A descoberta

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Oiioii! Antes de lerem o capítulo, queria avisar algumas coisas.
No mês de outubro eu estarei ocupada, então não vou estar atualizando minhas fanfics. Mas se tudo der certo, voltarei em novembro, assim espero.
Não vou desistir de escrever, não se preocupem. Tanto essa fanfic quanto Burn já estão na metade, e eu prometi pra mim mesma que vou terminar as duas. Já tenho até algumas outras fanfics em mente pra quando eu terminá-las. Um pequeno spoiler do que  provavelmente vá ser a próxima fanfic: kacchako e ficção científica.
Enfim, só peço que tenham um pouco de paciência, pois todo final de ano é corrido pra mim.

Dito isso, vamos ao capítulo. Boa leitura!
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— Preciso falar com você! — Shoto a olhou de forma séria. Ochako já sabia sobre o que seria.
— Algum problema? — Kirishima perguntou diretamente a ele, desconfiado pela forma repentina que ele havia chegado.
— Tá tudo bem, Kirishima. — Ela o tranquiliza, sorrindo. — Eu volto já! — Falou, se levantando do balcão.
Ochako o seguiu até uma mesa vazia, onde não havia mais ninguém em volta. Ela supôs que ele queria um lugar mais reservado para conversar, já que o que tinha a dizer não seria nada fácil.
Ambos se sentaram, e Ochako o encarou, atenta ao que ele tinha a dizer. Shoto estava inquieto. Suas mãos não paravam quietas na mesa, ele olhava de um lado para o outro verificando se ninguém ouviria, e parecia pensar no que de fato diria. Ele então tomou coragem, e começou a falar.
— Vocês… também não são normais. Não é? — Ele perguntou, dessa vez olhando para ela. — Você, aquele garoto de cabelos verdes, e o resto do pessoal. Vocês também sabem sobre projeção astral, e essas manifestações de poderes estranhos, não é? — Ela concordou. Shoto suspirou aliviado ao ver que ela sabia exatamente do que ele falava. Ele então continuou. — Eu preciso de ajuda! Coisas estranhas têm acontecido e eu não sei o porquê. Antes eu só fazia nevar nos lugares, o que já era estranho. Depois comecei a segurar as coisas no ar, e toda noite eu tenho sonhos perturbadores onde algo maligno me persegue e eu não sei o que é. — Ele suspirou novamente, dessa vez um suspiro pesado, como o de alguém exausto de tudo. — Eu sinto que tô ficando louco!
— Fica calmo! Você não está ficando louco. — Ela o tranquilizou, vendo-o se acalmar e prestar atenção nela. — Tem muita coisa que você precisa entender. Mas primeiro, precisa vir comigo. — Ochako se levantou, o chamando com ela.
— Mas eu estou no meio do trabalho. — Shoto falou, hesitante.
— Está tudo bem. O Torino vai entender. Confia em mim.
Ochako sorriu confiante para ele, lhe estendendo a mão. Seu pressentimento por ela e pelos amigos dela era o melhor possível, por isso não recusou e a seguiu, decidido a descobrir mais sobre si mesmo.
— Katsuki, pode avisar ao Torino que eu precisei levar o Shoto para ver a Nemuri, por favor? — Ela pediu.
— Posso… mas aconteceu alguma coisa? — O loiro perguntou, confuso.
— Eu explico depois. É um assunto meio urgente.
— Tudo bem. Eu aviso a ele. — Bakugou então concordou.
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Shoto admirava a grande casa branca em sua frente. Nunca havia ido para esse lado da cidade, por isso nunca chegou a vê-la. A sensação de borboletas no estômago por finalmente entender o que se passava consigo aumentava cada vez mais.
— Você está bem? — Ochako perguntou ao ver o nervosismo dele. — Vai ficar tudo bem.
Shoto concordou, e então a seguiu para dentro da casa. O interior era ainda mais bonito. Um ambiente bem clean, e que transmitia tranquilidade. Shoto pôde ouvir algumas pessoas conversando e rindo mais adiante. Ele acompanhou Ochako até a sala de estar onde pôde ver todos ali reunidos. Os amigos de Ochako que sempre iam com ela para a cafeteria olharam para ele, surpresos. O resto do pessoal pareceu não entender muito bem o que estava acontecendo.
— Nemuri, esse é o Shoto. — Ochako o apresentou para a bruxa soberana, que o olhava atentamente. — Ele precisa falar com você!
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— Então quer dizer que as bruxas são reais e que eu sou um de vocês? — Shoto perguntou a ela, incrédulo.
Nemuri havia explicado a ele tudo que precisava saber. Contou toda a história de sua espécie, sobre os poderes primários e todos os outros poderes que ele poderia ter. Aquilo parecia ter sido tirado diretamente de um filme de tão insano que era, mas naquele momento de sua vida Shoto já aceitava qualquer explicação.
— Eu sei que isso pode parecer assustador. Eu já lidei com muitas pessoas que se sentiam perdidas, assim como você. Mas aqui nós cuidamos uns dos outros, e ajudamos cada um a controlar seus próprios poderes.
— Eu nem sei como agradecer! Me sinto mesmo perdido. Não sabia mais o que fazer.
— Pode me dizer novamente o que tem acontecido com você?
— Bem… desde que eu era pequeno, eu tenho poderes de gelo. Eu puxei isso da minha mãe. Essa era a única coisa estranha que acontecia, mas de uns tempos pra cá, mais coisas têm acontecido. Eu comecei a ter um mau pressentimento… como se algo estivesse atrás de mim. Isso tem aparecido nos meus sonhos, mas eu não sei o que é. Eu consegui fazer uma projeção astral, e segurei uma bandeja no ar. E tenho quase certeza de que coloquei fogo na minha cama enquanto tinha um pesadelo.
— Você pôde notar que muitas dessas manifestações se encaixam nos poderes que eu falei a você, não é?
— Acho que sim. — Ele respondeu.
— Sua adivinhação se manifestou através de seus sonhos. Assim como a projeção astral, telecinese, e a pirocinese. Seus poderes de gelo, como você disse, vieram da sua mãe. Ou seja, deve ser algo de família. — Shoto acenou positivamente com a cabeça. Estava começando a digerir todas essas informações, por mais que ainda parecesse loucura. — Por questões de segurança, eu acho melhor você ficar aqui com a gente. Além do mais, vai ser melhor para o seu treinamento também.
— Eu compreendendo. — Ele aceitou, concordando que não seria boa ideia ficar sozinho em sua casa.
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Depois de uma tarde exaustiva de treinamento com os lobisomens, as bruxas se reuniram na sala de estar. Ochako explicou o que aconteceu na cafeteria, como Shoto havia a procurado, e como ele parecia apreensivo.
— Eu sabia que tinha algo diferente nele. Eu tinha certeza de que ele tava consciente na projeção astral. Acabou que ele estava mesmo perdido. — Midoriya falou.
— Podíamos ter falado com ele antes. Ele parecia muito aflito quando foi falar comigo. Até alegou estar ficando louco com tudo que aconteceu. — Ochako ainda se sentia mal por Shoto.
— Mas o que exatamente aconteceu com ele? — Mina perguntou.
O barulho da porta da frente foi ouvido antes que Ochako pudesse responder. Nemuri havia saído mais cedo com Shoto para buscarem as coisas do jovem. Eles haviam acabado de voltar com algumas malas.
— Que bom que estão aí. Podem ajudar com as malas do Shoto? Ele ficará no quarto junto do Midoriya e do Shinso.
Todos se levantaram do sofá para ajudarem com as coisas do mais novo colega. Já imaginaram que Nemuri pediria para que fossem legais com ele também, e assim o fizeram. Ao menos todos ali eram iguais a ele, então Shoto não precisou se reservar assim como fez sua vida toda. Por mais assustador que aquilo ainda parecesse, ele não se sentia tão deslocado.
— Você vai gostar das aulas. Talvez não tanto de latim, mas das aulas práticas eu tenho certeza que vai gostar. — Mina dizia, ansiosa para ver os poderes do novo amigo.
— Latim não vai ser um problema, eu acho. Vi um pouco sobre na faculdade. — Respondeu, se referindo ao curso de letras. — Acho que latim vai ser a coisa menos assustadora dessa lista.
— Você acaba se acostumando com tudo isso. Com o tempo, as aulas práticas vão parecer fascinante pra você. — Tsuyu o tranquilizou.
— Vai por mim. Eu tô aqui há pouco tempo, mas o que ela falou é totalmente verdade. — Shinso completou a fala da amiga.
— Eu espero que sim. — Shoto sorriu enquanto guardava suas coisas.
Sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Ele parou para ver quem era. Uma mensagem de Inasa perguntando como ele estava. Shoot não sabia nem como respondê-lo.
— Tudo bem Shoto? — O jovem desviou o olhar da tela quando percebeu que todos olhavam para ele.
— Ah… sim. É só que… — Ele segurava o celular com força. — Não sei como eu poderia explicar minha mudança pro meu namorado.
— Ele não sabe sobre seus poderes? — Momo o perguntou.
— Na verdade não. Eu já tentei falar com ele sobre isso, mas ele não acreditou, e me sugeriu um médico. — Shoto parecia triste. — Eu não sei o que responder pra ele. Ele tá preocupado comigo depois que… depois que meu pai morreu.
— Ah… eu sinto muito! — Momo se solidarizou por todos ali.
— Eu não me dava muito bem com ele, mas a forma como ele morreu foi no mínimo estranha.
— Como assim estranha? — A jovem o perguntou novamente.
— Bem… — Ele se sentou na cama. — Ontem de manhã meu pai me ligou falando que estava na cidade e que queria falar algo importante pra mim. Então eu combinei de encontrar ele no hotel em que ele tava à noite depois do trabalho. Mas quando eu cheguei lá… encontrei ele caído no chão com a garganta cortada. Pelas câmeras de segurança, ninguém entrou no quarto dele, então a polícia concluiu que foi suicídio. Mas eu não tenho tanta certeza disso. Depois de ter visto ele, eu senti algo ruim, uma presença ruim.
— Que estranho… — Jirou se pronunciou no meio da explicação. — Seu pai queria te dizer algo importante, e bem na hora ele aparece morto.
— Exatamente! — Shoto concordou com o raciocínio da garota.
— Tá, mas… então o que poderia ter matado ele? — Tsuyu a questionou.
— Gente, pensa um pouco! Quem é que tá perseguindo a gente? — Jirou insistia em sua teoria.
— Os atiradores! — Shinso respondeu, entendendo onde ela queria chegar.
— Eles deviam saber de você. Talvez seu pai quisesse te proteger de alguma forma, e por isso eles o mataram. — Ela disse para Shoto.
— Mas ele morreu com a garganta cortada. Não tinha nenhuma bala no corpo dele. Como eles poderiam ter entrado no quarto dele sem que ninguém visse?
— Acho que eu sei de um jeito que podemos descobrir! — Todos olharam para Momo e para seu olhar de quem acabou de ter uma ideia.

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