The Maze Runner • Fight Until The End [2]

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"Implore por qualquer coisa
Implore agora por mais um dia
Pegue um anjo pelas asas"
— Sia

Angel

Acordei confusa, algo estava incomodando a minha nuca e ardia como uma brasa. Por mais que eu tentasse mexer, meu corpo não correspondia aos meus comandos.

Tentei manter a calma para ser a mais racional possível e observei tudo o que estava ao alcance dos meus olhos. Analisei cada canto que podia e era o mesmo quarto de hospital, sem ninguém aparentemente. Não havia sinal de nenhum médico ou até mesmo de algum guarda presente no local.

Mais cedo ou mais tarde alguém deve aparecer. Resolvo esperar e descobrir o que eles fizeram comigo. Algo está completamente errado nesse lugar, não me sinto segura aqui.

Poucos minutos pareciam horas e ninguém aparecia. Enquanto isso, me concentrei em mexer apenas as pontas dos meus dedos, talvez isso me ajude a recobrar os sentidos. Estava dando certo, aos poucos fui conseguindo mexer cada parte do meu corpo, ainda com um pouco de dificuldade.

Uma enfermeira acabou aparecendo e sorriu ao me ver.

— Que bom que acordou. — comecei a retirar as agulhas que estavam sendo injetadas no meu braço rapidamente. — O que está fazendo?

— Preciso encontrar meus amigos.

Levantei ainda com dificuldades para me manter firme no chão. Ela segurou delicadamente meu braço impedindo que eu caísse ali mesmo.

— Você está fraca, ainda está sob efeito de analgésicos. Não pode sair nesse estado. — ela me fez deitar novamente naquela maca. — Você irá vê-los em breve, mas agora não é uma boa opção.

— Tudo bem...

Ela deu um sorriso sentando ao meu lado, o silêncio pairava no ar.

— Quem é Newt? — arqueei as sobrancelhas confusa com essa pergunta repentina. — É que você fala enquanto dorme.

Ela completou dando um sorriso amarelo.

— Ele... é uma pessoa especial.

Olhei para minhas mãos um pouco envergonhada.

— A gente pode fazer um acordo, claro, se você quiser...

Ela sugeriu e levantei o meu olhar vagamente.

— Como assim?

Questionei ainda confusa.

— Sei o quanto deseja rever seus amigos, eu entendo. Mas, se me prometer que não vai tentar sair daqui enquanto ainda estiver sob supervisão médica, talvez alguns dos seus amigos possam te fazer uma pequena visita. O que acha?

— É uma proposta justa. Tudo bem, eu aceito.

Olhei ao redor e não vi sinal da Teresa. Última vez que a vi ela estava em uma maca ao meu lado.

— Onde está a garota que veio comigo?

— A Teresa? Ela só fez alguns exames e vocês irão se ver em breve. Não se preocupe.