Capítulo 18

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A casa
A prisão
E o lobo

As crianças continuam o caminho, brincando o tempo todo. Já estavam próximos a casa do Fauno

- Aqui tem muita comida gostosa!- Lúcia falou virando perto de uma rocha, mas a frente era a casa do senhor Tumnus. - E nós vamos beber....- A garota olhou para outra rocha a frente, qual estava a porta da casa, estava derrubada parecia que haviam invadido.- Chá.....

Lya sentiu a cabeça doer e a culpa atormenta-la, se algo ruim houvesse de ter ocorrido com o Fauno, a culpa seria unicamente de Edmundo, ela não poderia entrega-lo aos irmãos. As mãos da menina começaram a tremer

- Lu?- Pedro chamou a irmã, que parecia desvastada, a menina começou a correr para dentro da casa e Pedro foi logo atrás.- LÚCIA!

Susana fez o mesmo.
Já a loira não conseguia mover as pernas havia de ter medo do que encontraria lá dentro, Edmundo estava ao seu lado a olhando parecia pedir para que a menina não dissesse nada, como um cachorro pidão, em seguida correu para dentro da casa quebrada do Fauno também.
Foi então que ela percebeu, estava entre ser verdadeira e agir pelo certo ou mentir para proteger um garoto qual não merecia.
Ela começou a andar devagar ainda sentindo as pernas travadas, quando finalmente passou pela porta quebrada e acessou a parte de dentro da casa, seus olhos encheram-se de lágrimas; A casa do senhor Tumnus, estava com o chão cheio de vidros quebrados, as xícaras de chá trincadas, livros rasgados, porta-retratos rachados, as poltronas caídas e o algodão deles saindo para fora, panelas no chão da cozinha. Parecia que havia passado um furacão lá!

- Senhor Tumnus!- Gritou Lya acessando a parte da cozinha mais ele não estava lá, a menina engoliu o choro mas não pode impedir as lágrimas, como ela gostaria de abofetar Edmundo, era culpa dele o Fauno não está mais lá.

Ed a encarou e ela bufou de raiva retribuindo o olhar, Edmundo sabia o porque daquela reação. Sabia que Lya jamais o perdoaria, ele entregou Tumnus afinal.

- Quem faria uma coisa dessas...?- Lúcia se perguntou e começou a olhar a sala, andando por ela junto dos irmãos.

Edmundo sentiu algo quebrar abaixo do seu pé, enquanto caminhava para a sala junto dos outros. Logo viu uma foto de outro Fauno, mas a fotografia estava rasgada, havia marca de garras. Ele olhou com curiosidade. Lya se aproximou devagar, e se ajoelhou perto da fotografia.

- Era o pai dele.- Disse a loira limpando as lágrimas.

- Eu pisei sem querer...- respondeu Edmundo saindo de cima.

- Tudo que você faz há de ser sem querer, Edmundo.- A menina falou sarcástica e triste, levantou-se indo para o lado de Susana.

Edmundo abaixou a cabeça, e respirou fundo. Em seguida olhou para Pedro qual o encarava com certo desgosto pelo derespeito em ter pisado na fotografia.
Pedro estava perto de uma das paredes, qual possuía um papel colando, ele era amarelado, daqueles bem antigos, com uma tinta quase desbotando; Parecia uma proclamação.

- Leia...- Lya se juntou a Pedro apoiando-se em seu ombro. O menino afirmou com a cabeça e puxou com a outra mão o papel. Lucia se aproximou encostando no braço do irmão. As duas meninas ao seu lado pareciam com medo do que haveria escrito no pedaço de papel.

A princesa e o Guarda Roupa: As crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora