Queda E Mais Desavenças

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Quinto Capítulo

Edmundo passou alguns breve minutos ao lado de Theodosia, pensando em algo que pudesse falar, mas sempre que tentava as palavras lhe faltavam.
O jovem tinha receio de acabar falando algo que piorasse o mau humor da loira com ele.
Após um tempo ao lado dela, Theodosia foi quem tomou a primeira palavra entre os dois após a breve discussão.

- Não deveria estar lá na frente com seu irmão? - perguntou a mesma sem tirar os olhos de Pedro, que estava discutindo novamente com Trumpkin sobre o caminho. - Quer dizer, você parece entender bastante de espaço geográfico, não? E tenho em mente que seu querido irmão está precisando do seu conhecimento agora, já que ele não quer me escutar. - a loira finalmente olhou para Edmundo. - Mas quem o julga, não é mesmo? Não tenho capacidade para decorar um mapa.

- Beau... - chamou o garoto na expectativa de pedir desculpas, mas antes que pudesse a loira apertou o passo, o deixando para trás.

Edmundo soltou um suspiro tentando tirar o peso que sentia em seu peito, mas de nada aquilo adiantou.
O garoto apenas continuou caminhando tentando evitar pensar na jovem rainha de cabelos loiros.

Logo chegaram a um penhasco, e os três mais velhos se aproximaram para olhar lá embaixo.

- Viu só? Com o tempo a água errode o solo da terra, escavando cada vez mais... - começou Susana como o mesmo ar de sabe-tudo que fazia questão de mostrar quando não queriam ouvi-la, e no final das contas estava certa.

- Ao menos você achou o rio, Pedro. Só acho que não era exatamente esse que queríamos, não? - perguntou Theodosia com um pequeno sorriso de "eu avisei" e o mais velho revirou os olhos.

- Ah, parem de falar. - disse o loiro impaciente com as duas garotas no pé do seu ouvido.

- Tem como descer? - perguntou Edmundo para o anão.

- Tem. Caindo.

- Sempre tem como descer, querido. - começou Theodosia virando-se para os dois. Mas apesar de usar tal adjetivo para se referir a Edmundo, ele e o anão puderam sentir a ironia da palavra saindo da boca da garota. - O problema é continuar vivo após a queda.

- Não estávamos perdidos. - disse Pedro como se no final das contas não estivesse errado, ou tentando esconder que errou.

- Só pegamos o caminho errado. - respondeu Theodosia revirando os olhos.

Após a nova indicação de Trumpkin a que caminho deveriam seguir, logo as crianças estavam indo atrás dele, mas Lu não pareceu ouvir a conversa ao notar algo que encheu seu peito de alegria em um dos rochedos do outro lado.

- É o Aslam! Aslam está ali! - gritou a menor, atraindo a atenção de todos para onde ela estava olhando anteriormente, mas nada viram além das rochas e árvores que ficavam do outro lado. - Não estão vendo? Ele não está bem... - o entusiasmo da garota logo se foi, quando voltou a olhar para onde vira o Leão anteriormente e não tinha mais ninguém no local. -... Ali.

- Tem certeza, Lu? - perguntou Theodosia gentilmente.

- Não sou louca, Ele estava ali. Queria que o seguissimos. - respondeu a garota levemente na defensiva.

- Eu não disse que estava, querida. - agora a palavra saiu de forma doce de Theodosia.

- Eu sei que existem vários leões nesse bosque. Como aquele urso. - disse Pedro em um tom calmo tentando consolar a irmã.

- Reconheço Aslam quando vejo ele. - rebateu a mais nova.

- Olhem, não estou a fim de pular de um penhasco para seguir alguém que não existe. - comentou Trumpkin.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: Príncipe Caspian Onde histórias criam vida. Descubra agora