Capítulo 6 - Ego

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Um barulho de madeira rangendo soou quando as costas de Manon atingiram a porta.

Dorian mal conseguia raciocinar o quanto ele estava sentindo falta daquilo, de ter uma mulher para si por uma noite. De entrelaçar suas mãos em uma cintura e tomar sua boca, escutar os gemidos abafados que saíam da garganta toda vez que ele mergulhava sua língua, acariciando da forma menos carinhosa possível, pois ele sabia que a bruxa não queria carinho, tampouco ele o faria.

O quarto estava mal iluminado por duas únicas velas, uma em cada lado da da cama, deixando tudo escuro, tirando a cabeceira com as almofadas. Então por mais que estivesse de olhos fechados enquanto a beijava, ele sabia que ela não conseguiria ver o sorriso que ele plantava no próprio rosto.

O interior da boca de Manon guardava resquícios do açúcar da rosquinha, compartilhando com ele um gosto doce e açucarado de mel, se misturando nas duas bocas enquanto seus lábios cobriam os dela, mordendo e torturando, tirando gemidos de dentro da rainha.

Com um movimento rápido, Manon o empurrou até que se deitasse no conforto da cama, e colocando as pernas uma de cada lado de seu corpo, começou uma trilha de carícias, descendo do pescoço do rei até chegar no peitoral coberto pela camisa.

Com as mãos trêmulas, ela abriu um por um os botões da camisa de Dorian, a satisfação se enchendo nele ao ver o efeito que crescia dentro dela. Cada botão era uma tortura, não acabavam; mais um, mais um e mais um. E quando acabou, ainda havia a maldita calça com o maldito cinto.

- Quer ajuda?

Ela revirou os olhos, mas suas mãos a traíam. E foi extremamente torturante e prazeroso olhar Dorian abrir seu cinto, propositalmente lento, com um sorriso malicioso surgindo nos lábios.

Os olhos de Manon brilhavam de ansiedade, a promessa aumentando entre os dois à medida que as calças do rei paravam no chão, assim como a blusa dela, retirada demoradamente por ele, até restarem apenas seus corpos e mais nenhuma peça de roupa, exceto as duas coroas brilhantes em meio ao escuro, uma dourada e uma prateada, reluzindo em suas cabeças.

Manon nem mesmo pensou em tirá-la, pois sabia que isso o fazia enlouquecer, o brilho sobre seus cabelos que intensificava seu lindo rosto. Então ela permaneceu com a coroa, e também não ousou tirar a de Dorian.

O rei inverteu suas posições, ficando por cima da rainha e tomando sua boca novamente, explorando cada canto e umidade em um único beijo.

Suas mãos passaram de meros membros para máquinas ágeis, explorando o corpo da bruxa, passando e tocando em cada lugar que ela talvez nunca tivesse sido tocada. E nos lugares sensíveis, ele sentia o prazer de ver a pele dela se arrepiar.

Direcionou suas mãos para o centro de suas pernas, e retirou sua boca da dela, para poder escutar o gemido que saiu da boca de Manon, alto e penetrante em seus ouvidos.

Dorian fez questão de deixar os olhos na bruxa enquanto tratou de explorá-la, um dedo capaz de soltar grunhidos de prazer, que aumentavam de volume a cada segundo que ele passava torturando e levando o belo rosto dela a se contorcer. Quando adicionou mais um dedo, os barulhos passaram a ser quase um choro, pedindo mais e mais a Dorian, e ele dava a ela, com agilidade e experiência, tudo que ela queria.

A cabeça de Dorian latejava com a ansiedade de senti-la em volta dele, de relembrar o que há meses não tinha, aquela sensação de que tudo estava certo ao acabar. Mas ele demoraria com Manon... até que ela estivesse pronta para ele.

- Você gosta disso?

Ela comprimiu os lábios. Ele sorriu, balançando a cabeça. Sempre tão orgulhosa. Então adicionou mais um dedo.

[✔] Manorian - Pós Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora