Ele deve saber

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Oiioii! Pois é, finalmente tô voltando com essa história. Não esqueci dela, ok? Não se preocupem!
Antes de ler esse capítulo, se não se lembram do que ocorreu no capítulo anterior peço para que voltem nele, apenas no final quando o Shoto fez a projeção astral. Isso é só para relembrar o que aconteceu na projeção dele, ok? Neste capítulo teremos outra pessoa em projeção astral.
Dito isso, vamos ao capítulo.

Boa leitura!
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Já estava quase anoitecendo quando todos voltavam para a academia. Estavam animados depois que Ochako os sugeriu de irem ao festival de halloween já que Kirishima meio que os convidou. Teriam até o final do mês para pensarem, mas com certeza iriam. Afinal, precisavam de diversão. Todos se aprontaram para o jantar, onde discutiram isso melhor. Logo depois de comerem, ficaram conversando por um tempo, e após isso foram se preparando para dormir.
Midoriya havia se mudado para o quarto de Shinso, já que o mesmo dormia lá sozinho até então. Já estavam bem cansados devido a hora, então deram boa noite um ao outro e já foram dormir. O esverdeado deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos, deixando sua mente descansar. Virou-se algumas vezes em sua cama, mas logo se rendeu ao cansaço totalmente.
Relaxou, pegando no sono e deixando sua mente vagar para o mundo dos sonhos. Relaxou tanto sua mente que podia jurar que se sentiu como se flutuasse. Uma sensação estranha, porém confortante. Mas ele logo abriu seus olhos ao sentir-se desprender de seu corpo. Logo, teve a visão de si mesmo deitado na cama. Não estava assustado, mas sim curioso. Sabia que era uma projeção astral, afinal, Nemuri já havia falado sobre, e ele interessado no assunto procurou saber mais em alguns livros.
Ele fechou os olhos bem forte, tentando ir para outro lugar. Os abriu, agora se vendo em um ambiente bastante familiar. Viu sua mãe sentada no sofá enquanto lia um livro. Sorriu em poder visitá-la, mesmo que por meio de um sonho da mesma.
— Izuku! — Ela o chama, surpresa ao vê-lo. — O que faz aqui? Achei que tivesse ido para a academia das bruxas.
— Eu fui. Isso aqui é só um sonho, mas eu estou aqui de verdade. — Ele sorri.
— Isso é… incrível! — Ela se levantou, impressionada. — Deve estar aprendendo muita coisa.
— Estou sim, e também conheci pessoas maravilhosas. Quero que saiba que estou muito bem.
— Isso é muito bom, meu amor! — Ela o abraçou.
— Não sei se posso ficar muito tempo, é a primeira vez que faço isso. — Falou, preocupado com o tempo que já passou.
— Está certo, não quero que se arrisque por minha causa. Mas mesmo assim foi muito bom te ver! — Ela o solta do abraço, sorrindo. — Se cuida, viu. Te amo muito!
— Também te amo, mamãe! — Ele disse, logo se despedindo.
Ele fechou os olhos novamente, a fim de voltar para seu corpo. Porém, acabou indo parar em outro lugar. Ele abriu os olhos, se vendo agora em uma praia. Ele estranhou, pois acabou parando ali por engano. Ainda estava preocupado com o tempo que havia passado. Em um dos livros que leu, ele aprendeu que o tempo passa de forma diferente quando se está fora do corpo, e que se passar muito tempo fora, os psicopompos poderiam levar sua alma por acharem que ele está morto.
Ele olhou em volta, vendo um grande píer com um parque. Leu a placa na entrada, vendo se tratar do Píer de Santa Mônica, na Califórnia. Lembrou ser a terra natal de Melissa, deduzindo então que aquele seria o sonho dela. Se assustou ao ouvir um barulho alto de tiro. Foi quando ele viu Melissa chorando por uma mulher que havia saído baleada. Ela chorava e gritava por ela, a chamando de mãe.
— Melissa! — Ele a chamou.
Ele teria ido até ela, mas logo outra presença o chamou a atenção. Ele virou-se para o lado, vendo o garoto de cabelos bicolores que trabalhava na cafeteria a qual ele sempre frequentava. Estranhou o fato dele estar lá, pois simplesmente não havia motivo para isso. Shoto olhou para ele, igualmente confuso. Logo, Midoriya percebeu que ele estava bem consciente naquele sonho, deduzindo que o mesmo também estava em projeção astral. Ele tinha poderes para isso? Aquilo o intrigou.
Midoriya então percebeu a presença dos psicopompos. O que eram apenas dois passarinhos logo se tornou quatro, e depois seis, e depois dez, todos olhando fixamente para ambos. Aquele era o sinal para voltarem aos seus corpos.
— Temos que ir. Já estamos tempo demais fora de nossos corpos. — Midoriya o alertou.
— Como assim? — Shoto parecia não entender do que ele falava.
— Vai logo, ou então pensarão que você está morto. — Midoriya disse novamente, dessa vez apontando para os passarinhos.
Viu o rapaz bicolor fechar os olhos, supondo que ele estivesse tentando ir embora. Midoriya então fez o mesmo, se concentrando para voltar ao seu corpo. Abriu os olhos novamente, se levantando de sua cama. Ele estava finalmente de volta. Olhou para o lado, vendo que Shinso ainda dormia. A luz do lado de fora começava a surgir. Ele havia ficado fora mais tempo do que esperava.
Mas querendo ou não, aquilo foi uma aventura. Conseguir visitar os sonhos de sua mãe foi incrível. Mas o que mais lhe intrigou foi o sonho de Melissa, e o fato do colega de trabalho do Bakugou conseguir transitar pra fora do corpo também.
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Depois de um tempo refletindo sobre o que aconteceu enquanto estava em projeção astral, Shoto enfim se levantou de sua cama. Já estava quase dando o horário de se arrumar para a aula. Fez toda sua rotina matinal, e logo saiu de casa.
Enquanto estava no metrô, teve tempo de pensar mais um pouco. Poderia existir mais pessoas como ele e sua mãe? Isso talvez seria a resposta para o que tem acontecido com ele. O garoto de cabelos esverdeados parecia saber mais a respeito da projeção.
O metrô logo chegou na estação desejada. Shoto saiu de lá, andando até a universidade. Como de costume, viu Inasa saindo do carro do pai. Ele acenou para o amigo, o vendo com seu típico sorriso de sempre. Estava preocupado com Inasa por causa do sonho que ele estava tendo com o pai, mas vê-lo sorrindo o tranquilizou um pouco.
— Bom dia, Shoto! — Disse, o cumprimentando. — Acredita que eu sonhei com você essa noite?
— Ah é? E como foi? — Tentou fingir surpresa.
— Eu não me lembro muito bem, mas acho que você apareceu do nada na minha casa. Muito doido, né? — Inasa riu, obviamente omitindo a parte da briga com o pai.
— Muito doido. Nunca sequer fui à sua casa. — Shoto riu de volta. — Mas e aí, tá tudo bem? — Queria certificar-se de que o amigo estaria bem, agora convivendo com o pai.
— Claro, ué! — Inasa riu, estranhando a pergunta repentina, mas relevando.
Shoto então confirmou com a cabeça, não perguntando mais. Sabia que ele não diria se estivesse tendo algum problema com o pai. Inasa não era do tipo que desabafava sobre seus problemas, e preferia esconder tudo com um sorriso. Mas suspeitando do que diabos o pai dele estaria aprontando, aquilo ainda o preocupava.
— Eu, Inasa. — Camie corria apressadamente, parando apenas para confirmar algo com o amigo. — Só pra confirmar mesmo. Essa sexta à noite na sua casa, né? — Ele a confirmou. — Era só isso mesmo. Beijos, tô atrasada! — Ele voltou a correr.
— Você vai dar uma festa? — Shoto o perguntou.
— Não é bem uma festa, na verdade. Só vão a Camie e o Seiji. — Inasa explicou um pouco sem jeito por não ter dito a ele antes. — Mas você pode vir também. Se quiser, claro. — Chamou, mesmo sabendo que ele poderia não aceitar.
Shoto pensou no convite. Estava preocupado com Inasa, e queria que ele lhe contasse se estava bem com a volta do pai ou não. Sabia que ele não diria nada, pelo menos não durante essas poucas horas que se vêem na faculdade. Então se quisesse saber de algo, teria que correr atrás.
— Tá bom, eu vou. — Só aquilo foi o suficiente para desconcertar Inasa.
— Calma… você vai mesmo? — Perguntou, quase que desacreditado. — Não tem que trabalhar até tarde, ou algo assim?
— Eu posso pedir pro meu chefe pra ele me liberar mais cedo. Eu já tenho ficado até tarde quase todo dia mesmo.
— Ah, que bom que vai conseguir vir! — Inasa comemorou com o maior sorriso que o bicolor já viu. — Vai ser muito legal! A gente vai jogar alguns jogos de terror que o Seiji comprou, e depois podemos pedir pizza, ou qualquer outra coisa.
Inasa continuou falando sobre o que fariam em sua casa, extremamente empolgado. Shoto o observava falar, sorrindo com sua animação. Estava feliz em poder fazê-lo feliz também.
O resto da aula seguiu normal. Ao terminar seu dia na universidade, Shoto foi direto para o trabalho na cafeteria. Assim como disse ao amigo, confirmou com seu chefe se poderia sair mais cedo no dia marcado, tendo total compreensão do senhor.
Foi para o caixa, começando a atender os primeiros clientes. Se perguntou se o garoto de cabelos esverdeados estaria ali. Estava curioso sobre o que ele sabia.
— Ei, Bakugou. — Chamou pelo loiro que passava por ali. — Sabe aquele grupo que sempre vem aqui? Aquele que tem a garota com quem você sempre conversa?
— Sei. E o que tem eles? — Perguntou.
— Você sabe se eles vão vir hoje? — Tentou perguntar da maneira mais despretensiosa possível.
— Eu sei lá. Mas por que a pergunta? — Bakugou estranhou, já que Shoto sequer conversou com eles antes.
— Ah… não é nada de mais. Pode deixar. — Shoto desistiu de perguntar mais, tentando não deixar a situação mais estranha do que estava.
Bakugou continuou achando estranho, mas também não quis saber mais. O loiro deu de ombros e voltou para a cozinha.

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