14. Quadribol - Parte 2

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S/N Gray

Tudo já estava pronto para o jogo. A sala comunal exageradamente enfeitada e os alunos com suas bandeiras, binóculos e camisas do time. Agora, eu e as garotas estávamos pintando o rosto das pessoas com as cores da Sonserina.

– Saia daí, é a minha vez. - Lucius ordenou para o primeiranista que estava sentado, ganhando um olhar desesperado do menino.
– Doce como um limão. - Eu ri, enquanto ele se acomodava com sua cara esnobe de sempre.
– Só ande com isso, quero pegar o melhor lugar na arquibancada. Quero garantir que verei o rosto desesperado de cada grifinório quando ganharmos hoje.
– Seu pedido é uma ordem, meu bem. - Segurei o riso quando ele fechou os olhos e comecei a desenhar um coração verde e preto em sua bochecha. Ele iria me matar quando visse.
– Ansiosa para ver seu ex jogar, Gray? - Ele provocou.
– Ansioso para sentir minha mão na sua cara, Malfoy? - Respondi na mesma intensidade. Ele abriu os olhos e fez uma cara convencida.
– Na verdade, eu prefiro sentir a sua boca de novo. Mas se a mão vai te deixar feliz... - Eu arregalei os olhos e olhei rapidamente ao redor. Malfoy era péssimo com segredos.
– Já acabei. Agora cala a boca e vaza daqui, anda. - Falei desesperada, o empurrando da poltrona enquanto ele ria da minha cara.

Voltei ao lugar balançando a cabeça em negação, agradecendo por ninguém ter escutado. Esse garoto ainda vai acabar falando demais.

O ponteiro do relógio da sala comunal se moveu, fazendo o sino ecoar e nos alertar de que já poderíamos ir até o campo de quadribol. Quando vi a multidão se aglomerar em direção a saída, corri para o meu dormitório. Com certeza iriam me procurar, mas eu não podia ser achada antes de pegar o mapa.

Eu repassava o plano em minha cabeça enquanto limpava meu rosto em frente ao espelho do quarto. Narcissa havia insistido em fazer duas listras em minhas bochechas, e eu precisava tirar aquilo para conseguir passar pelo quadro da mulher gorda. Se ela visse as cores em meu rosto, me botava pra fora na mesma hora.

Ok, o plano era simples e rápido: entrar na sala, vasculhar o quarto de Sirius, pegar o mapa e vazar. Sem erro!

Sai do quarto e vi que alguns alunos atrasados corriam para não perder o início da partida. Esperei que eles saíssem e fui até a porta, irritada por ter que fazer isso.

Graças a Merlin minhas pendências com Tom acabariam hoje, e ele nunca mais viria me cobrar coisa alguma. O pior de tudo era saber que ele já havia planejado isso tudo, e eu caí feito um patinho quando disse que faria o que ele quisesse se não me desse detenção. Manipulador maldito.

Abri a porta para sair da sala comunal, mas antes disso, dei uma última olhada nela quando notei uma movimentação atrás de mim. Riddle tinha acabado de chegar, com sua feição presunçosa habitual.

O encarei feio e revirei os olhos, batendo a porta atrás de mim com raiva. Eu só queria acabar logo com aquilo.

Xxx

Quando cheguei no 7 andar do castelo, eu já não tinha fôlego algum. Além de ter que subir essas escadas intermináveis, elas ainda insistiam em se mover quando eu estava quase chegando.

Com essa demora toda, pelo menos, agora eu tinha certeza de que não encontraria ninguém na sala comunal da Grifinória.

Antes de entrar no corredor, tirei meu cachecol e touca da Sonserina e os joguei num canto. Depois segui em direção do quadro que cantava desafinadamente. Tossi levemente para chamar sua atenção, que deu um pulo de susto.

– Leão dourado. - Falei nervosa, enquanto ela me olhava com atenção.
– Não deveria estar no jogo torcendo pela nossa casa, senhorita?
– Com certeza! Mas esqueci meu binóculo! - Respondi rápido - Pode abrir para eu pegar, por favor?
– Oh, claro!

Ambitious - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora