Capítulo 7 - Casamento

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O que está em negrito é o que é dito através de sinais. 

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Quatro meses depois...


- Ficamos felizes de finalmente tê-lo de volta, Sasuke. – seu CEO, Baki, lhe falava, jamais havia esperado tais palavras vindas daquele homem tão sério, na verdade, o que esperava ao retornar ao trabalho era ser demitido por estar tanto tempo fora, mas ao contrário disso foi muito bem recebido, com muita alegria e felicitações, Temari até havia chorado enquanto o abraçava.

- Obri-gado... senhor. – o homem mais velho sorriu.

- Baki. Todos me chamam assim, não tem porquê você ser diferente. – o menor assentiu. Nesses meses que haviam passado, após muita fisioterapia, havia conseguido voltar a andar normalmente e novamente estava em seu apartamento, com seus dois filhos, sua vida parecia finalmente estar voltando a seu eixo.


(...)


- Um... mo-mento! – pediu o moreno ao ouvir sua porta ser batida, já havia saído de seu trabalho e agora encontrava-se em casa, Menma, que tinha um resfriado, se recusava a tomar o remédio que Sakura, a pediatra/obstetra lhe havia receitado – Você... – sussurrou, sem acreditar na pessoa que via à sua frente, Sai tinha um sorriso que nada de bom pressagiava – O qu-e... faz... aqui? – o sorriso de Sai ampliou.

- Só vim lhe trazer isso. – estendeu ao menor uma pequena caixinha de vidro, Sasuke abaixou os olhos vendo que se tratava de um luxuoso convite de casamento, um nó se formou em sua garganta – Quero muito que vá, Sasuke.

- Eu n-ão... – mas antes que pudesse responder, seu pequeno Menma veio correndo ao ouvir a voz do noivo de seu pai.

- PAPI SAI! – gritou o menino, jogando-se nos braços do pálido, que com um sorriso, o pegou no colo.

- Como vai, campeão? – o menino fez bico.

- Papi Sasu quei (quer) Mema (Menma) toma emédio (remédio). – acusou o menino.

- E você obviamente não quer? – a criança negou com a cabeça – Façamos assim... se você tomar o remédio, eu... – sussurrou ao ouvido do menino, os olhinhos deste brilharam – De acordo?

- Acodo (acordo)! Papi, emédio (remédio), emédio (remédio)! – pediu dessa vez o menino, Sasuke estava paralisado, ainda assim assentiu, pegando o remédio e dando ao menino, que fez careta, mesmo o gosto não era ruim.

- Agora me deve uma Sasuke, tem que ir ao meu casamento. – sorriu de lado o pálido, o Uchiha apertou os punhos.

- N-ão deve-ria... subor-nar meu... filho. – Sai deu de ombros.

- Cada um usa as armas que tem, Uchiha. E eu tenho muito dinheiro. – sorriu, logo se abaixando à altura de Menma – Me prometa levar seu papi, sim Menma?

- Siiim, papi Sai! – o Uchiha apertou ainda mais os punhos.

- Adeus Sasuke, nos vemos lá. – Sasuke de verdade queria matar aquele pálido.


(...)


Dois meses depois...


Sasuke não acreditava que realmente estava ali, mas Menma havia sido muito insistente, e feito birra para ser levado ao casamento de seu pai. Havia deixado Ren com Itachi e agora estava no enorme jardim da mansão Uzumaki, com Kushina lhe olhando feio, enquanto alguns convidados sussurravam sobre si. Pôde ver Naruto aguardando no altar improvisado, vestido em um elegante terno negro, logo a marcha nupcial se fez presente e Sai também fez ato de aparição, andando até o loiro, que o tomou delicadamente da mão.


- Estamos aqui para formalizar a união de Naruto Uzumaki e Sai Shimura... – o moreno nada ouvia, sentia seus ouvidos zunirem, tudo o que podia ver era Naruto, e as mãos deste tomando com delicadeza as do que em breve seria seu novo esposo, nem percebeu quando já estavam nos votos.

- Eu, Naruto Uzumaki, te aceito Sai como meu esposo, e te prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de minha vida. – o loiro pronunciou, Sasuke sentia sua cabeça doer.

- Eu, Sai... – e já não ouviu nada, saiu correndo o mais longe que podia.

- Papi... não! Queio (quero) vei (ver). – Menma quase gritava enquanto era levado para longe por "sua mãe" – Papi? – percebeu que seu papi chorava, por isso já nada disse, apenas ficou quietinho, o observando.

- Veio ver o que perdeu? – se sobressaltou ao ouvir aquela voz feminina, e girando-se encontrou a ruiva, muito bonita e elegante em seu vestido verde – Finalmente meu filho está com alguém à sua altura. – o moreno nada disse e ela sorriu – Eu sempre soube que era igual à sua mãe.

- S-sou. Co-m mui-to... orgulho. – a ruiva se surpreendeu pelo que o moreno havia dito, mas Minato, que havia a seguido, sorriu.

- Pode ir Sasuke, eu cuido de Menma. – ofereceu Minato, o moreno sorriu em agradecimento e se despediu do filho, dizendo que mais tarde o buscaria, depois de tudo, aquele era o casamento de seu pai, não podia privá-lo de tal acontecimento, as lágrimas porém não se fizeram esperar quando chegou à sua pequena casa.


(...)


- Felicidades, filho. Espero que sejam felizes. – desejou Minato, mesmo tinha um péssimo pressentimento em relação àquele matrimônio, tinha a sensação de que seu filho não seria feliz.

- Ele será, afinal finalmente está com alguém de seu nível. Estou muito orgulhosa, Naruto. – falou a ruiva, o loiro sorriu fraco, havia voltado a falar com sua mãe quando terminou com Sasuke e ela estava muito feliz com seu casamento com o Shimura, que era neto de um grande empresário, chamado Danzou. Kushina babava nos netos, os pequenos gêmeos, Ichiro e Jiro eram muito parecidos consigo, loirinhos, de olhos azuis, com lábios grossos e seus mesmos traços, apenas traziam a pele pálida de Sai. Ao contrário de Menma, o qual a ruiva ainda rejeitava, os gêmeos eram sua adoração e ela não perdia a oportunidade de os mimar.

- Obrigado okaa-san, fico muito feliz com sua aprovação. – a ruiva sorriu orgulhosa, deixando um beijo em sua bochecha.

- Papai! – e o loiro sorriu sinceramente, pela primeira vez naquele dia ao ouvir a voz de seu pequeno Menma.

- O que, bebê? – se abaixou à sua altura, o pequeno fez bico, seus olhinhos chorosos, e Naruto entendeu – Olhe bebê, o que conversamos? Eu vou voltar logo, prometo.

- Mas... – Sai interrompeu o menino.

- E vamos te trazer muitos presentes, Menma. – mas pela primeira vez o menino não reagiu à sua proposta, parecia que nem tudo poderia comprar com presentes.

- Papai volta logo, ok? – voltou a falar o loiro, o menino assentiu, triste – Te amo muito.

- Te amo, papai. – respondeu o menino, abraçando forte ao adulto, Minato apenas sorriu, enquanto sua esposa e genro apenas olhavam sem expressão, desejando que esse momento de pai e filho acabasse logo. 

E agora... Quem é o infiel?Onde histórias criam vida. Descubra agora