Prólogo

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©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

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Importante: eu escrevi essa história em 2011, quando lançaram o 1º filme de Thor. Na época eu postava no Nyah e no FFNET. Depois migrei para o Wattpad, trazendo a maioria das minhas obras. No processo acabei esquecendo essa e fiquei em dúvida se postava aqui ou não. Agora decidi postar, então tenha algo em mente: essa fanfic foi escrita dez anos atrás. Não sejam muito exigentes.

Após esse pequeno alerta, desejo boa leitura a quem desejar seguir em frente!

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Thor enfrentara várias batalhas. Tantas, aliás, que nem as poderia contar. Nunca sentira medo ou apreensão. Não sabia o que essas palavras significavam. Não até aquele dia.

O dia em que aprendera também o valor de uma raça. Fora nesse dia que sentira medo pela primeira vez, quando estivera pendurado no infinito universo, a única coisa que o mantinha a salvo era a mão forte de Odin que o prendia pelo pé e fazia de Thor o elo que mantinha Loki a salvo.

Loki, seu irmão caçula que pagara um alto preço por aprontar das suas. O rapaz tinha uma intenção louvável, mas recorrera aos estratagemas de sempre e as conseqüências saíram piores do que o esperado.

Thor não conseguia esquecer aquele olhar. As íris azuis tomadas pelo abandono, a percepção da verdade: daquela vez não poderia mesmo consertar as coisas, fazer do jeito certo.

Então largar o báculo fora a única opção.

O preço fora alto demais. Agora Thor se culpava. Poderia ter feito algo para salvar o irmão? Resgatá-lo daquele caminho? As respostas não vinham.

Por isso sempre caminhava solitário até os destroços da ponte Arco-Íris. Ficava silencioso olhando o cosmo aos seus pés, junto do ainda mais silencioso Heimdall. Levava nas mãos o martelo, o fiel companheiro que voltara para seu lado, combinando incrivelmente com a armadura nórdica reluzente.

Os olhos azuis tempestuosos firmavam-se no infinito obscuro, como se dele pudesse arrancar a solução para todas as suas tristezas.

Todas ligadas a dor da perda.

Até que um dia, aparentemente tocado o bastante para mostrar que se importava, o vigilante apertou o cabo da espada em suas mãos, como se buscasse forças e sussurrou:

- Eu posso vê-la.

A frase mal foi ouvida por Thor. O loiro virou o rosto e fitou o outro asgardiano:

- Você pode vê-la...?

- Jane Foster. - explicou e tudo fez sentido - Ela ainda procura por você.

Por breves segundos o deus do Trovão não disse nada. Estava surpreso consigo mesmo, porque fizera uma promessa da qual nem se lembrara nos últimos dias, envolvido que estava em pensamentos pela perda de Loki.

Durante aqueles dias cinzentos em seu reino, nem uma pálida sombra da mortal passara-lhe pela mente.

- Jane Foster. - repetiu pensativo. Não tinha o poder de Heimdall. Seus olhos imortais não alcançavam distâncias impercorriveis, nada podia ver além do negro obscuro do cosmo que se estendia aos seus pés.

- Pensei que a notícia o alegraria.

Diante do tom de voz um tanto surpreso Thor virou-se para o amigo:

- E alegra. Mas a ponte está destruída, nunca poderei ir a Terra outra vez.

- Isso não muda o fato de que ela ainda o procura. - Heimdall respirou fundo - Quem ama sempre procura...

You Are All I Have - ThorkiOnde histórias criam vida. Descubra agora