Drarry is the new black

Planejando

Draco Malfoy

3 dias.

Foi o tempo que eu aguentei ficar sem comer e ignorar todos os sinais que meu corpo e mente me mandavam.

Fiquei três dias me recusando a parecer mal, sempre colocando uma cara indiferente no rosto toda vez que eu pisava no refeitório.

Nas primeiras vezes Harry sempre dava um jeito de entrar na minhas vista só pra ver o quão faminto eu parecia estar, mas depois de um tempo ele simplesmente parou de aparecer.

Pelo menos não que eu tenha prestado atenção.

Ronald ainda insistia pra que eu fosse falar com ele, mas eu me recusei a fazer qualquer movimentação.

E foi só mais um sonho de criança eu cogitar a possibilidade de que um policial iria ver o que tava acontecendo e fazer ele parar.

Foi só um sonho distante que no fundo eu sabia que isso não aconteceria.

Porém depois do almoço do terceiro dia a minha falta de paciência pareceu ser o limite pra mim e pra todo mundo que falava comigo, Dino e Simas ameaçaram sempre sentar em uma mesa difentente da minha porque não aguentavam mais o meu mau humor.

E nem eu mesmo me aguentava nesse ponto.

Engoli todo o meu orgulho pra ir até a cela de Harry.

O mesmo estava sentado em sua cama conversando com o mesmo havia um cara com cabelos castanhos, pele clara e com um sorriso bem malicioso nos lábios enquanto conversava com ele.

Eles pareciam estar tento uma conversa bem animada, pois o som de suas vozes e risadas davam pra serem ouvidas antes mesmo de entrar no lugar.

- Potter. - chamei ao parar na porta.

Porém não foi nada que chamasse a atenção dos dois de sua conversa animada.

Pigarriei um pouco alto e apenas o rapaz pareceu me notar na porta.

- Malfoy. - ele comprimentou, mesmo que eu nunca nem o tivesse visto antes. - Já vou indo Harry, a gente continua a conversa depois.

Deu duas batidinhas no meu ombro antes de sair.

Potter finalmente colocou seu olhar em mim, ainda com aquele mesmo sorriso convencido nos lábios.

- Draco, em que posso ajudar?

Seu sorriso só aumentava.

E minha vontade de mata-lo também.

- Por que caralhos você tá fazendo isso?

Ele arqueou as sobrancelhas, surpreso.

- O que eu estou fazendo?

- Não, não se faça de idiota. Vai mesmo me deixar morrer de fome só por conta do que eu disse, quantos anos você tem?

Ele apenas riu e se levantou da cama onde estava espreguiçado anteriormente.

Ele parou bem na minha frente, apesar de ser alguns centímetros mais baixo que eu ele parecia bem confiante no que dizia.

- Achei que não gostava da minha comida, não se sente melhor agora? Achei que estivesse te ajudando.

Mordi a parte interior da bochecha tentando puxar toda a minha paciência.

- Quer parar com a porra desses joguinhos e ir direto ao ponto? Você sabe ao menos quem eu sou? Eu preciso comer e você vai deixar eu fazer isso.

Tudo que restou do sorriso divertido de seu rosto morreu, o ar daquele lugar pareceu ficar mais frio, seus olhos verdes pareciam me queimar com tamanha incredulidade em seu olhar.