The Wrong Number

Number 19

Os dias com minha família estavam sendo perfeitos, Gizelly foi muito bem recebida por todos, apenas uma pessoa não veio, meu pai mas eu não iria forçar ele a me aceitar, entendo que até hoje ele não aceite a minha opção, mas também não deixarei de estar com quem eu amo. Gizelly brincava com a Soso, Gabriel e os cachorros no gramado enquanto eu observava sentada na varanda ao lado da minha mãe. A Gi me agradecia todos os dias por trazê-la aqui, falou que estava feliz demais porém em alguns momentos eu vi uma lágrima em seus olhos, quando a questionei falou sobre sentir saudades da sua família, eu queria fazer algo por ela só não sabia o que. Ela me falou que gostaria de voltar em Piaçu pedir perdão pra os familiares, mas ela sente medo, ela errou e sabe que pode ser rejeitada e escurraçada sem ela conseguir pedir perdão.

_ O que te aflinge filha?- perguntou minha mãe.

_ Só pensando um pouco.

_ É algo relacionado a nossa furacão ali?

_ Sim.- suspirei.- Ela sente falta da família e quando ela vê alguns momentos aqui ela sente um aperto no coração de saudades.

_ Por que ela não vai visitar.

_ É complicado mãe.

Minha mãe me olhou, como se perguntasse "porque?!"

_ Ela saiu fugida de casa por conta daquela ex, a mãe não aceitava bem e mesmo na idade que tava a mãe tinha um certo poder sobre ela. Ela arriscou e fugiu e agora fizeram um ano sem ver e nem falar com ninguém de lá e ..

_ Vendo nossa família, despertou sentimentos nela.- completou minha mãe.- incentive sua namorada filha, vai com ela.. vai ajudar ela a recuperar o amor da família. Vai ser duro, difícil de verdade, mas estarei aqui pra dar colo pra vocês duas.

_ Vou conversa com ela mãe.- peguei sua mão e beijei.- obrigada mãe.

_ Que isso filha, só quero a minha filha e minha nora felizes, vai dar certo sei que eles devem tá com saudades dela também, apesar que possa ser difícil o que ela vai enfrentar, mas é família.- concordei, encerrando o assunto quando vi minha namorada se aproximando.

Gizelly vinha sorrindo segurando as mãozinhas dos pequenos, que sorriam com algo que ela falava, minha mãe sorriu com a cena e isso me deixava feliz, completa.

_ Oi, esses dois grandões aqui estão com fome.- disse assim que chegou próximo a nós.

_ Vamos fazer um lanche amores de vovó.- disse Genilda.

_ Vem Soso.- peguei ela no colo e enchi de beijinho, caminhamos até a cozinha, sentamos os pequenos em suas cadeiras.

Gizelly ajudava Gabriel a comer, enquanto eu ajudava a Sofia conversamos com minha mãe que agora tirava algumas coisas da geladeira pra preparar o almoço. Tato, Rodolfo, Dani e a Marcela chegaram com algumas compras. Enquanto os rapazes foram para a área externa com as crianças, ficamos na cozinha, Gizelly agora ajudava a minha mãe, enquanto eu ajudava as meninas guardando as coisas. As duas conversavam bastante, vi minha mãe abraçando a Gi como se confortasse ela, deixei que elas duas conversassem a sós, sei que me minha mãe está fazendo tudo pra que as coisas fiquem bem pra mim e pra minha namorada.

Pov Gizelly

Eu estava agora ajudando minha sogra a preparar o almoço, minha namorada estava junto com Dani e Marcella arrumando as compras. Os dias entre eles estava sendo cada vez mais perfeito, eles são unidos demais e isso me fazia sentir falta da minha família. Acho que deixei transparecer isso pra minha namorada e minha sogra, mesmo dizendo que estava tudo bem, elas sentiram que algo estava me faltando.

_ Eu quero muito ir lá Gege, mas eu tenho medo, eu errei sabe?

_ Eu sei minha filha, como mãe eu digo que ela deve sofrer sem saber sobre você, ela deve tá magoada por você ter fugido? Tá, mas ela é sua mãe.