A caminho de coisas grandes.

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Minhas mãos vão desesperadamente para seu rosto, o que começou em apenas um selar de lábios acaba se tornando um beijo mais quente. Suas mãos prensavam minha cintura, puxando cada vez mais meu copo contra o seu. Nossas línguas pareciam brigar uma com a outra, demonstrando o quanto ambos dos dois precisavam daquele beijo.

Meu coração estava quase saindo pela boca, ter seus lábios junto dos meus era o paraíso, literalmente. As famosa borboletas no estomago estavam de volta, mas agora muito mais intensa do que da primeira vez. Sam estava me fazendo ir a loucura, me fazendo ter pensamento impróprios e muito mais. Meu corpo respondia a cada toque seu, a cada vez que ele apertava ainda mais minha cintura eu sentia uma corrente elétrica passar por todo meu corpo.

O sabor de sua língua em minha boca era inexplicável, era como sentir mil emoções e sentimentos ao mesmo tempo, a boca de Sam era com certeza a coisa mais gostosa que eu já havia provado em toda minha vida. Aos poucos nós vamos diminuindo o rítimo do beijo, Sam termina me dando vários selares antes de se afastar, fecho meus olhos ao sentir seus lábios se descolarem do meu. Ainda estava com meu rosto a pouco centímetros do seu, podia ouvir sua respiração pesada, e a minha não estava diferente.

— Olha para mim. — ele fala depois de alguns segundos em silencio, abro meus olhos e o encaro — Eu preciso saber Bucky, se você vai continuar se entregando assim, eu realmente preciso saber, você sente algo por mim? E se você sente, por que você mentiu quando eu te perguntei da primeira vez? Eu entendo que você possa estar se descobrindo agora, mas você não pode continuar fazendo isso e me dando esperanças falsas. — ele pergunta me pegando de surpresa, eu não esperava essa pergunta, pelo menos não por agora.

— É, eu sinto, eu não sei o que é, mas eu sinto Sam. — digo desviando meu olhar para o chão, eu não estava acreditando no que estava acontecendo, eu estava com vergonha? Isso não pode ser possível. — Eu não falei da primeira vez porque estava me convencendo com contrario, que era só atração, mas eu não consegui me controlar depois do que você disse, me desculpa. — completo ainda olhando para o chão. Uma de suas mãos vão até meu queixo, o puxando levemente para cima, me fazendo encara-lo novamente.

— Então quer dizer que eu deixei James Buchanan Barnes com vergonha? — ele pergunta soltando uma risada. Sinto meu rosto esquentar levemente enquanto ele me encarava. — Você fica lindo todo vermelhinho. — abro um leve sorriso ao escutar aquilo.

Eu não estava mesmo acostumado com isso, não me lembro da ultima vez que eu recebi um elogio ou algo do tipo, e agora ele estava vindo do Sam... Se tudo isso for um um sonho, por favor que ele não acabe nunca.

— Que foi? — Sam pergunta agora mudando sua expressão para preocupado após eu passar alguns segundos calado.

— Eu só... Não estou acostumado com isso, receber elogios. — digo respirando fundo no final.

— Mas deveria, você é bonito de mais para não receber elogios. — ele fala voltando a sorrir, me deixando com vergonha de novo. Estava surtando por dentro, esse homem me despertava coisas que eu nem se quer sabia da existência. — Agora vamos, temos mais coisas para resolver, tipo o insuportável do Walker. — ele fala se afastando e levando sua mão até a maçaneta da porta, a abrindo em seguida.

Então iria ser assim, ele simplesmente iria sair dali sem mais nem menos? Eu tinha feito algo para ele querer sair?

— O que? Por que você sair assim, agora? — pergunto incrédulo vendo ele passar pela porta.

— Você vai poder me beijar mais tarde, Barnes. — escuto sua voz sínica acompanhado do barulho de seus passos que cada vez iam ficando mais baixo, revelando que ele estava mesmo saindo.

Eu continuava lá, parado e encostado na parede. Pensar que agora eu estava descobrindo mais sobre Sam me deixa feliz, mas também me deixava puto porque o filho da mãe estava fazendo seu joguinho de me deixar querendo mais, e estava funcionando. Bufo e caminho até a pia do banheiro, me olho pelo espelho que tinha no local e vejo minha boca levemente vermelha, Sam sabia fazer estrago. Respiro fundo antes de começar a seguir para fora da delegacia. Quando saio encontro Sam sozinho na esquina da rua, me fazendo caminhar até ele.

— Onde ele está? — pergunto me referindo ao calopsita.

— Eu já dispensei ele, não podia deixar correr o risco de você socar o Capitão América. — ele fala começando a andar, logo em seguida eu faço o mesmo, ficando ao seu lado.

— Ele não é o Capitão América, você sabe disso. — retruco ficando irritado. Essa coisa de ser velho realmente era horrível, qualquer coisinha mínima já me fazia perder a paciência.

— Sei que ele não é, mas ele acha que é, e o governo também acha isso então mão queria correr o risco. — ele fala me olhando.

— É, eu provavelmente socaria a cara dele, você fez o certo. — digo depois de alguns segundos de silêncio.

— Eu sei, eu sempre faço o certo. — ele diz em um tom convencido me fazendo revirar os olhos. 

— Você é irritante quando quer. 

— E você é um velho chato e amargurado que só sabe reclamar. 

— Isso é mentira. 

— Você sabe que é verdade Bucky, bem no fundo você sabe. — é, eu sabia, mas ele nao precisava saber disso. — Vamos voltar para o avião, ainda não faço ideia de por onde começar a buscar os flag-smashers mas não quero morrer de frio aqui na rua.

— Nem está tanto frio assim. — comento vendo ele passar a mão em seus braços na tentativa de se esquentar.

 — Você passou metade da sua vida congelado, nem deve mais sentir o frio. — ele fala indignado 

— É claro que eu sinto frio seu bocó, mas agora nem está tanto frio assim, você é exagerado. — digo o olhando.

— Ah cala a boca, se você não vai ajudar então não atrapalha. —  ele fala parecendo estar irritado.

— Quem é o estressadinho agora hein? — pergunto enquanto sorrio irônico.

— Não enche. 

E o caminho de volta para o avião foi todo assim, a cada segundo era um jogando farpas ou fazendo gracinhas com o outro. Acabei percebendo ainda mais que gostava de passar um tempo com o Sam, ele tinha o poder de me fazer esquecer de tudo, seja me irritando ou em uma conversa normal. Não sabia qual era essa sensação de ter ele ao meu lado, mas eu gostava.







segundos - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora