Xeque-Mate

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Hello!! Boa madrugada!! 🌙
No capítulo anterior, Natasha achou na caixa de Dylan algumas pistas que poderiam levá-la à verdade do que aconteceu naquela noite... Será que ela vai descobrir alguma coisa?
Boa leitura 📖❤

                      –—— ♡ ——–

Chegava a ser irônico o fato de as horas passarem mais rápido durante a folga, do que quando tinha que afundar-se até o pescoço em trabalho. Passar um tempo maior com Morgan era como um antídoto de calma para ele, o revigorava, o deixava mais disposto no dia seguinte para encarar o que tinha que ser feito.

Como sempre fazia, Rogers acordava no primeiro raiar do dia e tomava um forte café da manhã para ter energia para as seguidas horas de trabalho. O clima tinha amanhecido com uma forte garoa e um ar gélido que fazia ossos doerem.

Vestiu por baixo do casaco uma blusa de lã grossa, para aguentar a brusca mudança de tempo, que saiu de um Sol forte no dia anterior, para aquele frio.

Antes de sair, checou a Stark mais uma vez, abrindo uma pequena brecha da porta do quarto dela. A criança dormia tranquilamente, enrolada até a orelha com o cobertor, o homem sorriu e fechou o cômodo novamente.

Era sempre triste se despedir, mas a folga tinha acabado e ele precisava voltar ao trabalho, então uma babá tomava conta dela enquanto estava fora. Sorrindo, ele agradeceu mais uma vez os serviços de Beatrice, a entregando um envelope com o pagamento do mês, em seguida, se despedindo e saindo.

A rotina acelerada do local se fazia presente desde a porta de entrada. Havia demorado mais para chegar do que na maioria das vezes, estacionando o carro em uma das vagas.

Após passar pela porta de vidro, caminhou até sua mesa, cumprimentando os colegas, que respondiam apressados, continuando os passos em direção para onde queriam chegar.

Sentando-se na cadeira giratória, Steve apertou o botão para ligar o computador e esperou o demorado processo do eletrônico já antigo iniciar o funcionamento. Encarava um círculo girando no meio da tela, quando notou pelo canto do olho a presença de alguém em sua frente, era Carter segurando alguns papéis.

—Bom dia, soneca. Atrasado. –Acusou em um tom zombeteiro.

—Bom dia. O trânsito estava infernal hoje. –Justificou sorrindo levemente, esfregando as mãos para se aquecer —Eu vi que me enviou a lista dos convidados ontem, ia lê-la depois que coloquei a Morgan para dormir, só que acabei pegando no sono também. Mas, vou abri-la agora... Desculpa.

—Faremos uma reunião daqui a vinte minutos, se você depender da rapidez desse computador de 1800, só vai conseguir ler os arquivos quando tiver atingido os cento e dez anos de idade. –Brincou, o vendo rir —Vou deixar essas cópias com você, fiz algumas anotações, depois me devolve. –Avisou, entregando o que segurava.

—Obrigado, você me salvou. –Contou aliviado, ao notar que a tela não tinha saído da mesma etapa de iniciar —É, a delegacia definitivamente precisa de máquinas novas.

—Essas daqui já estão quase gritando ao ligar. –Observou a mulher ainda em um tom brincalhão, dando alguns passos começando a sair —Te vejo na reunião, Steve.

—Até daqui a pouco.

O loiro se acomodou na cadeira, abaixando os olhos para o compilado de informações impressas em folha sulfite. De um lado ficavam os dados, do outro, uma foto de cada uma das pessoas presentes no local onde Dylan Ferman tinha morrido.

Ele analisou o que tinha escrito no primeiro papel, depois no segundo e quando estava colocando a folha atrás para continuar, uma delas deslizou do conjunto, caindo vagarosamente no chão. Talvez, se estivesse em um filme ele diria que seria parte de um roteiro para cruzar histórias, mas eles não estavam em um filme, aquilo era a vida real, mas isso também não queria dizer que a vida real não aprontasse situações coincidentes e inusitadas.

Clandestino - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora