Decidiu voltar ao lugar a qual fugiu a um ano atrás não estava sendo nada fácil, havia uma angustia em seu peito, um nó em sua garganta. Quem olhava para ela podia ver o medo, a angustia, a ansiedade, o nervosismo estampada em seu rosto. Estavam chegando no hotel, Gizelly, Rafaella e Genilda resolveram descansar e seguir a longa viagem de Vitória até Piaçu somente no dia seguinte assim que o dia clareasse, assim que chegaram ao hotel se acomodaram em seus quartos Genilda disse que precisava descansar pediu um jantar no mesmo. Rafaella e Gizelly resolveram caminhar, respirar o ar do lugar que a capixaba tanto amava, seguiram as duas de mãos dadas, muitas pessoas paravam pra olhar o casal, afinal era Rafa Kalimann e sua advogada e namorada Gizelly Bicalho, como saia nas mídias. Durante o passeio encontraram com alguns amigos de Gizelly grandes figuras, depois de uma boa caminhada, sentaram pra jantar. Gizelly por alguns minutos conseguiu ficar feliz, deixou o que lhe incomodava de lado e aproveitou a companhia da namorada na sua cidade, que a um ano não vinha. Depois de saborearem alguns pratos capixabas, voltaram para o hotel tomaram um banho e se deitaram aninhadas acariciando uma a outra. Logo Rafaella adormeceu, porém Gizelly continuou perdida em seus pensamentos, o medo agora aumentava a cada momento que o relógio corria, sua cabeça estava a mil, teorias surgiam. Existia saudade da sua família em relação a ela, sim sabia que existia porém havia desgosto, afinal um ano sem notícias nenhuma, um ano que ela os abandonou e isso lhe doía. Conhecia bem sua mãe, sabia que poderia sair de lá sem seu perdão, ela poderia tratar ela, Rafaella e sua Sogra mal, mas elas optaram por estar ao lado dela neste momento, sabiam que era delicado então queria estar ali próximo para lhe dar força e lhe amparar caso o resultado fosse negativo. Gizelly notou que o dia clareava e ela não havia pregado os olhos hora nenhuma, lembrou o quão longa e cansativa era a viagem, levantou-se tomou um longo banho, pediu o café da manhã reforçado para as três, em seguida enviou uma mensagem para Genilda se juntar a elas para o desejum. Assim que fez tudo, subiu na cama devagar ficando encima de Rafaella, onde começou a cheirar o pescoço da amada que dormia de bruços. Logo o corpo da mesma começou a responder pela ação da capixaba.
_ Como é bom acordar assim.- disse Rafaella manhosa e a voz rouca.
_ Eu amo seu cheiro.- passou o nariz novamente pelo pescoço da mineira.- hora de levantar amor, pedi nosso café e chamei a sua mãe pra se juntar a nós.
_ Você faz tudo.- Rafaella se virou ficando de frente para a namorada que ainda permanecia por cima dela, encarando então notou que Gizelly não havia dormido.- Gi.. amor ocê não dormiu.
_ Não consegui.- suspirou.- Mas estou bem tá. - Gizelly virou o rosto e ia levantar porém foi impedida.
_ Ei!!- pegou o queixo de Gizelly a fazendo a mesma a lhe encarar.- Eu estou aqui com você, compartilha tudo comigo tá, sou sua mulher e estamos juntas nessa e vamos enfrentar todas as situações juntas, tá bom.- Gizelly fez que sim com a cabeça, seus olhos agora estavam marejados.- Eu amo você Titchela.
_ Eu também te amo, Rafinha.- selaram os lábios e se envolveram em um abraço. Rafaella precisava passar segurança pra sua namorada e era isso que a mesma buscava naquele momento e foi tudo que sentiu.- Agora vamos, a viagem vai ser longa e precisamos nos alimentar..
As duas levantaram, Rafaella seguiu para o banho, enquanto Gizelly terminava de organizar tudo. Ligou para uma loja de aluguei de carro, acertando o horário para receber o veículo na porta do hotel. Logo estavam batendo na porta e era o serviço de quarto que entregava o café que havia pedindo enquanto recebia o pedido sua Sogra aparecia na porta já arrumada e com sua mala, sabia que após a refeição sairiam em viagem. Rafaella saiu do banho e se juntou para alimentar-se com as outras duas. Assim que terminaram, saíram em viagem. A cada km que se aproximava, mas acelerado o coração da Advogada ficava, aquela estrada que percorria parecia não acabar mais, depois de algumas horas chegavam no local, a cada da avó de Gizelly, Madalena.
_ Respira amor.- disse Rafaella, fazendo Gizelly soltar o ar que nem perceberá que havia prendido.
_ Estamos com você Gigi.- disse Genilda.
Desceu do carro e as outras duas mulheres fizeram o mesmo, assim que bateu na porta ouviu a voz da sua amada avó, que assim que abriu a porta levou as duas mãos até a boca pela surpresa que teve ao ver a sua menininha ali na porta depois de um ano. Lágrimas agora banhavam o rostos das duas. Rafaella afagou as costas de Gizelly, para que a mesma criasse coragem para dizer algo.
_ Vó..- Madalena puxou a neta para um abraço, sentia saudades da sua menina, apertava a mais nova em seus braços, elas choravam agora uma abraçada a outra.
Logo notou mais uma voz vindo do corredor que dava acesso a cozinha.
_ Mãe o que ouve que a senhora veio atend...- e ali a voz da mulher sumiu, levou a mão ao coração e seu rosto mudou, Gizelly via decepção, dor, raiva... Mas não via o amor de mãe
_ Mãe..
_ O que você faz aqui?
_ Eu precisava voltar, eu sentir saudades. - separou-se do abraço.- precisava pedir perdão.
_ Depois de um ano, você volta aqui como se nada tivesse dado uma volta no quarteirão e se atrasasse pra refeição?
_ Por favor eu preciso que me perdoem.
_ Pelo que? - Márcia a cortava em cada tentativa de fala - Por ter fugido daqui sem nenhuma satisfação ou pelo fato de ter virado sapatão.
_ Márcia.- repreendeu Madalena.
_ Não mamãe, ela precisa ver o desgosto que ela me deu, ela fugiu me deixou aqui igual uma louca pra fugir com uma mulher. Essa mulher aí foi a que você se envolveu, essa aí é a sap....
_ Não.- Gizelly agora a cortou, falando firme. - A mulher a qual eu me envolvi naquela época, não é Rafaella.- olhou para a amada que estava atrás dela juntamente com Genilda, as duas estavam caladas, ainda não era o momento delas se envolverem naquela conversa.- A Clarisse me traiu, e eu..
_ Ah entendi.- mais uma vez Márcia a cortou.- Você levou um par de chifres, tomou na cara e agora voltou pra pedir perdão pois não tem pra onde ir, ficou abandonada naquela cidade. Você deveria ter vergonha.
_ Não é nada disso mãe por favor..
_ Você é cínica e sem coração Gizelly.
_ Mãe..- falou Márcia repreendendo a mãe pela decisão.
_ Parem, por favor, minha filha entre e peça pras suas amigas lhe acompanharem.- falou Márcia
_ Mãe?- Márcia tentou repreender a mais velha.
_ Márcia essa casa é da Gizelly, a minha neta e se ela veio aqui pedir perdão e quer conversar, iremos conversar, ela errou, se ela veio pedir perdão..ouça a sua filha, se não quiser tudo bem, mas eu quero. E minha neta não sairá daqui.
As três mulheres terminaram de entrar na casa, permaneceram em silêncio, Gizelly buscou o olhar da namorada e da sogra, que foram firmes no contato visual feito, Gizelly sabia que essa conversa estava longe de ser calma, mas pelo menos não enfrentaria nada sozinha.
Oi vcs .. agora eu estou oficialmente de férias da faculdade e poderei finalizar a fic... Obrigada pela paciência. E agora vamos ver se dona Márcia vai perdoa Gizelly, será se a saudade vai falar mais alto que a mágoa?
Até o próximo capítulo...Ah e não esqueçam de votar lá em Girafa Awards, votem na melhor au "Second Chance", melhor fic "A Mulher do Bar" e no melhor edite "Dia, Lugar e Hora."
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The Wrong Number
FanfictionGizelly largou tudo em sua cidade, saiu sem nem se despedir da sua família tudo pra viver um romance com uma mulher que conheceu na internet, a seis meses morando em São Paulo seus dias tem sido sair a procura de emprego. Em um dos dias em que nada...