Season of the Witch

Cemitério

 Katsuki rondava aquele cemitério deserto no meio da noite atrás de alguma pista. Havia recebido uma ligação de Kirishima, em que o ruivo relatava sobre alguns dos túmulos violados e saqueados. Por se tratar de uma parte da cidade a qual os lobisomens são responsáveis, a pedido dos mesmos, Bakugou foi conferir.

O que foi dito ao telefone de fato havia acontecido, alguns dos túmulos foram saqueados. Alguns objetos de metal pareciam ter sido deixados para trás, pois estavam jogados no chão, longe de seus respectivos túmulos. Algumas covas ainda estavam abertas, covas essas que tinham algo em comum umas com as outras, pois todas elas tinham um símbolo em suas lápides. 

Bakugou não sabia muito sobre, mas se lembrava daquele símbolo em especial. Era um nó celta, algo relacionado a vida, morte, reencarnação, coisas as quais as bruxas acreditam. Ou seja, os túmulos saqueados eram todos túmulos de bruxas. Uma coincidência muito estranha. O loiro pega o celular para enviar uma mensagem para Kirishima, relatando o que descobriu. De repente sente a aproximação de alguém, e logo depois uma voz ao pé do seu ouvido.

— É perigoso perambular pelo cemitério uma hora dessas, sabia?

Bakugou se assustou pela aproximação repentina, afastando-se para ver de quem se tratava. Uma garota loira e de olhos amarelos. Ela sorria, mostrando suas enormes presas.

— Quem é você? — Bakugou a encarava irritado e ao mesmo tempo assustado.

— Não era pra você estar aqui. É uma pena. — Seu sorriso sumiu, dando espaço para uma expressão séria e amedrontadora.

Antes que ela pudesse fazer algo, Bakugou foi mais rápido e a prensou contra uma árvore, a levantando pelo pescoço. O loiro estava confiante que tinha tomado controle da situação. Ela parecia tentar livrar as mãos dele de seu pescoço, uma tentativa aparentemente em vão. Logo outro sorriso surge no rosto dela.

— Você é rápido e forte como um vampiro. — O loiro sentiu um chute repentino em sua barriga que faz com que ele a solte. Logo depois outro chute mais forte que o derruba no chão. Antes que pudesse se levantar, a vampira se senta por cima dele, apertando com força sua garganta. — Mas não se iguala a um vampiro de verdade. Não passa de um mestiço. — Ela riu enquanto apertava cada vez mais sua garganta.

Bakugou se perguntava como ela sabia o que ele era. Será que ela o conhecia? Ou pior. Será que ela conhecia sua mãe? Só de pensar o sangue do loiro fervia de raiva, mas naquela situação não conseguia fazer muita coisa. Sua garganta era apertada a um ponto que era impossível a passagem de ar. Ele tentava se livrar dessa situação, mas como a vampira mesmo havia dito, ele não era tão forte quanto ela.

Quando achou que estava prestes a morrer, de repente não sente mais o peso dela sobre si, e a mão que antes estava em sua garganta já não está mais, o possibilitando de finalmente respirar. Ele então viu que a vampira havia sido jogada para longe por alguma força. Ele olha para o outro lado e vê Ochako com a mão erguida para frente. Ela havia a arremessado contra uma árvore com sua telecinese.

— Katsuki, você tá bem? — Ela correu em direção a ele para ajudá-lo.

— O que faz aqui? É perigoso. Vai embora! — Ele a alertou.

— Não posso te deixar aqui. Ela quase matou você. — Ela o ajuda a levantar.

Eles olham para onde ela estava. A vampira havia se levantado, e parecia não ter nenhum machucado. Ela os olhava, furiosa.

— Corre! — Bakugou cochichou para Ochako. Ela o olhou, e ele falou em um tom mais alto. — CORRE!

Bakugou a empurrou e ela então começou a correr. Foi nessa mesma hora em que a vampira correu com rapidez na mesma direção, passando por Katsuki e indo até Ochako. Essa atitude surpreendeu o loiro, que correu atrás, desesperado, temendo que o pior acontecesse com ela. Mas antes mesmo que a vampira pudesse alcançar Ochako, a mesma foi surpreendida por um grande lobo monstruoso de pelos ruivos pulando em cima de si.