A Thousand Happy Endings

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AVISO: Esse capítulo não é recomendado para menos de 18 anos 🔞

Oieee! 🤩
O capítulo final acaba de sair para vocês. Eu amo tanto essa história que foi sendo construída na minha cabeça aos poucos e me diverti muito escrevendo meu casal favorito em um novo universo!
Vamos saber como tudo isso termina?
Boa leitura 📖❤

—–– ♡ –—–

Ele desceu os dois degraus às pressas para tentar alcançá-la, trancando a porta do trailer alugado em que Morgan dormia e eles estavam há segundos atrás naquele momento desesperador. A raiva dela era tanta que, em passos largos e apressados, já estava longe.

O barulho dos cascalhos sendo pisados invadiam a noite silenciosa conforme ele corria.

—Natasha, espera! –Gritou, sem se importar se atrapalharia o sono das outras pessoas também acampadas na região. —Nat, por favor!

—Fica longe de mim! –A mulher mandou com a voz trêmula de ódio, virando a esquina.

A visão de Romanoff ficou embaçada quando as lágrimas finalmente transbordaram, descendo quentes por suas bochechas. O maxilar travado repetindo aquelas palavras em sua cabeça.

"A gente só precisa de uma chance", ele pediu para Peggy naquela carta não terminada. Ele estava escrevendo uma carta para ela! Uma carta! Eram essas pequenas coisas que faziam perceber o quanto ele ainda a queria.

Rogers queria Peggy, pensou Natasha em um misto de perplexidade e irritação, queria uma chance para eles. Será que realmente nunca havia passado pela cabeça do policial que ele e Natasha mereciam uma chance também, ou só havia pensado isso com Carter?

Por quanto tempo ele tinha mentido descaradamente para ela sobre os próprios sentimentos? Por quanto tempo ele ainda pensava em manter aquele teatro?

—"Eu poderia escrever mil finais felizes ao seu lado." –Natasha repetiu amarga, as pernas já queimando de tanta velocidade com que a mulher corria pelo terreno do camping.

Ela costumava fazer isso quando estava estressada, correr e correr sem pensar em parar, a adrenalina da velocidade a tomando. 

Lembrava exatamente das vezes que correu pela rua da casa que morava com seu pai antes, do começo ao fim, passando além. Sempre tinham brigas homéricas quando ele estava bêbado, porque apesar de estar com a voz distorcida e os sentimentos embaçados, ele ainda conseguia pensar em um jeito de feri-la com as palavras. O homem doce e gentil que era quando estava sóbrio, era outro quando uma gota de álcool entrava.

Ela travou os pés quando deu de frente com uma mata fechada no final do caminho, com certeza não era a região de trilha que as pessoas costumavam percorrer, já que uma grande placa avisava os perigos de ultrapassar o território.

—Natasha! –A voz dele ecoou ao longe, mesmo daquela distância ainda era possível identificar o desespero.

Por um milissegundo ela cogitou esperar para que ele a alcançasse. As árvores altas cheias de galhos retorcidos não pareciam convidativas a noite, mas ela decidiu dar o primeiro passo.

Avisos eram colocados por um bom motivo. Conforme percorria por entre o matagal, o chão irregular e as grossas raízes eram como armadilhas prestes a derrubá-la. Andar no escuro em um terreno desconhecido não era nem de longe uma boa ideia, mas ela já havia escolhido diversas outras más ideias em sua vida. O que seria mais uma?

—Natasha! –A loira ouviu mais uma vez após alguns segundos em silêncio. Ah meu Deus. Quando ele iria desistir? —Romanoff, pelo amor de Deus, você nem sabe para onde tá indo!

Clandestino - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora