006. fighting loneliness

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     Hoje era o tão esperado dia para as debutantes de plantão, o famoso baile dos Bridgertons tinha chegado e para sua sorte, ou sorte de Mary, Margaret estava muito melhor da tontura que sentiu no dia anterior

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     Hoje era o tão esperado dia para as debutantes de plantão, o famoso baile dos Bridgertons tinha chegado e para sua sorte, ou sorte de Mary, Margaret estava muito melhor da tontura que sentiu no dia anterior.

O dia já tinha começado animado considerando o fato que Mary foi diretamente para o quarto da irmã a acordar. Meg apenas sentiu a cama afundar quando abriu os olhos e viu sua irmã praticamente saltar em cima da jovem.

──── É hoje Meg. Finalmente, chegou o dia! ──── Saltitava a loira em círculos e logo em seguida caindo ao lado da irmã mais velha.

Margaret se ajeitou na cama e virou de lado para ficar de frente para Mary. Ela observou a pura alegria nas feições da garota e começou a sorrir, desde que sua mãe morreu, todos da família Percy estavam apenas cumprindo seus deveres como pessoas da alta sociedade, então realmente ver um sorriso genuíno na irmã a deixou com o coração mais leve.

──── Nós temos que pedir para as empregadas passarem os vestidos e luvas e já deixarem prontos em nossos quartos para quando voltarmos do passeio com Daphne Bridgerton possamos ficar prontas rapidamente.  ──── O sorriso de Meg logo desapareceu, como assim dar um passeio com Daphne? Por que ninguém lhe contou nada?

──── Acho que eu não fui convidada Mar, se não ela teria enviado uma carta para mim, mas eu lhe ajudo a se arrumar para  o passeio. ──── Margaret respondeu se levantando e oferecendo a mão para irmã com um sorriso no rosto.

 Mary se sentiu incomodada por saber que se Meg realmente fosse, talvez a nova amiga acharia que ela estava se intrometendo. Então assim que a loira tinha terminado de arrumar seu chapéu, ela desceu as escadas para encontrar a irmã conversando com Arthur.

──── Você está linda, quer que lhe acompanhe? ──── Perguntou o irmão mais velho preocupado em acharem que as irmãs não tinham um chaperone.

──── Não precisa, Benedict Bridgerton se ofereceu para nos acompanhar.

Arthur apenas concordou com a cabeça e assim que Mary saiu, um dos empregados com cargo mais importante chamou o Duque para uma conversa, deixando a mulher sozinha com seus pensamentos.

──── Eu sinto muito Meg, mas uma das nossas terras está com problemas em relação a estrutura e eu necessito ir. 

Ela apenas concordou com a cabeça e sorriu, esse parecia seu motto nos últimos dias, sorrir e apenas concordar, no fundo ela sabia que seus irmãos tinham papéis mais importantes do que ela na sociedade e dessa forma ela decidiu que iria tentar fazer o que sabia, que era ajudar os outros.

A Percy foi em direção a cozinha e logo percebeu que as empregadas se sentiram mais inquietas com a presença da mesma ali.

──── Eu queria saber se posso ajudar de alguma forma, Senhora Forman. ──── Perguntou a cozinheira tentando fazer algo para passar o tempo até a hora do baile.

──── Não querida, você é praticamente a matriarca da casa, não precisa ajudar, vá se arrumar para o baile, senhorita.

Ela deu um abraço na Senhora Forman que ficou um pouco assustada mas logo correspondeu, não era algo comum uma Dama abraçar seus empregados, mas uma coisas que Margaret não se sentia era uma Lady.

Assim que ela se sentar no sofá para ler "As Viagens de Gulliver" escrito por Jonathan Swift com seu gato Miau, ela escutou o mordomo abrir a porta e anunciar a chegada do Senhor Bridgerton e o levou até onde Margaret estava sentada. Ele carregava um pequeno buquê de flores e logo se sentou no sofá a frente da mulher de cabelos castanhos claros.

──── Se eu soubesse que gostava de ler, com certeza teria trago algo diferente. ──── Respondeu fazendo menção as flores.

Ela deu uma risada e recebeu as flores, logo as colocado em um vaso na mesa que separava o Bridgerton da Percy. O homem percebeu a gratidão da mesma pelas flores quando viu o seu sorriso, ele nunca tinha realmente visto seu sorriso genuíno até aquele dia.

──── Posso saber o por que das flores, Senhor Bridgerton?

──── É a única forma de um homem visitar sua amiga sem levantar suspeitas de que estejam fazendo algo profano. ──── Anthony falou sorrindo e observando o livro que a mesma estava lendo e logo reparando o gato peludo e preto que estava aos pés da dona.

──── Ah, então quer dizer que sou sua amiga? Por isso decidiu que seria uma boa ideia dar um baile em minha homenagem? ──── Falou sorrindo e logo Anthony percebeu que ela estava sendo sarcástica.

──── Muito engraçado Senhorita Percy, mas já não está na hora de começar a se arrumar para o baile? ──── Falou olhando para o relógio que estava na parede decorada com pinturas dos três irmãos Percy e mais cinco pessoas que ele não conhecia. 

Margaret percebeu para onde ele estava olhando e logo uma dor afundou seu peito, ela se levantou e colocou Miau no colo indo em direção as pinturas. Haviam quatro diferentes, a primeira era toda a família antes das tragédias começarem, a segundo o pai e dos de seus três falecidos irmãos já não estavam na pintura, o terceiro estava apenas Jane e os filhos sobreviventes, já o último era recém pintado, era apenas Margaret, Mary e Arthur. Ao ver as pinturas uma pequena lágrima desceu pelo rosto delicado de Meg e ela virou a cabeça para o lado.

──── Está era a minha família, está na ordem em que fomos perdendo nossos familiares, a última somos nós, os tão aclamados sobreviventes. ──── Ela disse com um riso de escárnio.

 Anthony olhou para mesma e percebeu como ela e seus irmãos sofreram, logo se lembrou de Edmund e como, de alguma forma, os dois tinham algo em comum além de seu humor irônico.

──── Eu sinto muito. ──── Respondeu olhando para jovem, e foi nesse minuto que percebeu que os olhos cor de mel da garota eram mais verdes do que ele esperava, com apenas algumas pinceladas de castanho, nunca em sua vida tinha visto olhos assim, ou se viu nenhum chamou tanto a sua atenção.

Margaret sorriu como uma forma de agradecimento e disse que iria para o quarto se arrumar para o baile, fazendo com que Anthony voltasse para Aubrey Hall. Assim que chegou no quarto desabou a chorar, sabia que fingir ser forte o tempo o todo só iria prejudicar e de alguma forma descobriu que Anthony conseguia lhe passar conforto. Ouviu a porta principal se abrir e enxugou as lágrimas, logo em seguida Mary entrou no quarto da irmã e a viu ajeitando seus acessórios.

──── Então quer dizer que a senhorita iria se arrumar sem mim? ──── Falou Mary sorrindo.

Pelo visto o passeio tinha sido agradável e Meg apenas negou com a cabeça trazendo a roupa da irmã para o lado da sua. As duas se entreolharam e sorriram, Mary genuinamente, já Meg nem tanto. Em poucas horas começava o tão esperado baile.

BELIEVER, bridgertonsOnde histórias criam vida. Descubra agora