Capítulo 8 - Cadê papai?

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O que está em negrito é o que é dito através de sinais. 

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Oito anos depois...


- PAPIIIII!!! – o grito infantil ecoou pela pequena casa de apenas um andar a qual Sasuke e seus dois filhos haviam se mudado há cerca de dois anos atrás, uma casa um pouco maior que seu antigo apartamento, com três quartos, para que cada um dos pequenos tivesse seu próprio espaço – papi... papi... papi... – o menino se enfiou embaixo das cobertas de seu progenitor, o acordando e sobressaltando.

- Ren?! O qu-e faz? – seu coração ainda saltava pelo susto, o menino o olhou choroso.

- Tive um pesadelo. – Sasuke franziu as sobrancelhas, pelo que havia lido dos lábios de seu menino, este havia tido um pesadelo, suspirou, colocando seu aparelho auditivo, que ficava em uma caixinha, ao lado da cama.

- Tev-e um pesa-delo? – o menino assentiu – E o qu-e... son-hou bebê? – perguntou, afagando os cabelos negros de seu caçula, que se aconchegou a si.

- Sonhei que papai ia embora. Quer dizer... sonhei que eu tinha um pai e que ele ia embora. – o coração do Uchiha se partiu ao ouvir o que seu menino dizia, seus olhinhos em um azul Oxford se encheram d'água – Por que eu não tenho um pai, papi? – e aí estava a pergunta, seu menino sempre fazia a mesma pergunta.

- É cla-ro que t-em um pai... bebê. Só... só que... ele... n-não po-de ficar com a g-ente. – o menino abaixou os olhos, triste, queria um pai, um que fosse como o senhor Naruto, o pai de Menma.

- Eu queria um pai igual o senhor Naruto. – e novamente o coração de Sasuke apertou, pois seu menino não tinha ideia que o pai de Menma também era seu pai.


(...)


- Acor-dou melhor... bebê? – perguntou na manhã seguinte, quando estavam os três na pequena mesa redonda a qual compartilhavam.

- Sim, papi. O pesadelo foi embora. – Menma que ouvia tudo calado, rodou os olhos.

- Esse pirralho sempre tem pesadelos, é um medroso. – falou o pré-adolescente de agora doze anos.

- Men-ma! – chamou a atenção Sasuke.

- Eu não sou medroso. – falou o menino menor, Menma sorriu de lado.

- Ah, não? Então por que está sempre correndo à cama de papi como um bebê? – o menor inflou as bochechas.

- Eu não faço isso sempre.

- Faz sim.

- Não faço não.

- Faz sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Não.

- Sim. – Menma começou a rir ao ver que o pequeno havia caído em sua mini armadilha e havia confessado, Ren ao perceber inflou as bochechas mais uma vez – Você é um chato, Menma.

E agora... Quem é o infiel?Onde histórias criam vida. Descubra agora