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"Pense em todas as coisas incomuns em nossas vidas
E como o tempo pode voar
Oh, ainda somos você e eu, para sempre?"
— RHODES

— POR AQUI! RÁPIDO, ELES ESTÃO VINDO!

Minho gritou indicando um lugar desconhecido para todos entrarem.

O corredor era estreito demais em comparação aos outros.

— VAI GENTE, DEPRESSA! NÃO PAREM!

Thomas gritava incentivando os outros Clareanos a correrem mais rápido.

Eles encontraram uma porta, tentaram abrir mas foi inútil. Correram por mais uns metros e os cranks estavam se aproximando cada vez mais.

— ELES ESTÃO VINDO!

Encontraram uma porta no fim do corredor.

— Não tem saída!

— Tirem a gente daqui!

O desespero era evidente na voz dos adolescentes.

Thomas e Minho começaram a forçar a porta com chutes fortes e estrondosos.

— Eu atraso eles!

Winston avisou ao grupo indo em direção aquelas criaturas com sua arma em mãos.

— Cuidado, Winston!

Angel gritou para o amigo desesperada. Ele começou a disparar contra as criaturas que se aproximavam.

— ABRAM LOGO ESSA PORTA!

Todos se juntaram e começaram a distribuir mais chutes na porta. Até que conseguiram quebrar a fechadura.

— VAMOS, ESTÁ ABERTA!

— Rápido, gente!

Todos eles começaram a sair correndo do corredor.

Angel esperava o Winston perto da porta.

— CORRE, ANGEL!

Ela saiu rapidamente e o Winston estava logo atrás.

Os cranks seguraram a mochila do moreno e conseguiram derrubar o mesmo tentando arrastá-lo para dentro novamente.

— WINSTON!

As criaturas puxavam ele cada vez mais e os Clareanos tentavam o puxarem de volta.

— Gente, me ajuda! Me puxa!

Newt e Caçarola puxaram de vez o garoto e os cranks rasgaram a barriga do mesmo que gritava de dor.

Thomas, Minho e Angel seguravam a porta garantindo que nenhum crank passasse enquanto os outros corriam.

— MINHO, VAI COM ELES! ESTAMOS ATRÁS DE VOCÊ!

O coreano não questionou sua melhor amiga e começou a correr.

— ANGEL, VOCÊ TEM QUE IR!

Thomas gritou ao seu lado.

— Sem chances, sou mais rápida que você. VAI LOGO!

Thomas hesitou por instantes antes de assentir correndo. A loira não tinha muita força para segurar a porta por muito tempo e correu logo atrás do Thomas, com as criaturas os perseguindo.

Eles encontraram a saída do shopping e se esconderam por baixo de escombros, enquanto escutavam os gritos das criaturas que os procuravam.

— Que susto você me deu.

Newt sussurrou repreendendo a garota por ser a última a alcança-los. Eles ficaram em silêncio até não ouvirem mais os berros das criaturas.

Os Clareanos aos poucos começaram a descansar naquele local mesmo.

Angel passou alguns minutos depois que todos haviam adormecido observando as estrelas e recordando dos bons momentos que passou na Clareira. Ela percebeu o Newt se mexendo um pouco ao seu lado.

— Newt, ainda 'tá acordado? — ela sussurrou perto do garoto. Ele assentiu e virou para ela tentando prestar atenção nos olhos verdes da garota naquela escuridão. — Senti sua falta...

Ela murmurou baixo para o garoto antes de tentar descansar. Ele se acomodou um pouco perto da garota.

— Tenho algo para você.

Ele pegou a mão da garota e depositou uma pulseira dourada que o mesmo havia encontrado no shopping antes de serem atacados.

— É linda... Obrigada.

Se a escuridão não atrapalhasse a visão do garoto, ele poderia ter visto as bochechas da garota corarem.

— Também tenho algo para você.

Ele olhou curioso para a garota. Ela mexeu um pouco nos seus bolsos procurando o objeto, até encontrar e entregou o cordão que ela havia encontrado para o garoto. Newt sorriu singelo pelo gesto da garota.

— Vem cá. Você está cansada, deve descansar.

Ela assentiu se acomodando em seu peito. Ele depositou um beijo no topo da sua cabeça e ela adormeceu em seus braços, ouvindo cada batida do seu coração.

*

— Ou! Sai daqui!

Thomas acordou todo mundo espantando um corvo da sua mochila. Ele se levantou olhando ao seu redor vendo se encontrava algum crank por perto.

— Sumiram?

— É, acho que estamos seguros agora. Melhor seguirmos em frente. Vamos nos preparar. Aris levanta, Caçarola, Winston. Vamos.

Winston geme de dor recebendo ajuda do Caçarola para levantar.

Eles logo subiram por alguns escombros se deparando com uma cidade destruída.

— Esse lugar está em ruínas.

— O que será que rolou por aqui?

— Não sei, mas parece que ninguém vem aqui há muito tempo.

— Tomara que o mundo inteiro não esteja assim...

Angel suspirou pesado com aquela conversa.

— Ou, espera aí! Parem!

O grupo se virou para encarar o Thomas, que estava com uma expressão estranha.

— Estão ouvindo?

O barulho de um berg invadiu os ouvidos dos Clareanos.

— SE ABAIXEM! TODO MUNDO SE ESCONDE! RÁPIDO!

Todos se esconderam embaixo da ruína mais próxima que encontraram. Um berg e dois helicópteros sobrevoaram o lugar que eles estavam.

— Eles nunca vão parar de procurar a gente, não é?

O questionamento do Minho fez todos se entreolharem apreensivos.

The Maze Runner • Fight Until The End [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora