dos momentos ao esquecimento

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— Agora que tudo se resolveu, está na hora de devolvermos a caixa — disse Marinette, deitada sobre Adrien no sofá da sala. O loiro acariciava as costas dela, enquanto os dois assistiam a uma comédia de TV.

— Podemos aproveitar mais um tempo, antes de tudo ser apagado? — pediu, triste.

— Você não vai esquecer... Apenas, eu vou... — falou, levantando a cabeça para fitá-lo nos olhos. — Isso dói muito em mim também, mas não é algo que podemos controlar. — Passou os dedos nas mechas loiras dele.

— Eu tô com medo de te perder — disse, sinceramente.

— Você não vai. Talvez, eu me assuste com tantas mudanças, mas eu quero que você esteja comigo.

— Eu não sairei do seu lado — afirmou, convicto.

— Amanhã, iremos — falou, levantando.

— A-amanhã? — Sentou, exasperado.

— Sim... Eu não aguentarei mais um dia pensando que irei esquecê-lo.

Adrien fitou o chão, triste.

— Vamos levar a Emma, desta vez — informou, a mestiça. — Quero que ela tenha uma última experiência comigo, antes de eu perder tudo.

O loiro assentiu, ainda olhando para baixo. Não conseguia encarar a azulada.

No dia seguinte

— EU NÃO VOU! — exclamou, a garota.

— Filha, achei que entendesse a situação da mamãe...

— Entendo, mas não compreendo...

— Isso é possível?

— Eu sei que você tem que fazer isso, mas eu não quelo!

Às vezes, quando Emma ficava nervosa, sua dicção tão bem elogiada falhava e ela acaba falando como uma criança.

— Eu também não... — Abraçou, a pequena. — Mas pense que quanto antes fazermos, melhor. E também será a nossa primeira viagem pra fora do país juntas, meu amor.

Adrien apareceu na porta do quarto de Emma e observou Marinette de costas, ajoelhada para ficar na altura da filha, e Emma com uma carinha triste. Ele estava quebrado e sentia que precisava desabafar, mas não faria isso. Pensava que sua esposa devia estar pior do que ele e demonstrar seu desespero só a desesperaria mais.

— Espero não estar atrapalhando — disse, para chamar a atenção delas. — A Emma já está pronta?

— Sim! Só falta um pouquinho de perfume — falou Mari, indo buscar a fragrância da pequena. Emma olhou para o pai, de uma maneira triste. O homem se aproximou, abaixando-se para cercá-la com seu abraço.

— Tá tudo bem... Papai tá aqui...

Depois de ficarem prontos, foram para a casa de Sabine e Tom. Despediram-se deles, antes de irem para o aeroporto. Embarcaram no voo para Nepal e de lá foram para o Tibete, também de avião, assim como fizeram com Alya e Nino, naquela viagem.

Ficaram no mesmo lugar da outra vez e descansaram junto à Emma. No dia seguinte, visitariam os pontos turísticos e no outro dia seria a cerimônia da caixa.

Emma se aninhou à Marinette e as duas dormiram abraçadas. Adrien também se juntou a elas, abraçando a esposa por trás. Dormiram por umas horas e, um tempo depois, foram jantar. Voltaram para o quarto e jogaram Uno e outros jogos de tabuleiro, além de brincarem de boneca com Emma. Aproveitaram para conversar com alguns kwamis, libertando-os da caixa por um tempo. A mestiça se despediu de seus amigos flutuantes e, principalmente, de sua kwami.

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