Tentativa de um recomeço.

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Nos primeiros cinco segundos eu esperava receber um soco, algum xingamento, ou qualquer tipo de reação negativa. Mas não, Sam havia correspondido, ou era isso que eu pensava que estava acontecendo. No começo era um simples beijo, mas ele pede passagem com a língua, e eu sem hesitar dou. A sensação de nossas línguas juntas era surreal, eu sentia as famosas borboletas no estomago, era como se a qualquer momento eu fosse explodir de felicidade. Espera ... Felicidade?

E como um balde de água fria, sem avisar ou fazer qualquer gesto antes, Sam me empurra para o lado, me deixando confuso com aquilo, bravo comigo mesmo por feito isso, e com um turbilhão de pensamentos sendo passados ​​brutalmente pela minha cabeça.

Não havia pensando antes de fazer aquilo, o idiota aqui havia agido por impulso, que merda James! Você acabou de beijar uma pessoa que você mal conhece, e para piorar a situação aquele beijo havia despertado coisas que eu nunca sonharia que existiam.

Meu coração estava disparado, podia sentir meu peito subindo e descendo, minha respiração estava acelerada, e o nervosismo agora tomava conta de meu corpo. Uma enorme vontade de chorar me invadia, é, de chorar, pode parecer bobo, mas quando uma onda de nervosismo me atacava, a única coisa que vinha em minha mente era chorar. Já havia conversado com a Dra. Raynor sobre isso, mas era algo que eu não conseguia consertar.

Estava tudo muito confuso, eu estava sentindo um milhão de coisas ao mesmo tempo por conta de um beijo, um beijo em um cara que eu não gostava ... Ou gostava?

Continuava parado ao lado de Sam, estava com medo de olhar para ele, ou de sua reação negativa, mas eu tinha que fazer alguma coisa, afinal, quem começou aquela merda toda foi eu. Reúno toda a coragem que eu não tinha, e me levanto, me viro pra ele e o encaro.

— Sam ...? — pergunto, fazendo o maior esforço para conseguir focar meu olhar nele.

Mas não aconteceu nada, ele nem estava se quer olhando para mim, com certeza ele estava procurando palavras o suficiente que pudesse demonstrar o quão o bravo estava. Que merda James, nota 100 pela burrada que você acabou de fazer.

— Sam me desculpa eu... — mas antes que eu pudesse terminar minha frase, ele se levanta.

Já podia sentir a vontade de chorar voltando novamente, não que ela tivesse sumido, ela só tinha parado de ser tão intensa, e eu só conseguia me perguntar o que diabos estava acontecendo comigo.

Ele caminha até a pequena estrada que eu só agora havia notado que existia, ainda estava sentado no chão, parado, olhando igual um idiota para Sam. Me levanto ao perceber que, se eu não o acompanhar agora, provavelmente o perderia de vista, de tão rápido que ele estava indo. Seus passos eram longos e rápidos, eu podia ver o quanto ele queria se afastar disso, desse local, de mim ...

Caminho lentamente até a estrada, e o acompanho de longe, se tinha uma coisa que eu realmente não queria era que ele ficasse magoado. Mas o que mais estava me matando por dentro era o fato de que ele não havia falando uma palavra, não tinha xingado, me chamado de louco, ou me dado um soco. Aquele silencio infernal me corroía, estava quase que eu mesmo gritando com ele, pedindo para que ele falasse algo, nem que fosse para dizer que me odiava, eu me contentava com aquilo.

Mas não, continuávamos a caminhar um longe do outro, em puro silêncio.

De repente, ele para e se vira para mim, eu jurava que se ele me olhasse, seu olhar poderia transparecer seu ódio, porém a única coisa que eu poderia decifrar aquele olhar era confusão, bom, pelo menos ele parecia estar na mesma que eu.

— Olha Bucky eu não... — ele iria falar algo, com certeza ele iria, mas algo o interrompeu, ou melhor, um carro o interrompeu.

Me viro para ver melhor quem era, e confesso que se eu pudesse eu teria matado esse cara no primeiro momento, mas não iria fazer isso na frente de Sam. Eu estava a dois passos de explodir de ódio. O carro, que era mais parecido com um jipe, passou por a gente buzinando, antes de parar um pouco a frente de Sam.


— Não saiu como planejado, hum?



segundos - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora