Águas Pacíficas

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Décimo Segundo Capítulo

Talvez Theodosia devesse ter dormindo quando voltaram do castelo telmarino, pois agora, em meio a tanto caos, corpo da garota estava mais cansado do que ela poderia imaginar.
A questão é que, dormir deixou de ser uma opção após pensar que poderia sonhar com os mortos da invasão.

Ok. Nem todos os mortos. Após tantos anos em batalha, a loira deixou de se importar com as vidas que tirava com sua espada e flechas.
Mas Theodosia tinha um dever como antiga rainha de Nárnia, proteger os seus, e foi isso que ela não fez. Pelo menos era assim que ela pensava. Todos ali dentro eram soldados que dariam a vida pelos seus reis e rainhas, e assim fizeram.
E por mais que já tenha visto a morte tão próxima em batalhas, o que lhe doía era saber que não tinha como salvar todos os soldados de seu exército.

O que lhe mantinha de pé, era o desejo de honrar todos que não conseguiram sobreviver a invasão.

A garota havia deslizado sua espada pelo abdômen de um soldado inimigo, antes que notasse o corpo do homem caindo em terra, a loira arfou de dor, sentindo seu braço esquerdo queimar, e viu rapidamente uma flecha parar no chão, pouco a frente dela.

Quando se virou para ver de onde veio, a loira pôde ver um soldado telmarino em cima de uma rocha com um arco, ele não lhe parecia muito habilidoso com a arma, pela sua expressão ele havia errado o tiro, talvez tentasse acertar diretamente na cabeça da garota... Por mais que a pequena queimação estivesse próxima a invadir seus pensamentos, Theodosia notou onde estava o erro dele, e porquê errou o tiro. Ele segurava o arco de forma errada, fazendo o instrumento sambar em sua mão, e isso a faz se perguntar se ele era de fato um arqueiro ou só estava usando usando a arma por usar.
Provavelmente seria a segunda opção, já que, desde que voltou a Nárnia, não havia visto um telmarino com um arco em mãos. E apesar de uma besta e arco parecerem a mesma coisa, eram bem diferentes.

A garota viu de relance um telmarino vim em sua direção, e um a frente. Ignorando a dor em seu braço, Theodosia correu em direção ao que estava em sua vanguarda, jogando seu corpo contra o chão, deslizando ao lado direito do telmarino, e pegou com a mão esquerda uma flecha que estava no chão, a gravando nas costas do soldado pelo qual havia acabado de passar.

A garota se levantando rapidamente e fitou outro vinha em sua direção, tentando recuperar sua fôlego antes que tivesse que voltar a lutar.

Decidir que seus joelhos deveriam amortecedor seu corpo quando se jogou contra o chão havia sido uma péssima ideia. Agora ela sentia mais uma dor em seu corpo. Seu braço esquerdo já estava doendo um pouco mais agora por fazer movimentos bruscos.

Finalmente esvaziando seus pensamentos, ou o suficiente para evitar lembrar da dor, Theodosia deu chute certeiro no joelho direito do soldado, a loira o viu cair gritando de dor, e o golpeou no peito.

A cada momento, mais batalhões telmarinos eram mandado contra os narnianos, que mesmo lutando com todas suas forças, não conseguiam opter vantagem alguma.

Para a felicidade dos narnianos, e azar dos telmarinos, a vantagem que tanto precisaram aparecem.

As árvores que, de acordo com os habitantes do país, estavam adormecidas a tanto tempo, que nem sabiam se as histórias sobre elas dançarem antigamente eram reais.

Elas estavam literalmente vivas, diante de todos, derrubando cada telmarino que encontravam em sua frente.

Fendas eram abertas no chão, engolindo as catapultas inimigas.

Cada guerreiro ainda de pé sentia uma uma faísca de esperança em seu peito, agora que tinham com eles, uma das criaturas mais poderosas ao seu favor.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: Príncipe Caspian Onde histórias criam vida. Descubra agora