Pela exposição

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Chegamos outra vez na casa dele. Desci e peguei Clara, que estava adormecida no banco traseiro. Ele foi me guiando até a casa e entrou primeiro, sempre ficando atrás para fechar portões e portas.
Deixei Clara dormir na cama dele, e fechei o quarto, indo para a sala junto com ele. Eu sabia sobre o lance da campanha "eu escolhi esperar" mas queria saber se ele a seguia mesmo.
Empurrei David no sofá. Ele me encarou perdido e piscou algumas vezes devagar.
David: -Marcela o que está fazendo? Para! Sua irmã está no quarto ao lado.
Eu suspirei e me virei de costas para ele, rebolando. Meus cabelos acompanhavam o movimento do meu quadril. Aos poucos fui abrindo o zíper do vestido, e David não parava de me repreender, mas sem fazer nada. Eu sabia que ele queria que eu continuasse. Me virei de frente para ele e levei um susto. David estava na minha frente. Aquilo me deu medo, eu não queria aquilo. Eu não iria deixar acontecer. Ele parecia estar lendo meus pensamentos.
David: -Para, por favor. Só Deus sabe o que pode acontecer. Eu sou homem Marcela, nenhum santo. Fica meio difícil manter todo o controle com você fazendo isso, e depois do que você disse no carro... Eu não quero te magoar... - ele me entregou seu moletom e eu a vesti, sem sequer o encarar. Me sentei no sofá, só então o olhando e pude encarar suas costas. Estavam retraídas, o que deixava cada um dos músculos mais expostos.
Marcela: -Desculpa por isso. E obrigado por dizer "não"... -ele riu e se virou de frente para mim, me fazendo desviar os olhos. David suspirou e se sentou ao meu lado, puxando minhas pernas para seu colo.
(...)
Ficamos assistindo a filmes até que o hospital ligou. Minha mãe recebeu alta. Pegamos Clara e assim que minha mãe estava com a gente ele nos deixou em casa. Minha mãe entrou com Clara e me deixou sozinha com ele.
David: -Boa noite, anjinha. Sonha comigo, ta? -ele deu um sorriso encantador e me roubou um selinho. Aquilo serviu apenas para me deixar confusa, eu não sabia se ele estava jogando comigo ou o que. Entrei em casa e fui para meu quarto, assim que deitei na cama meu celular vibrou. Whatsapp. Era ele. Era uma foto. Confesso que fiquei com receio, mas abri. Era uma foto de nós dois juntos no hospital, que um site de fofoca havia postado com a seguinte manchete: "Amizade ou romance? Quem será a misteriosa boneca de David Luiz?" aquilo me deu raiva, como jornalista e telespectadora, eu sabia o quanto a mídia era cruel e poderia acabar com as coisas. Eu até iria responder, mas nervosa como eu estava não faria outra coisa que não fosse xingar ele. Desliguei meu celular e literalmente o joguei longe.
Marcela: -Boneca? Mas que caralho! Eu não sou uma boneca, porra! -as lágrimas já estavam caindo pelo meu rosto. Só sei que chorei tanto que cheguei a dormir.

You make me glowOnde histórias criam vida. Descubra agora