Conversas Com Gelo E Lírio

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Décimo Capítulo

O casal não conversou durante o voo de volta para as tumbas. Theodosia não estava querendo conversar aquele momento, e Edmundo sentia isso.
Por mais que ele quisesse pergunta o tinha dado na cabeça dela ao subir lá, o porquê de não ter saído quando Pedro ordenou, mesmo não sabendo que a ordem do mais velho veio depois que a loira já estava encurralada.

Assim que pousaram, Edmundo ajudou Theodosia a desmontar do grifo, e rapidamente notou o hematoma em volta do pescoço da garota.

— O que aconteceu com você? —perguntou o mesmo, levando sua mão direita a nuca da garota, que deixou seu rosto se apoiar ali, enquanto Edmundo examinava.

— Não foi nada grave,... Ai! — Edmundo havia acabado de tocar levemente sobre o machucado, mas aparentemente a leveza do garoto não deixou de fazer o local latejar.

— Desculpe, Beau... — pediu o garoto voltando seu olhar para o rosto da loira. — Isso não me parece que não foi grave.

— Eu tô viva, isso que importa.

— É, mas isso não significa que não devo me preocupar com você.

— Eu vou ficar bem, querido. Eu só... — talvez ela quisesse dizer preciso descansar, mas as palavras não saíram de sua boca ao olhar nos olhos de Edmundo.

A loira soltou um suspiro pesado, como se tivesse, finalmente, tirado uma pedra enorme de seu peito, e jogou seu corpo contra o do garoto em um abraço repentino, que o assustou a princípio, mas logo o jovem a envolveu em um abraço que pareceu ter ajudado mais Theodosia do que se é tivesse, de fato, descansado.

— Onde estavam? — o casal ouviu Pedro com uma preocupação enorme em sua voz, com o rosto vermelho. Os dois se separaram, observando os dois irmãos mais velhos se aproximarem. — Theodosia, onde você estava? — agora ele dirigia-se diretamente a garota que também tinha seu rosto vermelho, mas por segurar o choro, e irritações em sua pele após alguns arranhões. — E-eu te procurei, onde você foi? Era para ter ficado com Susana. — a loira o olhava um tanto confusa, tentando assimilar exatamente tudo aquilo que ele estava dizendo e porquê parecia que ele estava brigando com ela, mas sua cabeça ainda estava uma confusão.

Assim que notou o olhar exausto da garota, o mais velho, soltou um suspiro pesado e puxou para um abraço forte.

— Eu fiquei preocupado! Fiquei com medo de ter te perdido. — a voz do loiro parecia está segurando o choro. Ele só não sabia se era pelo fato de ter falhado com rei, melhor amigo, na responsabilidade que tinha em cuidar dos mais novos, ou todas essas opções. Mas o que pesava mais era o fato dele e Theodosia terem discutido antes da invasão, o garoto entrava em um pânico interno só de imaginar perdê-la sem o que pudesse pedir desculpas, ou apenas se resolver com ela. — Não era para ter se afastado. Qual o problema de vocês dois para nunca me obedecerem? — perguntou o loiro aos dois mais novos a sua frente, parecendo está bravo, enquanto se afastava da mesma, e direcionou-se ao irmão para abraçá-lo também.

— Estamos bem, se é o que quer saber. — retrucou Edmundo um pouco antes de ver o irmão de afastar dele.

Susana que observava os três, notou rapidamente o arco da garota estava sem a corda, e com um pouco mais de atenção na amiga, logo vi uma marca vermelha no pescoço da loira.

— Não é bem o que parece com a Theo — respondeu a morena, atraindo a atenção dos dois garotos para a mesma. — O que aconteceu com seu pescoço?

— Ah! Isso. — disse Theodosia desviando o olhar para o chão. — Nada demais. Está tudo bem. Será que poderíamos entrar? — pediu a garota com a voz um tanto fraca. — Estou cansada, meu corpo está dolorido, e quero esquecer que essa noite aconteceu o mais rápido possível.

𝐓he 𝐅irst's 𝐆rand 𝐃aughter: Príncipe Caspian Onde histórias criam vida. Descubra agora