002. what the future holds?

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     Após o enterro, Margaret se sentou com os irmãos na mesa de sua fazenda

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     Após o enterro, Margaret se sentou com os irmãos na mesa de sua fazenda. Ela sabia que tinha que honrar a promessa que fez a sua mãe, mesmo que isso quebrasse a promessa que fez com si mesmo cinco anos atrás, quando seu pai tinha falecido de pneumonia, que ela iria sempre colocar sua própria família acima de tudo. Arthur foi o primeiro a quebrar o silêncio terrível.

──── O que a mamãe lhe falou antes de morrer, Meg? 

A garota mais velha estava pensando exatamente no que tinha prometido a mãe, quando contou tudo para seus irmãos. Arthur, que agora era Duque de Northumberland estava contente em saber que suas irmãs iriam se mudar para Londres, mas Mary decidiu discordar.

──── Nós crescemos aqui Margaret, um baile ou um marido que não nos ame de verdade não vale a pena para vendermos a fazenda.

──── Você está certa Mary, mas o que a mamãe disse era verdade, este lugar não nos trás nada além de tristeza e sei que no fundo você sente a mesma coisa minha querida. ──── Meg deu um leve aperto na mão de sua irmã mais nova por baixo da mesa enquanto dizia. ──── Mas eu não posso simplesmente jogar uma promessa fora por você não se sentir confortável, além do mais, talvez realmente esteja na hora de cada um viver a vida da forma que sempre deveria ter sido.

Os três continuaram na mesa por um tempo, pensando no que iriam fazer agora, se mudar para Londres era o principal de seus objetivos mas sabia que não seria tão fácil quanto sua mãe tinha dito. Arthur recebeu o ducado e as terras deixada por Jane e Edward e sabia que ele nunca as iria deixar passar fome, mas ao mesmo tempo sabia que viver sob o mesmo teto de um recém duque, homem e libertino do jeito que era, seria praticamente invasão de privacidade.

Meg decidiu que iria falar com os vizinhos para saber quem possivelmente poderia estar em interessado em comprar a fazenda Lante, ela foi de porta em porta, até que descobriu que seu vizinho Richard estava com vontade de comprar o lugar, o único problema era que ele não tinha todo o dinheiro  que os Percy estavam pedindo e decidiu explicar tudo para Arthur.

──── Não se preocupe Margaret, você e Mary podem ficar na Auguste Manor o tempo que precisar, além das outras terras, papai deixou três propriedades em meu nome, mas como escrito na carta, a Auguste é para você, querida.

──── Então faremos o seguinte, se concordar é claro, eu e Mary vamos morar na Auguste com você até nosso vizinho comprar a Lante, dessa forma sobrará dinheiro o suficiente para pelo menos um dote para nós duas e com isso eu deixo a Auguste Manor para Mary quando ela se casar, até lá nós teríamos que depender do seu dinheiro enquanto não vendermos a fazenda.

Arthur suspirou pesado, para ele não tinha nenhum problema cuidar das irmãs financeiramente, este virou o seu papel assim que os pais faleceram, o único problema era que Margaret se preocupava mais com Mary do que si, e digamos bem, Mary cresceu mimada demais para compreender os favores que a irmã estava fazendo.

──── Papai deixou a Auguste para você, Meg. Mary pode morar comigo ou na propriedade Blyss. Você já está na idade de ir para bailes, receber cortejos e casar. Não se preocupe tanto com os outros, pois Mary fará o mesmo.

Margaret não sentia que aquilo estava certo, mas de alguma forma seu irmãos estava falando a verdade, já é hora da garota correr atrás de seu próprio destino, seja lá qual este for. Ela decidiu ceder apenas desta vez e concordou com a cabeça.

 Ela decidiu ceder apenas desta vez e concordou com a cabeça

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──── Londres, 1812

     Antes das quatro da tarde, os Percy estavam de mudança. Foram necessárias três carruagens para levar todos os seus pertences, e como combinado Mary iria ficar na pequena mas confortável Blyss com os tios Charles e Kate enquanto Arthur e Margaret iriam morar na Auguste Manor, era apenas um pouco menor que a propriedade principal do Duque mas continuava sendo o lugar mais bonito que ela já tinha visto.

O jardim era de um verde misturado com jacintos e violetas bem preservadas, o pátio tinha uma pequena fonte com dois bancos brancos ao redor e a casa... Ah, a casa era a melhor parte, com paredes de cor amarelo tão claro que muitos poderiam jurar que branco, pilastras brancas e uma grande escadaria que levava até o salão. O salão tinha uma tapetaria vermelha cobrindo todo o chão e móveis antigos de madeira, datados de 1630, com cadeiras aconchegantes de um papel de parede clássico bege e dourado e para melhorar, um piano Fritz Dobbert.

As janelas do salão davam para o lindo lago privativo dos vizinhos, já subindo as escadas, a janela do dormitório principal mostrava o lindo jardim que ficava em frente a casa. Seu quarto atual era praticamente o dobro do seu antigo, uma cama grande o suficiente para três pessoas coberta com um lindo cobertor de seda com fios egípcios e travesseiros o suficiente para uma guerra com os mesmos e uma linda penteadeira contendo uma carta.

"Espero que dê tudo certo na sua estadia em Londres, querida irmã e que possa encontrar alguém que lhe ame de verdade.

Com Amor, Arthur."

Ao conhecer os outros lugares da casa ela se encantou mais ainda, os quartos dos visitantes era lindo, assim como a sua vasta biblioteca cheia de livros de todos os tipos de gênero, além de uma escrivaninha para sempre se comunicar com os irmãos. Mesmo sabendo que agora tinha empregadas, Margaret ainda decidiu olhar a cozinha e os aposentos das mesmas, para ter certeza de que tudo estava confortável o suficiente.

A jovem estava tão animada, ela ainda não acreditava que a Auguste Manor pertencia a ela, então como uma forma de ter certeza, ela decidiu olhar pelo lado de fora, para ter a certeza de que quando todos passassem pela Manor, eles a vissem do jeito que a jovem a vê, mas ao andar de costas para a rua não percebeu quando esbarrou em alguém que passava na calçada atrás de si.

──── Eu sinto muito, milorde...

Foi tudo que ela conseguiu responder assim que viu o homem com um pouco mais do que 1,80 de altura, com lindos cabelos castanhos escuros e olhos da mesma cor e ficou praticamente sem ar, mas nunca deixaria que qualquer homem tivesse a satisfação de lhe deixar assim.

──── Eu que peço perdão, Senhorita...?

Ela se recuperou rapidamente do sentimento estranho que subiu pelo seu estômago e deu o melhor sorriso que poderia.

──── Percy. Margaret Percy.

Ele fez a reverencia tradicional e pegou sua mão pela luva logo levando aos lábios, um calafrio subiu pela coluna de Meg e ela sabia que deveria se afastar do mesmo a todo custo, ela não poderia se deixar levar por um homem majestoso que lhe tirava o ar... na verdade, por qualquer homem, mas principalmente aquele, Não antes de arranjar um par para a sua irmã Mary.

──── Foi um prazer lhe conhecer Senhorita Percy, espero que nos encontremos novamente.

E assim ele se despediu mas não sem antes dar uma última olhada para a morena e tirar seu chapéu de uma forma cortês. Foi naquele momento em que Margaret se sentiu perdida.

BELIEVER, bridgertonsOnde histórias criam vida. Descubra agora