⚜️CONCLUÍDA⚜️
Em meio ao verão de 1986, Roseanne Park, uma estudante de Artes, resolve sair de Sydney, na Austrália, para finalmente experimentar a vida. Se matriculou em uma universidade chamada; Thinkers, em Durham, na Inglaterra, para concluir o...
Ps. Mesmo que já tenha lido, leia de novo, pois a estória passou por mudanças.
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A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.
Leonardo da Vinci
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De frente para o que mais parece um Palácio do que uma universidade, finalmente cheguei ao ponto de partida do que eu planejo ser uma aventura, regada a chá e coisas belas para pintar. As rédeas foram cortadas. Juro que ainda posso ouvir o choro em que minha mãe caía todas as noites, desde que eu anunciei que iria embora.
Não é apenas eu quem está se libertando. Quando nasci, minha mãe largou a carreira de diplomata e dedicou todo o seu tempo a mim. Antes tinha um espírito aventureiro, vivia viajando com as amigas para os mais diversos países. Às vezes, me pergunto se ela não estaria mais feliz se tivesse escolhido a carreira e sua própria vida, ao invés da maternidade.
Por outro lado, meu pai, apenas acha que o dinheiro é o suficiente para pagar uma vida inteira de ausência. É cômico, o fato de que ele jantava em casa quase todas as noites e também estava lá nos finais de semana, mas ao mesmo tempo, não se importava em saber nada da filha que estava crescendo. Apenas me perguntava se eu já estava estudando para um dia assumir os negócios da família.
Meu pai é dono de uma editora de livros requisitada, e também é o típico homem de negócios vivendo à base de aparência. Tem a família perfeita – na visão de fora para dentro –, porque quem via tudo de perto achava um saco! Inclusive eu. É uma das poucas coisas que consegue me arrancar algum sentimento negativo.
Eu fazia de tudo para impressioná-lo.
Tirava as melhores notas, tocava piano apenas porque ele tinha um conceito de que toda mulher deveria aprender. Eu até gostava de tocar, mas tocar livremente, sem um professor arrogante, grosseiro e exigente, que cobrava tanto de mim que me fez perder o amor por aquilo, então parei de tocar.
Eu não sei se acredito que alguém tenha um chamado divino, mas se isso existir, o meu definitivamente está na pintura, nas esculturas, no cheiro de tinta, no que uma tela em branco pode se tornar, na história que ela pode contar, e tudo que um pouco de tinta em uma tela pode significar.
Depois de um tempo, parei de me preocupar com o que o meu pai pensava, afinal, não havia nada que eu fizesse, que o agradaria mais do que se eu fosse uma maluca, obcecada por administrar nossos negócios. Existem muitas mulheres de negócios, e eu as admiro, mas não sou uma delas. Como a minha família não via arte como algo que me traria um retorno financeiro, tive que me dedicar muito mais, para pararem de tratar a arte apenas como uma atividade de tempo livre.
