Saga: O Alvorecer III

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Gwangju, South Korea 13

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Gwangju, South Korea
13.10.2023
03:49 AM

Acordo sem ter a menor noção de espaço e tempo, e ao abrir os olhos pontos escuros pinicaram-me a visão.
Meu pescoço estava dolorido quando o forcei a levantar minha cabeça, já que eu estava sentada. Lapsos de memória me atingem de uma vez, recordando-me dos acontecimentos de outrora.
Minhas articulações estavam tensas e pesadas como se eu tivesse usado mais do meu corpo do que ele estava acostumado. Até mesmo parecia que eu estava sobre o efeito de medicamentos fortes, ou drogas.

Porque você trouxe ela para cá? - A voz era como um sopro suave, quase indecifrável.

Ainda meio zonza, meu cérebro demora para assimilar o que está acontecendo, e meus sentidos parecem estar igualmente lentos.

Ela parecia estar sozinha, eu não podia deixar ela lá pra morrer.

Me permito observar o lugar atentamente, se assemelhava à uma sala de aula.
Haviam três portas; um amontoado de cadeiras bloqueava o acesso à duas delas. A única fonte de iluminação do lugar era uma pequena lâmpada que estava pendendo bem no meio da sala, dando um ar fúnebre e sepulcral para o cômodo.
Tudo aparentava ser velho, parecia não ser visitado a décadas. As tinturas das paredes estavam todas desbotadas e teias de aranhas enfeitavam as vigas. O forte odor de mofo e poeira irrita meu nariz de imediato. Maldita rinite.

Você precisa tirá-la daqui antes do amanhecer, me escutou bem? - A figura esbelta era ameaçadora, com os braços cruzados de maneira prepotente na altura do tórax.

Relaxa um pouco cara, convenhamos que ela não parece ser alguém que ofereça riscos.

Ele riu seco, não havia nenhum traço de humor no seu tom de voz ao constatar:

— Mas continua sendo uma desconhecida, não podemos confiar nela.

— E não iremos, tudo bem? - Tentava de maneira sútil convencer o outro que, por sua vez, mantinha-se inflexível. — Vamos apenas esperar que ela acorde, e aí depois cada um segue seu caminho.

— Você vai se arrepender de estar fazendo isso. - Foi direto, não havia uma sombra de dúvida na sua voz. — Não está colocando somente a si em perigo, mas a todos nós. Espero que tenha total ciência disso. - Continuava impassível.

A ardência em meus pulsos aumenta de maneira gradativa, conforme vou tentando liberta-los do aperto. Minha mãos estavam amarradas atrás das minhas costas, impossibilitando qualquer tentativa de sair dali.

Ham, pessoal? Acho que ela acordou. - A mulher que estava encostada de maneira despreocupada na parede disse, chamando a atenção dos dois.

𝐃𝐞𝐬𝐨𝐫𝐝𝐞𝐦 𝐣𝐣𝐤-𝐤𝐭𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora