Teia de Aranha

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Hello pessoas do meu coreeee ❤❤
Saindo aqui mais um capítulo para vocês nessa noite fria! Aqui em São Paulo está muito frio! E onde vocês estão, também está frio? ❄❄
Espero que gostem do capítulo, as coisas estão começando a serem desvendadas... Boa leitura 📖❤

                 
                   ––——— ♡ ————

O tempo parecia correr mais devagar, ou então, talvez fosse um eufemismo dizer isso. Não estava “mais devagar”, estava extremamente lento, do tipo tão lento que uma lesma parecia até uma exímia corredora em comparação com o relógio.

E, por mais que naquele momento Natasha estivesse distante de tudo para diminuir as chances de que, o que quer que fosse que controlava sua cabeça a levasse a fazer algo terrível, ela ainda temia por isso.

Era horrível a sensação de ter medo de si mesma, de saber que poderia em algum momento acordar em um cenário de assassinato e simplesmente não se lembrar de como chegara lá, de sentir a culpa e a dor a rasgar por dentro por algo que não desejaria fazer, mas que suas próprias ações realizaram sem que ela tivesse controle. 

Ela se sentia aprisionada, mesmo com todo aquele enorme campo de árvores em volta da cabana em que se escondia.

Metade do dia passava se lembrando vagamente de detalhes do que foi apagado de sua memória e a outra metade quase não dormia, vigiando pela janela esperando que alguém viesse atrás dela para matá-la.

Começava a entender que sua vida não tinha virado de ponta cabeça somente a partir dos acontecimentos na festa de Dylan, mas, bem antes disso, afinal, o que controlava sua mente provavelmente havia sido implantado há muito tempo, aquilo explicava a quantidade de acontecimentos aterrorizantes tão reais nos flashes que surgiram nos últimos dias, ela apenas não se lembrava de tudo aquilo até que Dylan retomasse à sua vida naquele fatídico dia.

A chaleira apitou, sinalizando que o chá estava pronto, então ela finalmente ergueu as costas que estavam curvadas para ter uma melhor visão do lado de fora através do vidro e caminhou em direção do fogão à lenha que havia na pequena e aconchegante cozinha. Logo uma xícara foi preenchida pela bebida, a fumaça subia em grande quantidade.

Se sentando, ela se enrolou em uma grossa manta e deu o primeiro gole. A sensação era boa e o barulho dos pássaros davam um toque a mais ao momento. Seria melhor ainda se ela não tivesse tantos problemas a atormentando.

Romanoff pensou em visitar Steve no hospital, aquilo era algo que a ruiva tinha vontade de fazer todas as vezes que descia as escadas para ir lá fora, mas pensava nas coisas que poderiam acontecer, não poderia correr o risco de se aproximar e Whitehall a fazer matá-lo, não conseguiria suportar ferir mais alguém.

Não havia um segundo em que ela não se questionava se Rogers havia se recuperado. Da última vez que o viu, ele deu entrada no hospital e estava extremamente ferido. 

Natasha tentava manter as esperanças de que sim, ele estaria melhor e também queria acreditar que um dia poderia voltar a ver a todos que conhecia sem temer que eles corressem qualquer outro risco. Por enquanto, aquele local na montanha era a única coisa que veria durante um grande período.

                        —— ◇ ——

Não havia sido fácil, os dias se intercalaram entre altos e baixos, mas aos poucos Rogers foi apresentando melhora. Peggy sempre ia visitar Morgan, que havia ficado sobre os cuidados de uma tia distante de Steve e Tony. 

A família deles não era muito unida, a maioria deles perdeu contato uns com os outros depois de uma terrível briga anos atrás, mas, Carter ligou para Margaret, que era o único número de alguém da família de Steve do qual ela se lembrava. E ao dizer que a pequena precisava de alguém para cuidar dela enquanto a busca por Steve continuava, a mulher apareceu em um instante.

Clandestino - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora