Caro Amiguinho

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Terceiro Capítulo

Já com as vestes narnianas, e seus respectivos presentes, os cinco caminhavam próximos ao rio, o sol já não estava tão quente, agora era algo mais agradável.

— Você estuda em uma escola com garotos? — perguntou a mais nova para Theodosia ao escutar que a loira havia acabado de sair da escola com seu amigo um pouco antes de voltar para Nárnia.

— Bem, acho que o vovô não se importa que eu estude com garotos, e sinceramente, nem eu.

— Seria legal se seu amigo tivesse vindo, não?

— Seria. Ele iria adorar isso aqui. — respondeu Theo com um pequeno sorriso.

— Do que estão falando? — perguntou Pedro um pouco a frente das duas, se virando para as mesmas.

— Do amigo da Theo. É Adryan, não é? — perguntou Lúcia olhando a garota e a viu afirmar com a cabeça antes de voltar sua atenção para o irmão. — Eles estavam juntos quando Nárnia a trouxe de volta. — respondeu Lúcia sorrindo. 

Edmundo que estava ao lado de Pedro, não se virou para as duas, mas entortou o nariz ao ouvir Lúcia falar do garoto.

— Uma pena ele não ter vindo, não é mesmo? — perguntou o moreno de uma forma irônica.

— Pois é, gostaria de conhecê-lo. — Pedro olhou brevemente para o irmão, e viu o mesmo revirando os olhos, o que fez o mais velho sorrir pela expressão do irmão.

— Ei. Fiquem em silêncio! — ordenou Susana, fazendo todos olharem para ela. — Estou ouvindo algo.

Todos se encontravam com os ouvidos em alerta quando escutaram algo vindo da outra ponta do rio.

Susana e Theodosia estavam com seus arcos em mãos, a postos para usá-los quando viu dois soldados em um barquinho prestes a jogar um anão amarrado no lago.

— Larguem ele! — ordenou Susana. E assim fizeram. Largaram o pobre anão no lago. Um dos soldados tentou usar uma besta contra a garota, porém a mesma foi mais rápida com seu arco, e acertou o mesmo, fazendo ele cair na água, enquanto Theodosia acertou o outro no ombro, que acabou se jogando na água junto.

Pedro mergulhou para socorrer o anão, enquanto Edmundo foi atrás do barco que haviam deixado para trás. Poderia ser útil a eles.

As três garotas correram até Pedro e o anão para ver se estavam bem.
Lúcia cortou as amarras do mesmo e o viu com uma expressão nada agradecida.

— "Larguem ele."? — resmungou o anão assim que tirou a mordaça da boca. — Foi o melhor que pôde pensar em dizer?

— Preferia "podem mata-lo"? — perguntou Theodosia franzindo o cenho pro mesmo, enquanto posicionava seu arco em seu ombro.

— Foi quase isso que ela disse. — retrucou o anão, que se chamava Trumpkin. — Estavam me afogando muito bem sem a ajuda da sua amiga.

— Está vivo, não está? Não seja mal agradecido!

— Devíamos ter deixado. — rebateu Pedro fazendo com que o anão se calasse.

— Por que eles queriam matar você? — perguntou Lúcia com o mesmo tom calmo de sempre.

— São telmarinos. É o que eles fazem. — respondeu o anão menos enfurecido.

— Telmarinos? Em Nárnia?

— Onde estiveram nos últimos cem anos?

— Isso é uma história meio longa. — respondeu Lu.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: Príncipe Caspian Onde histórias criam vida. Descubra agora