You make me glow

Pelo começo

Tia Marta ficou nos escarando até que Bruna resolveu falar alguma coisa.
Bruna: -É um garoto da faculdade mãe, ele só fala da Mah, mas ela não liga por ele ser mais novo. - Bruna deu uma pequena risada e eu também. Tia Marta não tocou mais no assunto, e depois de um tempo eu e Bruna estávamos sozinhas de novo.
Bruna: -Eu disse pro Bê que a gente ia. Ele contou que o David ficou super feliz.
Aquilo fez meu coração se acelerar. Saber que ele ficava feliz ao saber de mim, me deixava ainda mais feliz. Respirei fundo.
Marcela: -Isso ta errado. Está sendo um amor maior do que quando eu era mais nova, com a Carol...
Ignorei a pequena lembrança daquilo e era de grande estranheza lembrar da Carol depois de tanto tempo. Você deve se perguntar porque, afinal, ela era minha melhor amiga. Mas desde que sofri o acidente, Carolina sumiu.
(...)
Eram sete horas da noite quando lembrei de avisar minha mãe. Passaria mais uma noite na casa da Bruna. Mandei uma mensagem pra ela e fui tomar banho.
Bruna: -Wow, é... Já peço pra ela te ligar.
Eu franzi a testa enquanto saia do banheiro. Estava enrolada na toalha. Encarei a Bruna com meu celular e olhei feio para ela.
Marcela: -Porque atendeu? Quem era?
Bruna deu um sorriso e foi para o banheiro, também tomar banho. Respirei fundo e peguei o celular, a última chamada era do David. Meu coração se acelerou, fazendo meu corpo todo se aquecer e eu sorri como uma criança. Sentei na cama e disquei para ele.
David: -Oi lindona, você pode passar o endereço para mim ir buscar vocês?
Marcela: - Ah... É... A Bruna passou pro Bernard.
Conversamos um pouco mais até eu desligar para me arrumar.
(...)
Eram 21:30 quando a campainha tocou. Bruna correu para atender e eu desci com calma as escadas atrás dela. Bernard sorriu ao vê-la e então, atrás dele, David apareceu com um buquê de rosas nas mãos. Ele estava absolutamente lindo com o colete preto e o paletó penturado no ombro.
David: -Você está linda... Aliás, nunca duvidei que estaria diferente.
Eu tinha certeza que corei, minhas bochechas ardiam mais do que o normal. Bruna deu risada ao olhar para mim e se virou. Entrelaçou os dedos juntos dos de Bernard e os dois sairam.
Bernard: -Vamos aí que não quero me atrasar.
David sorriu de lado e entregou as rosas para mim. Eu as levei para a cozinha, enchendo um pequeno vaso com água e as deixei na cozinha.
David: -Não vai ler o cartão? -ele sussurrou tão perto de mim que me assustei. David riu quando coloquei as mãos sobre meu coração.
Marcela: -Até onde me lembro. Iríamos sair apenas como amigos. Já pode explicar porque trouxe esse buquê... -dei de ombros e ele suspirou.
Mordi meu lábio inferior de leve e procurei o bilhete entre as flores, até o encontrar. "Obrigado por proporcionar o que será um dos melhores dias da minha vida. Que Deus ilumine essa nossa amizade e trace sempre nosso caminho... Juntos." Eu li o bilhete em um sussurro. Ergui a cabeça para encarar David e os olhos dele brilhavam mais que o céu com estrelas. O sorriso era maior do que uma criança que ganha o que mais almeja. Eu só pude então sorrir.
David: -Amigos não podem dar flores para amigas?
Andei até ele, que estava na porta da cozinha, e o abracei com força. Por um momento me senti a pessoa mais sortuda do universo, por estar segurando meu mundo nos braços.
David apertou minha cintura, e subiu devagar uma das mãos. Colocou meu cabelo para trás, e então ergueu meu rosto com delicadeza, usando seu polegar em meu queixo. Eu fechei os meus olhos e sorri. Podia sentir a respiração de David contra minha pele.
Marcela: -Não...
Meus lábios tocaram nos dele devagar. Um selinho demorado. Eu podia sentir a maciez de seus lábios. Podia sentir o calor de seu corpo no meu. David apertou mais minha cintura, e eu segurei seus cabelos, brincando com minhas unhas em seu pescoço.
Nossas línguas se moviam em uma dança perfeita. Nossos lábios se encaixaram de tal forma que só podiam ter sido feitos um para o outro. E esse foi nosso primeiro beijo.