da gestação ao nascimento

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Marinette já estava na 39ª semana de gestação. A barriga grande a incomodava em certos momentos, como naquele, que a impedia de se aproximar da mesa do escritório. Por outro lado, sentia-se bem, saudável e bonita, como grávida. Seu cabelo havia crescido bastante durante os meses, assim como os seios e as unhas. Só que ela também estava muito inchada. Seus pés doíam, assim como suas costas. Muitas vezes precisava da ajuda do Adrien para levantar do sofá ou de uma cadeira.

Levantou da cadeira em que estava, com um pouco de dificuldade, e foi até o banheiro de seu escritório. A vontade de fazer xixi toda hora tinha voltado e ela odiava muito aquilo. Pelo menos, os enjoos haviam parado quando ela estava com 5 meses. Também havia perdido o tampão mucoso no dia anterior. Um sinal bom para fazer o parto natural.

Ao sentar no vaso, esvaziou sua bexiga e perdeu toda a vontade de levantar. Precisaria de muito esforço para sair dali e ela se sentia muito cansada. Mesmo assim, levantou. Não de primeira, mas conseguiu. Vestiu a roupa e lavou as mãos, antes de voltar para a sala. Surpreendeu-se ao ver Adrien sentado em uma das cadeiras de visitantes, observando o hamster brincar dentro da gaiola. A mestiça levava o animal para a empresa, por não querer deixá-lo sozinho no apartamento.

Não ficou surpresa com a presença repentina do marido em sua sala. Era comum o loiro aparecer ali em alguns momentos, até porque as salas deles ficam lado a lado, mas normalmente ele avisava antes de entrar. Talvez, não tenha ouvido as batidas, estando no banheiro.

— Amor, eu já disse que você tem todo direito de pegar uma licença agora. Não pode ficar trabalhando até o parto. — Ele levantou para ajudá-la a sentar.

— Obrigada — disse, sentando com o auxílio dele. — Eu estou grávida. Não doente. Uns quilinhos a mais não vai me deixar impotente para vir aqui e trabalhar.

— Eu sei... Não é isso que eu estou falando, amor. É porque eu acho que você pode trabalhar de casa agora. Seu processo é criativo. Acho que no apartamento você vai ficar mais confortável do que aqui.

— Eu amo a minha sala e estou trabalhando em vários modelos de peças infantis. Estar grávida já me deixa criativa e essa vista daqui me inspira — falou, olhando a janela. — Além de que eu já vou trabalhar de casa, quando a Emma nascer.

— Tá! — Rendeu-se. — Falando em casa, já está na hora de irmos. Eu tenho uma surpresa pra você...

— É por isso que você andou sumido o dia todo...

— Eu planejo isso há meses. Acho que você vai gostar. Espero...

— Agora, eu fiquei curiosa...

Adrien levantou e ajudou-a a fazer o mesmo. Os dois foram conversando para fora da sala, despediram-se de Rose e caminharam até o elevador.

— Me conta o que é! Eu não consigo aguentar... Eu tô com muitos hormônios! — disse Marinette, dentro do elevador.

— Mantenha a calma. Respira fundo — falou Adrien, inspirando, para que ela o imitasse. A mestiça fez como ele, mas não conseguiu se manter assim por muito tempo.

— Por favor, Adrien... — implorou.

— Já já você irá saber — disse, vendo as portas do elevador abrirem. Saiu com a mestiça até o estacionamento e abriu a porta do passageiro para ela.

Já no carro, o loiro começou a dirigir rumo ao local que queria levá-la. Marinette mordia as pelinhas mortas dos dedos, ansiosa com a surpresa. O que será que ele havia preparado para ela?

— Pra onde a gente tá indo? — perguntou, percebendo que estavam tomando um caminho diferente.

— Daqui a pouco, você vai ver — respondeu, entrando na rua que desejava.

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