da certeza à dúvida

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Adrien e Marinette aproveitaram bem a semana pela capital japonesa, conhecendo vários pontos turísticos. Foram à Shibuya — onde fizeram compras e jantaram —, ao Palácio Imperial East Garden — onde fizeram um piquenique nos jardins de cerejeiras —, visitaram os templos, as lojas de eletrônicos e de itens de colecionador, mas principalmente os restaurantes.

Era estranho eles terem tanto tempo só pra eles, mesmo que vivessem juntos há um tempo. Sempre estiveram ocupados demais com trabalho ou pensando sobre os miraculous, para aproveitarem um momento juntos. A viagem possibilitou que eles se abrissem mais e pudessem planejar um futuro, onde viveriam um pelo outro, como se fossem um só.

Apesar de estar desfrutando as curtas férias, pelo menos umas cinco vezes por dia, Marinette ligava para Alya e perguntava sobre a caixa. A morena afirmava estar tudo certo e a mestiça se sentia mais aliviada para seguir o dia normalmente — até ter outro ataque de preocupação e ligar de novo — Adrien a repreendia muito por isso, mas entendia o medo dela.

Quando voltaram à Paris, a primeira coisa que fizeram foi: irem para o apartamento verificar se estava tudo certo. Marinette correu para o quarto, assim que entraram, sem nem mesmo informar sua chegada. Alya e Nino, que dormiam no quarto de hóspedes perto da entrada, assustaram-se com a invasão repentina e correram até o quarto, achando ser algum bandido ou alguém que fosse pegar a caixa.

— Que susto, Marinette! Achei que alguém estava roubando a caixa! — exclamou Alya, com uma vassoura nas mãos.

A mestiça não a respondeu. Digitou a senha no cofre, focada, e verificou a caixa. Todos os miraculous continuavam ali, inclusive o da borboleta. Suspirou, aliviada.

— E aí? — perguntou Adrien, aparecendo atrás de Alya e Nino, que se assustaram de novo.

— Da próxima vez, eu juro que meto a vassourada — disse a morena, deixando o utensílio em um canto do closet.

— O miraculous está aqui, mas preciso ver se o Noroo continua lá embaixo — Marinette respondeu o loiro.

Foi até o elevador e o usou para ir até o apartamento debaixo. Caminhou até o quarto e se deparou com todos os kwamis dormindo em suas caminhas. Noroo estava lá, dentre os outros. Reparou a bagunça em que o quarto estava, deduzindo que haviam feito uma festa de kwamis ou algo assim. Era a cara deles.

É verdade que uma das regras da caixa é não deixar os kwamis a solta, mas eles insistiram tanto, dizendo que o universo paralelo é acho, que ela não pôde resistir em deixá-los livres. Nem que fosse em um pequeno apartamento como aquele, proibidos de sair ou estarem visíveis para outros humanos que não fossem ela, Adrien, Alya e Nino. 

Depois de ver que tudo estava correto, voltou para o apartamento e informou ao marido e o casal de amigos. Alya e Nino se despediram deles, antes de saírem do apartamento. Disseram que ficariam pela cidade por um tempo, pois a morena havia sido chamada para trabalhar na TV da cidade e Nino estava trabalhando na trilha de um filme produzido em Paris. Marinette e Adrien ficaram felizes com a informação e parabenizaram os amigos pelas conquistas.

— Eu estou tão aliviada que a caixa continua bem — falou a mestiça, enquanto colocava café na sua caneca do bob esponja.

— Eu não sei se posso ficar assim — disse Adrien, no sofá.

— Por quê? — questionou, aproximando-se com duas canecas. Estendeu uma para ele.

— Porque, se originalmente o miraculous seria perdido nesse meio tempo, nós alteramos o futuro — falou, pegando a caneca. — E o resultado disso não costuma ser bom.

— Você acha que ligar para a Alya, preocupada, fez ela se preocupar mais e isso mudou o futuro? — perguntou, sentando ao lado dele.

— É bem provável... Você a fez ser muito cautelosa com toda a sua preocupação.

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