu precisava me acalmar e pensar em algum plano para que nada desse errado, mas eu simplesmente não conseguia. Eu apenas sentia que precisava ir vasculhar aquele banheiro hoje.

É estranho, eu sei. Estou parecendo uma maluca obcecada, mas juro que não tenho o controle sobre isso.

Desde que botei meus olhos em Tom pela primeira vez, fiquei completamente intrigada. E por incrível que pareça, eu nunca o tinha notado até o dia em que o professor Slughorn nos chamou para falar do reforço.

Mas depois desse dia, algo parecia levar meus pensamentos a ele. Eu apenas sinto que devo descobrir o que ele anda fazendo. Será que eu estou ficando louca?

Esta noite eu iria procurar por pistas, iria atrás do banheiro do segundo andar. Não importa como, mas eu daria um jeito. Que Merlin me ajude!

O sino tocou me tirando de meus pensamentos. A janta havia acabado de ser posta, e alguns alunos da Sonserina já passavam as pressas pela porta da sala. Me levantei e juntei-me a eles, seguindo para o grande salão.

O caminho até lá foi rápido, já que mais uma vez eu estava com os pensamentos a milhão, distraída da realidade.

No corredor, antes de eu conseguir atravessar a porta, escutei meu nome sendo chamado.

– S/N! - Me virei e pude ver Sirius.

Parei perto da porta do grande salão e o esperei chegar até mim. Ele andava a passos rápidos e pesados, com cara de poucos amigos. Era só o que me faltava.

– O que você quer? - Perguntei.
– Você quer me explicar que porra é essa no seu pescoço? - Eu arregalei os olhos.

Aconteceram tantas coisas nas últimas horas que eu havia me esquecido das marcas que tinham no meu pescoço. Que inferno!

– Não sei do que você está falando. - Tentei me virar para voltar a andar, mas o garoto puxou meu braço.
– Gray, me conta agora! Quem foi o filho da puta que fez isso com você?

Ambitious - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora