O Começo De Uma Guerra

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Oitavo Capítulo

Após um centauro alertar ao príncipe, reis e rainhas o que havia visto, não demorou para que todos se reunissem próximo a Mesa de Pedra, em volta do Grande Rei.

Lúcia estava sentada na Pedra, Susana estava em pé ao lado de Caspian, todos os três próximos a Pedro. Já Edmundo estava sentado próximo a um dos destroços, e Theodosia ao seu lado, em pé, escutando com atenção o que Pedro tinha em mente.

— A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. — afirmou o mais velho dos Reis.

— É loucura! Ninguém jamais tomou o castelo. — advertiu Caspian.

— Sempre tem uma primeira vez.

— Não acha que o mais sensato seria ouvir o príncipe? — perguntou Theodosia, e a atenção dos dois rapazes e dos demais se direcionou a jovem. — Ele vivia lá, conhece o lugar melhor do que todos aqui, deve saber os pontos fortes e fracos. Se planejarmos bem, tomaremos o palácio antes que se deem conta.

— Teríamos o elemento surpresa, Vossa Graça. Ainda podemos tomar o castelo assim. — Trumpkin pronunciou-se a favor de Pedro.

— Se nos prepararmos, podemos contê-los para sempre. — comentou Susana se posicionando a favor de Caspian e Theodosia.

— Agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza, é uma tumba. — continuou Pedro sem ao menos pensar na possibilidade de mudar de opinião.

— É. Se os Telmarinos forem inteligentes, só vão esperar a gente morrer de fome. — finalmente Edmundo pronunciou-se, mas tal fala não ajudou em nada, e fez Theodosia lhe dar uma cotovelada de leve.

— E se nós fossemos inteligentes, planejariamos antes. — afirmou a loira, advertindo o namorado com o olhar, e logo voltou sua atenção para o mais velho. — Não te peço dias, Pedro. Sabe que posso planejar uma estratégia em poucas horas, só preciso das informações certas. E acho que Caspian poderia fornece-las.

Em meio a discussão de Pedro, Theodosia, Susana, Caspian e Edmundo, as vezes surgia as opiniões dos demais narnianos, mas que no final, de nada adiantava. Estavam divididos. Alguns concordavam com as rainhas e príncipe, outros optavam pelos dois reis.

Passou alguns segundos com todos observando atentamente Pedro, esperando seu veredito, até que o garoto se direcionou ao chefe dos centauros:

— Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com o guardas? — alguns nanossegundos de silêncio reinaram no local, esperando a resposta do narniano.

— Ou morrer tentando, Soberano. — foi a única resposta que veio da criatura.

— Pedro, não pergunte tal coisa. — censurou Theodosia. — Sabe que todos aqui estão dispostos a morrer por suas ordens, independentemente de ganharmos ou não a batalha.

— E é isso que me preocupa. — posicionou-se Lúcia, finalmente, atraindo a atenção dos mais velhos. — Estão agindo como se só houvesse duas opções. Morrer aqui, ou morrer lá.

— Acho que não ouviu direito, Lu. — começou o mais velho dos Pevensie, mas logo Lúcia o interferiu.

— Não. É você que não ouve! Ou você já esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro.

— Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. — rebateu o mais velho no intuito de encerrar aquela conversa ali.

— Ele não pode aparecer, só porquê é o que, quer. Ele sabe o que faz. — disse Theodosia observando brevemente a escultura do Leão.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: Príncipe Caspian Onde histórias criam vida. Descubra agora