Achado Não É Roubado

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AVISO DE GATILHO: esse capítulo possui algumas cenas descritivas de violência, com agressão, ferimentos e sangue.

Heeey!!!
Fiz uma enquete no Insta (@amentedeumaescritora) sobre qual próxima atualização vocês preferiam e Clandestino ganhou, então está aqui capítulo novinho como prometido. Sem conseguir lidar ainda com informação de que faltam apenas 2 capítulos para o final dessa história!! 🥺
Mas, virão muitos novos projetos pela frente!
Boa leitura 📖❤

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Na primeira investida de se aproximar para atacá-lo, os músculos de Natasha ficaram travados, seus braços e pernas simplesmente congelados, sem conseguir mover um centímetro para frente. O homem a fitava com um olhar cínico e de desprezo, enquanto segurava o maldito controle que ativava cada um dos dispositivos.

Era claro que ele não a deixaria avançar sobre si tão fácil, não daria chances para que ela sequer o arranhasse quando podia controlar a mente dela. Tentar forçar só doía ainda mais, estava lutando contra um bloqueio invisível, estímulos injetados em seu cérebro a dizendo para permanecer ali, enquanto seu ódio tentava escapar.

Os passos vagarosos dele ecoaram pelo amplo local enquanto ele se aproximava, a cabeça inclinou levemente para o lado e uma das mãos foi até o queixo dela, o pegando com brutalidade. A repulsa que Natasha sentia com o toque dele a tomando, os dedos dele em sua bochecha machucando sua alma.

—Você não se arrepende em nenhum momento? Não se arrepende de ter se apaixonado por aquele garoto? De ter conhecido a nossa família? Eu aposto que sim, aposto que teria desfeito tudo se conseguisse, né? O amor é para tolos, Romanoff.

A voz dele fingia carregar uma certeza que não existia e aquilo a enervava ainda mais. A mão a soltou com igual violência, deixando marcas.

—Eu teria feito quase tudo exatamente igual. Mas, mudaria uma coisa sim. Eu teria impedido que ele caísse nas suas garras nojentas. –A loira tentou se mover, mas apenas chacoalhou o tronco sem gerar muito efeito —Então ele ainda estaria vivo, ainda estaria aqui… Se amar é para tolos ou não, disso eu não sei, pode até ser. Mas, é melhor ser uma tola apaixonada do que ser desumana como você.

—Ah, por favor… –Daniel revirou os olhos —Amar te levou ao buraco duas vezes, Natasha. Da primeira vez com Dylan e agora com aquele policial. 

—Por muito tempo eu me impedi de sentir alguma coisa. Eu enterrei meus sentimentos em um lugar profundo com medo de me machucar, desconfiada, presa nos traumas que eu não sabia de onde tinham vindo. Mas, agora eu finalmente sei. Você destruiu a minha vida, você que me levou para o buraco.

—E vou te levar mais uma vez. Você vai cavar sua própria cova e quando estiver cansada, vou te empurrar lá dentro e jogar cada punhado de terra, te ouvindo implorar. Esses são meus planos para o dia de hoje. –Ele andou ao redor dela, como quem observa uma estátua de gesso —Depois, eu vou matar cada pessoa que você ama e, para fechar com chave de ouro, colocar a Whitehall Company no topo. Ela está quase lá. Você acredita que depois da morte “misteriosa” de alguns concorrentes, as ações deles caíram drasticamente?

—De que adianta ser o rei, quando você roubou a coroa? –Natasha rebateu, franzindo o rosto ao senti-lo torcer seu braço.

—Como eu disse, eles morreram “misteriosamente”, não é? –Ele tentou expressar uma falsa inocência, mas até fingindo, era patético —Achado não é roubado.

Clandestino - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora