Number 23

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Passaram três anos, a vida de Gizelly e Rafaella juntas estava sempre a mil. As duas viviam um romance que era apreciado por muitos, lógico que como todo relacionamento tinham seus altos e baixos mas sempre que acontecia algo que pudesse deixar o relacionamento abalado, elas se resolviam com uma boa conversa, decisão tomada por as duas sempre de conversar quando por um fio não chegaram a se separar por um desentendimento bobo, seis meses depois decidiram noivar a festa que os amigos e a família fizeram pra duas ficou na história, isso porque as duas haviam decidido apenas um almoço simples, mas foram pegas de surpresa, afinal onde tem Márcia e Genilda nada é simples, as duas ficavam até apreensivas quando imaginavam o que elas aprontarião no casamento.

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Gizelly sai do seu escritório, o ponteiro do relógio já marcavam 18:54, não via a hora de chegar em casa e encontrar sua noiva que havia chegado de viagem, a mesma havia participado três dias de um desfile de moda em Milão, aonde pôde trocar experiência com vários estilistas lhes apresentando seu trabalho também.  As duas tinham uma rotina delas, de dormir e acordarem sempre com juras, carícias e declarações de amor, no dia em que uma  precisavam viajar a outra sentia um vazio, mesmo que trocassem mensagens durante o dia todo pra elas não era a mesma coisa, porém se contentavam no momento.

Gizelly passou em uma floricultura e pediu um lindo buquê de rosas para a noiva, queria lhe agradar e mostrar o quanto ela é importante, apesar de fazer isso todos os dias. Assim que pagou as flores, seguiu até o carro e foi pra casa, parou novamente em um mercadinho próximo a casa das duas e comprou o vinho que Rafaella adora, mesmo que a capixaba gostasse mais da sua cervejinha, ela sempre acompanhava a sua amada em algumas taças de vinho.

Assim que chegou, acionou o botão e o portão automático se abriu, adentrou com o carro estacionando o mesmo no lugar de sempre, acionou novamente o botão para fechar o portão, pegou a bolsa, as flores e o vinho, saiu do carro e seguiu para a porta que estava apenas encostada. Assim que entrou olhou a noiva em pé no meio da sala, abriu o sorriso ao ver ela ali lhe esperando, mas logo o sorriso sumiu ao ver que estava ali sentada em um dos sofás.

_ O que essa mulher faz aqui?- perguntou Gizelly parada olhando pras duas mulheres em sua frente.- Que diabos você veio fazer aqui Clarisse e porque você a deixou entrar Rafaella?

_ Amor, calma e por favor fala baixo.

Gizelly a olhou seria e quando ia argumentar ouviu um pequeno choro, virou-se novamente para Clarisse que agora pegava um pequeno ser que estava enrolado encima do sofá.

_ Mas.. o quê?- Gizelly não conseguiu dizer muitas palavras.

Rafaella caminhou até a noiva, pegou as coisas de sua mão e indo em direção a cozinha, voltou com um copo com água entregando a Gizelly, que estava parada olhando a ex mulher ninando um bebê.

_ Amor, melhor sentar pra conversar.- disse Rafaella.- Eu estava apenas esperando você.

Gizelly olhou para Rafaella que pegou em sua mão e deu um leve aperto, Gizelly então soltou todo o ar que nem havia percebido que estava prendendo. Aceitou o copo com água e sem esboçar nenhuma reação tomou todo o líquido, soltou a mão de Rafaella e caminhou até a cozinha. Abriu a geladeira e tirou uma cerveja, a abriu e como se estivesse com toda a sede do mundo a tomou em apenas um gole, pegou outra cerveja voltou para a sala e olhou para Rafaella que caminhou até ela, sentaram juntas no sofá.

Gizelly apoiou a cerveja na mesa de centro e depois virou sua atenção para Clarisse.

_ O que você veio fazer aqui?- Gizelly falou séria.

_ Preciso de ajuda.- falou Clarisse.

_ Pra que?

_ Gi... Gizelly eu tô sem nada, passei por um momento delicado e acabei engravidando e tô sem nada, morando em um abrigo e estou doente Gizelly.

_ E o que eu tenho a ver com isso?- Gizelly falou pegando a cerveja e dando um gole.

_ Amor.- Rafaella a repreendeu, sabia o quanto a capixaba tinha raiva da ex, mas naquele momento e pelos trajes e aparência da mulher ela realmente precisava de ajuda.

_ Eu sei que você nunca me perdoou por tudo que eu fiz, você tem todo esse direito.- Clarisse falou deixando suas lágrimas cair.- Eu vim aqui não por mim, mas por ele. - olhou para o bebê em seus braços.- Por favor Gizelly, por favor Rafaella ...- soluçou.- Me ajudem, por favor.

















Eu vim dizer que vem ai novas atualizações pra  "the wrong number " fiquei devendo um fim bem a cara dessa história e vou escrever mais alguns capítulos pra ela, porém pretendo escrever quando não tiver escrevendo capítulos para "De Repente" então peço paciência de vocês, como sempre.

Mas deixo aqui a pergunta: Vocês ajudariam uma ex que machucou muito vocês no passado, perdoariam mesmo? Será o que vem por ai?



The Wrong NumberOnde histórias criam vida. Descubra agora