Gwangju, South Korea
Dias atuais
??:??"Sinto alguém chacoalhar meu corpo enquanto chama pelo meu nome. A sonolência torna quase incapaz que minhas pálpebras pesadas se mantenham abertas.
Me sento com certa dificuldade, esfregando os olhos na tentativa de eliminar qualquer vestígio de sono que ainda me resta.— Querida, está tudo bem? - Com o cenho franzido minha mãe examina todo o meu corpo, à procura de algum machucado.
— Ai meu Deus, mãe? - Pulo sobre ela envolvendo-a em um abraço. Seu perfume adocicado invade minhas narinas quando enterro meu rosto na curvatura de seu pescoço. As lágrimas que fluem incansavelmente dos meus olhos umedecem sua camisa, enquanto ela afaga meus cabelos de maneira delicada. — Onde está o papai? Eu pensei que... Onde é que vocês estavam? Você precisa me explicar o que está acontecendo, eu fiquei tão preocupada. - Me afasto o suficiente para conseguir lhe encarar.
— Primeiramente se acalme 'tá bem? Não estou conseguindo te entender, como assim "o que está acontecendo"?
— Como você não está conseguindo me entender mãe? Não é óbvio? - Questiono exasperada, porém ela permanece me encarando com seu semblante atônito.
Continuo a falar quando vejo que a mesma não tem a intenção de responder à minha pergunta: — Porque a casa está desse jeito, toda revirada? O que aconteceu comigo e por qual razão eu acordei naquele lugar que eu sequer sabia da existência? - Estava ofegante, me atropelando vez ou outra com as palavras.— Meu bem, não têm nada de errado. Talvez eu realmente tenha esquecido de fazer a faxina, mas não é para tanto.
Fico boquiaberta, ela só pode estar de brincadeira.
— Você acha que isso é o resultado de uma mera faxina que foi adiada? - Olho ao meu redor, porém diferente do pandemônio de horas atrás, as coisas encontram-se todas em seus devidos lugares novamente. Como se nada nunca tivesse acontecido. — Mas que... Puta merda.
— _______! Olha esse palavriado mocinha. - Ela continuava ajoelhada à minha frente, me encarando como se eu fosse uma desequilibrada que acabou de fugir de algum hospital psiquiátrico.
— Eu sei que parece loucura, mas eu juro que... - Sou interrompida.
— Tá tudo bem querida, eu sei que é difícil e que talvez você ache que nunca vai se acostumar. Mas eu prometo que as coisas vão melhorar com o tempo, precisamos ter apenas um pouco de paciência, huh? - Levou sua mãe até meu rosto e com o polegar enxugou os vestígios de lágrimas.
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𝐃𝐞𝐬𝐨𝐫𝐝𝐞𝐦 𝐣𝐣𝐤-𝐤𝐭𝐡
FanfictionO ano é 2023, já se passaram três anos desde que um vírus semelhante a raiva conseguiu exterminar mais da metade da raça humana, transformando aqueles que foram infectados em mortos-vivos, ou como são mais conhecidos: "andarilhos". Ao acordar de um...